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Revista GC - Ed.48 - Maio 2014
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Energia - Biomassa

Biomassa pode garantir 13% da geração de energia do país

Projeções indicam que, em 2020, a geração de eletricidade por biomassa atingirá 20,1 GW de capacidade instalada, mas crescimento depende da definição de políticas de longo prazo para o setor

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou, em dezembro de 2013, em São Paulo (SP), o Leilão de Energia A-5 para contratação de energia elétrica de novos empreendimentos de geração de fontes hidráulica, eólica, solar e termelétrica (carvão, biomassa ou gás natural em ciclo combinado), com início de suprimento em 1º de maio de 2018. No leilão, foram contratados 3,5 mil MW através de 119 novas usinas, ao preço médio de R$ 109,93 por megawatt-hora.

A energia eólica teve maior número de vencedores (97), seguida de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com 16 vencedores. Em última posição ficou a geração por biomassa, com cinco vencedores. O preço médio de venda ficou em R$ 109,93/MWh – um deságio de 8,67% frente ao teto inicial médio. Serão investidos recursos de até R$ 12,8 bilhões na construção das usinas, situadas nos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Pauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e São Paulo.

“O leilão atendeu integralmente a demanda apresentada pelas distribuidoras, que assinarão junto aos empreendedores das usinas contratos de compra e venda válidos a partir de 1º de maio de 2018, com duração de 20 anos (para a fonte eólica), 25 anos (para as térmicas a biomassa) e 30 anos (para São Manoel e as PCHs)”, informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Em entrevista coletiva, concedida após o certame, o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, considerou o leilão muito bem-sucedido em diversos aspectos, dentre os quais a contratação diversificada e exclusiva de fontes renováveis e o retorno das PCHs ao portfólio de novos empreendimentos de geração.

Biomassa com fôlego para crescer

Com base nos resultados do leilão de dezembro, a expectativa é de que as usinas de cana-de-açúcar que produzem eletricidade a partir da queima do bagaço da cana (biomassa) devem investir R$ 1,4 bilhão para garantir a produção até 2018. O cálculo é da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). Somando o volume comercializado no leilão de dezembro com o que ocorreu em agosto passado, foram comercializados 203 MW médio


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou, em dezembro de 2013, em São Paulo (SP), o Leilão de Energia A-5 para contratação de energia elétrica de novos empreendimentos de geração de fontes hidráulica, eólica, solar e termelétrica (carvão, biomassa ou gás natural em ciclo combinado), com início de suprimento em 1º de maio de 2018. No leilão, foram contratados 3,5 mil MW através de 119 novas usinas, ao preço médio de R$ 109,93 por megawatt-hora.

A energia eólica teve maior número de vencedores (97), seguida de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com 16 vencedores. Em última posição ficou a geração por biomassa, com cinco vencedores. O preço médio de venda ficou em R$ 109,93/MWh – um deságio de 8,67% frente ao teto inicial médio. Serão investidos recursos de até R$ 12,8 bilhões na construção das usinas, situadas nos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Pauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e São Paulo.

“O leilão atendeu integralmente a demanda apresentada pelas distribuidoras, que assinarão junto aos empreendedores das usinas contratos de compra e venda válidos a partir de 1º de maio de 2018, com duração de 20 anos (para a fonte eólica), 25 anos (para as térmicas a biomassa) e 30 anos (para São Manoel e as PCHs)”, informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Em entrevista coletiva, concedida após o certame, o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, considerou o leilão muito bem-sucedido em diversos aspectos, dentre os quais a contratação diversificada e exclusiva de fontes renováveis e o retorno das PCHs ao portfólio de novos empreendimentos de geração.

Biomassa com fôlego para crescer

Com base nos resultados do leilão de dezembro, a expectativa é de que as usinas de cana-de-açúcar que produzem eletricidade a partir da queima do bagaço da cana (biomassa) devem investir R$ 1,4 bilhão para garantir a produção até 2018. O cálculo é da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). Somando o volume comercializado no leilão de dezembro com o que ocorreu em agosto passado, foram comercializados 203 MW médios de bioeletricidade. Com o investimento bilionário previsto, a expectativa é de que a partir de 2018, a receita anual do setor chegue a R$ 243 durante os 25 anos de contrato.

Ainda segundo a Unica, a biomassa representou apenas 4% da energia contratada em 2013. A entidade, que representa usinas do Centro-Sul do País, avalia que a proporção está bem abaixo do potencial do setor. Aumentar essa participação depende de melhorias no modelo dos leilões e de uma política de longo prazo para as fontes renováveis de energia.

A biomassa é hoje uma das grandes alternativas para produção de energia limpa e renovável. Somente o bagaço de cana-de-açúcar tem um potencial de geração de eletricidade superior a 1,5 milhão de quilowatts/ano. Os números mostram maior potencial se levarmos em conta que, das 440 usinas de cana de açúcar em atividade no Brasil, apenas 100 usinas produzem eletricidade para o sistema elétrico nacional. Segundo o Instituto Acende Brasil, os canaviais existentes no Brasil poderiam gerar cerca de 14 milhões de quilowatts/ano.

Além da cana de açúcar, os resíduos sólidos também têm grande potencial, por meio de energia retirada do biogás. A previsão é que as tecnologias de gaseificação de biomassa tornem-se competitivas nos próximos anos segundo o Plano Nacional de Energia 2030, elaborado pelo Conselho Nacional de Política Energética. O Plano prevê a entrada em operação de sistemas de gaseificação de biomassa no setor sucroalcooleiro que gerarão 5% da energia do país. Já a previsão para 2030 é que essa participação cresça 13%.

No caso da biomassa de madeira, estudos revelam que atualmente esta fonte responde por 8,7% da matriz energética mundial e 13,9% da brasileira. A oferta de biomassa florestal se dá por resíduos (florestais, industriais ou urbanos) ou plantações de florestas energéticas. Os resíduos florestais e industriais são a maior oportunidade no curto prazo, enquanto a oferta oriunda de plantações de finalidade exclusivamente energética ainda é pequena, mas tem grande potencial de desenvolvimento no longo prazo, em especial no Brasil.

 

 

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