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Revista GC - Ed.58 - Abril 2015
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Concreto Hoje

Alta tecnologia na produção de cimento reduz a emissão de CO2

A produção do cimento responde por cerca de 5% da emissão global de dióxido de carbono (CO2). Não é absolutamente um número para se orgulhar e os fabricantes da principal matéria-prima do concreto correm para mudar o cenário negativo. Dois casos recentes – um nos Estados Unidos e outro na Noruega – mostram como a tecnologia é uma aliada de peso. No primeiro exemplo, a norte-americana Skyonic, especializada na captura de carbono, efetivamente instalou uma operação na fábrica de cimento da Capitol Aggregrates em San Antonio, no Texas. Já a planta da Norcem Brevik, localizada no sul de Oslo, tem testado alternativas como a depuração da amina, para retirar entre 30% e 40% dos gases emitidos na unidade industrial europeia.

A iniciativa norte-americana junta duas realidades: uma fábrica tradicional de cimento, pertencente a uma corporação (Capitol Aggregrates) que produz vários tipos de insumos para o mercado da construção civil – e uma empresa de alta tecnologia, a Skyonic, cujo foco é lucrar a partir do CO2. O resultado do encontro entre esses dois mundos foi a ativação de uma unidade de produção que captura cerca de 83 mil toneladas/ano de dióxido de carbono da planta de cimento e os transforma em bicarbonato de sódio e ácido hidroclorídrico. O processo é simples, pois o CO2 emitido substitui, grosso modo, os depósitos de minerais que seriam a matéria prima básica para se obter os dois insumos agora fabricados através da tecnologia patenteada da Skyonic.

A sacada inovadora da companhia americana, ou seja, o reuso do carbono, é apontada como uma espécie de “cálice sagrado” pelo consultor Victor K Der, da Global CSS Institute, uma organização sem fins lucrativos que defende esse tipo de ação. O especialista foi funcionário do Departamento de Energia do governo dos Estados Unidos e lembra que as plantas de cimento são virtualmente fontes gratuitas de geração de dióxido de carbono, mas ressalta que a eficiência de novas tecnologias para sua recuperação depende do tamanho do mercado dos produtos gerados a partir do CO2. Um exemplo lembrado por ele é o bombeamento do gás em poços de petróleo para melhorar a recuperação do combustível. “É um segmento que demanda muito pouco


A produção do cimento responde por cerca de 5% da emissão global de dióxido de carbono (CO2). Não é absolutamente um número para se orgulhar e os fabricantes da principal matéria-prima do concreto correm para mudar o cenário negativo. Dois casos recentes – um nos Estados Unidos e outro na Noruega – mostram como a tecnologia é uma aliada de peso. No primeiro exemplo, a norte-americana Skyonic, especializada na captura de carbono, efetivamente instalou uma operação na fábrica de cimento da Capitol Aggregrates em San Antonio, no Texas. Já a planta da Norcem Brevik, localizada no sul de Oslo, tem testado alternativas como a depuração da amina, para retirar entre 30% e 40% dos gases emitidos na unidade industrial europeia.

A iniciativa norte-americana junta duas realidades: uma fábrica tradicional de cimento, pertencente a uma corporação (Capitol Aggregrates) que produz vários tipos de insumos para o mercado da construção civil – e uma empresa de alta tecnologia, a Skyonic, cujo foco é lucrar a partir do CO2. O resultado do encontro entre esses dois mundos foi a ativação de uma unidade de produção que captura cerca de 83 mil toneladas/ano de dióxido de carbono da planta de cimento e os transforma em bicarbonato de sódio e ácido hidroclorídrico. O processo é simples, pois o CO2 emitido substitui, grosso modo, os depósitos de minerais que seriam a matéria prima básica para se obter os dois insumos agora fabricados através da tecnologia patenteada da Skyonic.

A sacada inovadora da companhia americana, ou seja, o reuso do carbono, é apontada como uma espécie de “cálice sagrado” pelo consultor Victor K Der, da Global CSS Institute, uma organização sem fins lucrativos que defende esse tipo de ação. O especialista foi funcionário do Departamento de Energia do governo dos Estados Unidos e lembra que as plantas de cimento são virtualmente fontes gratuitas de geração de dióxido de carbono, mas ressalta que a eficiência de novas tecnologias para sua recuperação depende do tamanho do mercado dos produtos gerados a partir do CO2. Um exemplo lembrado por ele é o bombeamento do gás em poços de petróleo para melhorar a recuperação do combustível. “É um segmento que demanda muito pouco CO2 comparado como que é emitido mundialmente”, avalia o especialista em entrevista de outubro do ano passado para o The New York Times.

Do outro lado do mundo, outra fábrica de cimento está fazendo do seu limão uma limonada. A meta da Norcem Brevik é retirar pelo menos 30% do dióxido de carbono gerado na sua unidade. Nesse caso, a tecnologia envolve o calor residual da própria indústria combinado com amina para retirar os gases de combustão produzidos. Em depoimento à respeitada Technology Review, do Massachussetts Institute of Technology, dos Estados Unidos, a gerente do projeto norueguês, Liv-Margrethe Bjerge, foi enfática. "Acredito que somos o primeiro projeto a testar a tecnologia em condições reais de fabrica de cimento", avaliou. E disse mais. "É o único projeto de cimento fazendo captura pós-combustão".

A ativação em grande escala do que era até então um teste (outubro de 2014) acontece até o final do primeiro semestre desse ano. Então, para os especialistas em cimento, o caso da Noruega deve ficar no radar para ser acompanhado. A avaliação da empresa europeia é que sua iniciativa deve servir como parâmetro para outros fabricantes. O que a ela testa é a captura do CO2, mas a meta é avançar para a entrega do gás capturado para uso em injeção de poços marítimos. Faz sentido, considerando que a fábrica em questão está localizada no sul da capital, Oslo, justamente numa área portuária.

O rol de testes avaliados pela Norcem Brevik inclui diferentes tecnologias, mas a que gerou mais resultados até agora é a adoção de aminas. Essas substâncias químicas “pegam” o CO2 e, em seguida, liberam o gás, quando aquecidas. Ainda há a aplicação de outros dois métodos, de acordo com a gerente do projeto, entre eles, a combinação do óxido de cálcio com o CO2, formando o carbonato de cálcio. Outra possibilidade aventada é a utilização de membranas para capturar o dióxido de carbono. As rotas citadas não são novidades e já teriam sido testadas em plantas de produção de energia como as termelétricas, mas o diferencial é o volume. No caso das cimenteiras, além de maior produção de gases, o processo fica mais complexo pela presença de poeiras e de outros contaminantes.

 

 

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