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Revista GC - Ed.57 - Março 2015
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Concreto Hoje

Abesc vê espaço para crescimento do uso de concreto

Até o fechamento desta edição, os números não estavam totalizados, mas presume-se que o Brasil fechou o ano de 2014 com uma demanda menor por concreto, em relação ao ano anterior. A avaliação é feita por Jairo Abud, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc). O executivo credita o resultado a alguns fatores, que incluem as paralisações causadas pela realização da Copa do Mundo e pelas eleições para presidente, governadores e deputados. Em 2015, a perspectiva da Abesc é que os resultados sejam similares aos desse ano. “Aparentemente, estamos retomando as atividades no último trimestre”, argumenta o executivo. Apesar disso, Abud lembra que há margem para incremento do setor nos próximos anos. De acordo com ele, haverá uma maior participação do cimento na fabricação de concreto em centrais dosadoras.

Os números provam que a análise de Abud está correta. No Brasil, somente 20% da produção de cimento é direcionada às concreteiras, enquanto o percentual chega a 80% nos países desenvolvidos. Se a tendência – sem trocadilhos – se concretizar, o segmento está preparado. O presidente da entidade lembra que os associados da Abesc têm capacidade para montar, em curto espaço de tempo, centrais móveis de concreto em qualquer parte do país. A flexibilidade também vem sendo acompanhada de melhorias, caso da informatização das plantas de concreto (dosagem e expedição). “Nessa área, podemos destacar ainda a adoção de softwares sofisticados de logística para enfrentar o aumento do tráfego nas grandes cidades”, completa Abud.

Os avanços tecnológicos também contemplam a matéria-prima. Para a Abesc, o uso de aditivos polifuncionais, que agregam maior tecnologia ao concreto, estão entre as novidades. A utilização mais intensa de concretos bombeáveis e autoadensáveis são duas outras frentes que requerem o emprego de tecnologias mais avançadas. Nas obras, a entidade identifica a utilização mais forte das paredes de concreto, sistema construtivo que tem se destacado como solução para incrementar a produtividade em obras populares, inclusive o projeto Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.

“Tecnologicamente prevemos um uso intenso dos concretos mais fluídos e dos auto-adensáveis


Até o fechamento desta edição, os números não estavam totalizados, mas presume-se que o Brasil fechou o ano de 2014 com uma demanda menor por concreto, em relação ao ano anterior. A avaliação é feita por Jairo Abud, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc). O executivo credita o resultado a alguns fatores, que incluem as paralisações causadas pela realização da Copa do Mundo e pelas eleições para presidente, governadores e deputados. Em 2015, a perspectiva da Abesc é que os resultados sejam similares aos desse ano. “Aparentemente, estamos retomando as atividades no último trimestre”, argumenta o executivo. Apesar disso, Abud lembra que há margem para incremento do setor nos próximos anos. De acordo com ele, haverá uma maior participação do cimento na fabricação de concreto em centrais dosadoras.

Os números provam que a análise de Abud está correta. No Brasil, somente 20% da produção de cimento é direcionada às concreteiras, enquanto o percentual chega a 80% nos países desenvolvidos. Se a tendência – sem trocadilhos – se concretizar, o segmento está preparado. O presidente da entidade lembra que os associados da Abesc têm capacidade para montar, em curto espaço de tempo, centrais móveis de concreto em qualquer parte do país. A flexibilidade também vem sendo acompanhada de melhorias, caso da informatização das plantas de concreto (dosagem e expedição). “Nessa área, podemos destacar ainda a adoção de softwares sofisticados de logística para enfrentar o aumento do tráfego nas grandes cidades”, completa Abud.

Os avanços tecnológicos também contemplam a matéria-prima. Para a Abesc, o uso de aditivos polifuncionais, que agregam maior tecnologia ao concreto, estão entre as novidades. A utilização mais intensa de concretos bombeáveis e autoadensáveis são duas outras frentes que requerem o emprego de tecnologias mais avançadas. Nas obras, a entidade identifica a utilização mais forte das paredes de concreto, sistema construtivo que tem se destacado como solução para incrementar a produtividade em obras populares, inclusive o projeto Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.

“Tecnologicamente prevemos um uso intenso dos concretos mais fluídos e dos auto-adensáveis, que dispensam a vibração”, detalha Abud. De acordo com ele, há ainda um novo mercado a ser explorado, representado pela demanda por concreto permeável. “Trata-se de uma solução que permite reutilizar as águas da chuva, além da drenagem da água no solo, reduzindo o risco de inundações nas cidades”, complementa. A utilização de areia artificial, também conhecida como areia de brita, igualmente pode ser listada entre as novidades de matéria-prima. “Consideramos inevitável o uso crescente das areias artificiais, considerando as questões ambientais que afetam o uso das areias naturais. Além disso, houve um avanço significativo na qualidade das areias artificiais, permitindo a plena substituição”, explica.

Outra frente de modificação nas empresas do setor envolve os veículos que fazem o transporte do concreto. O presidente da Abesc lembra que os associados da entidade estão, permanentemente, renovando a frota. Ele explica que a quebra de um caminhão betoneira, ou bomba de concreto, causa prejuízos muito elevados para as companhias do segmento. “O concreto é perecível e com prazo justo para sua aplicação. A única forma de evitar prejuízos é ter uma frota moderna com manutenção preventiva adequada”, argumenta.

As tecnologias de informação e telecomunicações (TIC) também têm contribuído positivamente para a gestão de frota e da qualidade do concreto. Abud lembra que o setor investe pesado na informatização das centrais de concreto, inclusive para estar alinhado com o que determina a norma NBR 7212, que rege as atividades dos associados da Abesc. “A informatização está presente não apenas na dosagem do concreto, mas também no gerenciamento da frota, na logística, no controle de qualidade e até na avaliação da resistência final do concreto entregue”, resume o executivo.

Sustentabilidade em tempos de crise hídrica

De acordo com a Abesc, o consumo per capita de concreto dosado em central no Brasil ainda é baixo – 0,24 m3/hab/ano – índice inferior mesmo ao da América Latina (0,26 m³/hab/ano) e bem abaixo de países como China (1,05), Estados Unidos (0,75), Rússia (0,28) e Japão (0,69). A boa notícia é que existe espaço para crescimento, como ressaltou o presidente da entidade. Os avanços também podem acontecer na área de tecnologia e o concreto permeável ganha destaque em tempos de crise hídrica, que se alterna com enchentes. Uma das razões é que ele permite recarregar os aquíferos subterrâneos e reduz a velocidade do escoamento de águas pluviais, recursos que podem favorecer a recuperação de água, hoje pauta constante no Brasil, com destaque para São Paulo. Esse tipo de concreto é composto por cimento portland, agregado graúdo e pouco ou nenhum agregado miúdo, aditivos e pouca água (outro fator positivo).

De acordo com a Abesc, a combinação desses componentes cria um concreto cuja quantidade de vazios (entre 2 e 8 mm) permite que a água passe com facilidade. A quantidade de vazios pode variar entre 18 e 35%, com uma resistência à compressão que varia entre 2,5 e 28 MPa. Já a quantidade de água que passa pelo concreto permeável pode variar em função do tamanho do agregado graúdo e da massa específica do concreto. Em geral, o volume está entre 80 e 730 litros de água/minuto/m². Ressalte-se ainda que a tecnologia tem um histórico já comprovado, sendo adotada desde a década de 1970 nos Estados Unidos como alternativa de sistemas complexos de drenagem e áreas de retenção de água.

 

 

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