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Revista GC - Ed.18 - Agosto 2011
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Construction Expo 2011

Congresso promove discussões de temas atuais e inquietantes

Um dos maiores responsáveis pela geração de resíduos sólidos, poluentes, nos centros urbanos. Somente na cidade de São Paulo, o setor produz oito mil toneladas de entulhos por dia. Dada a gravidade da situação, é urgente a adoção de medidas que possam tirar da indústria da construção esse papel de vilã do meio ambiente. O assunto foi tema de uma interessante palestra, proferida por Marcelo Takaoka, presidente do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, durante a primeira edição da Construction Expo.

Takaoka ressaltou que o mundo busca uma economia baseada na sustentabilidade, e os sistemas financeiros podem ter uma oportunidade de participar desse mercado, fomentando projetos que priorizam o uso de sistemas que preservam o meio ambiente.

Para o vereador Gilberto Natalini (sem partido), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo, que participou da palestra, uma das alternativas para evitar que esse elevado volume de resíduos da construção seja deixado nas ruas ou lançado nos leitos dos rios é a utilização desse material na pavimentação, em substituição às pedras de brita, retiradas da natureza. Esse processo é possível com a utilização de máquinas que fragmentam os resíduos sólidos. Uma dessas máquinas, capacidade de processar 160 mil toneladas de entulho por mês, esteve exposta na Construction Expo 2011.

De acordo com o engenheiro Arthur Granato, da Nortec, o potencial de material reciclado é grande para o uso na construção civil brasileira e, com o boom no setor da construção, é certo que haverá problemas com matéria-prima. “Desse modo, o reciclado na construção civil passa a ser de extrema importância. Ele tem origens diversas, desde restos de concreto até reparos e reformas. O material reciclado também pode ser originário de pneus/borracha, madeira, gesso, escoria de alto forno/aciaria e areia de fundição. No Brasil, estima-se que a produção de agregados seja da ordem de 500/600 milhões de toneladas, porém o consumo ainda é baixo: 3 t/habitante/ano, mesmo frente à legislação que incentiva o uso de reciclados” lamentou Granato.

“Os Sistemas Construtivos como ferramenta para o desenvolvimento dos projetos de estádios


Um dos maiores responsáveis pela geração de resíduos sólidos, poluentes, nos centros urbanos. Somente na cidade de São Paulo, o setor produz oito mil toneladas de entulhos por dia. Dada a gravidade da situação, é urgente a adoção de medidas que possam tirar da indústria da construção esse papel de vilã do meio ambiente. O assunto foi tema de uma interessante palestra, proferida por Marcelo Takaoka, presidente do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, durante a primeira edição da Construction Expo.

Takaoka ressaltou que o mundo busca uma economia baseada na sustentabilidade, e os sistemas financeiros podem ter uma oportunidade de participar desse mercado, fomentando projetos que priorizam o uso de sistemas que preservam o meio ambiente.

Para o vereador Gilberto Natalini (sem partido), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo, que participou da palestra, uma das alternativas para evitar que esse elevado volume de resíduos da construção seja deixado nas ruas ou lançado nos leitos dos rios é a utilização desse material na pavimentação, em substituição às pedras de brita, retiradas da natureza. Esse processo é possível com a utilização de máquinas que fragmentam os resíduos sólidos. Uma dessas máquinas, capacidade de processar 160 mil toneladas de entulho por mês, esteve exposta na Construction Expo 2011.

De acordo com o engenheiro Arthur Granato, da Nortec, o potencial de material reciclado é grande para o uso na construção civil brasileira e, com o boom no setor da construção, é certo que haverá problemas com matéria-prima. “Desse modo, o reciclado na construção civil passa a ser de extrema importância. Ele tem origens diversas, desde restos de concreto até reparos e reformas. O material reciclado também pode ser originário de pneus/borracha, madeira, gesso, escoria de alto forno/aciaria e areia de fundição. No Brasil, estima-se que a produção de agregados seja da ordem de 500/600 milhões de toneladas, porém o consumo ainda é baixo: 3 t/habitante/ano, mesmo frente à legislação que incentiva o uso de reciclados” lamentou Granato.

“Os Sistemas Construtivos como ferramenta para o desenvolvimento dos projetos de estádios no Brasil” foi o tema abordado por Fernando Rebouças Stucchi, da EGT Engenharia e professor da escola Politécnica da USP. O seminário “Concreto, uma paixão nacional” abordou os cases da obra do Galpão 5 do Estaleiro Atlântico Sul, adjunto ao Porto de Suape, em Pernambuco. A palestra foi proferida pelo engenheiro Eduardo Barros Millen, presidente da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural.

A adoção de pré-fabricados de concreto como solução para as obras de infraestrutura industrial e habitacional, foi a palestra do engenheiro Luis Livi, gerente de projetos Cassol Pré-Fabricados. Já o professor Enio Pazini Figueiredo, da Universidade Federal de Goiás, consultor em patologia e terapia das estruturas de concreto, apresentou seu trabalho de diagnóstico e recuperação das estruturas do estádio do Maracanã.

Para finalizar, o professor Paulo Helene, diretor da PhD Engenharia, Conselheiro Permanente do Instituto Brasileiro do Concreto e professor titular da Universidade de São Paulo (USP), falou sobre a questão do Concreto e Sustentabilidade.

O aço na construção

O engenheiro Cassius Cerqueira, do Instituto do Aço Brasil (IABr) brindou aos visitantes da Construction/M&T PS com palestra sobre o tema “O uso sustentável do aço e coprodutos na construção civil”. Cerqueira enfocou a indústria do aço brasileira, a construção sustentável e o Centro de Coprodução do Aço que foi criado no Brasil para divulgar o uso do agregado em substituição à brita na pavimentação, lastro ferroviário e gabiões (construção em encostas). Cerqueira explicou que “os resíduos são beneficiados e transformados em coprodutos para utilização em infraestrutura, em substituição à brita”.

Representando a Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem), o engenheiro Fábio Pannoni, abordou aspectos técnicos do aço, desde a abundância do material, reciclagem e durabilidade, entre outros. Como exemplo, citou o prédio da prefeitura de Londres, Inglaterra, construído em estrutura metálica e com vida útil de 100 anos. A corrosão também foi analisada. Nesse sentido, Pannoni fez questão de ressaltar que o processo de corrosão do aço existe, porém, pode ser controlável.

Um Grande Canteiro de Obras foi a palestra apresentada pelo engenheiro e diretor da Sobratema, Mário Humberto Marques. Ele abordou as oportunidades geradas pelas obras de infraestrutura em andamento no País, lembrando que, segundo estudo encomendado pela Sobratema, até 2016 serão realizadas cerca de 9.500 obras de grande porte, nos mais diversos setores, como habitação, saneamento e logística – englobando rodovias, portos e aeroportos. “Esse cenário que irá requerer forte investimento em tecnologia, treinamento e qualificação da mão de obra”, afirmou Marques.

A Copa 2014 e seus legados

“Os estádios de futebol que serão reformados ou construídos tendo em vista a Copa do Mundo de Futebol são apenas o chamariz para algo muito maior que irá dar visibilidade, trazer tecnologia e propiciar o crescimento da engenharia nacional”. Em síntese, essa é a opinião do engenheiro Flávio Correia D´Alambert, manifestada na palestra “Cobertura de estádios – desafios da engenharia de projetos estruturais”, proferida em conjunto com o engenheiro Fábio Pannoni, ambos da Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem).

Os palestrantes buscaram demonstrar o momento importante que vive o segmento de engenharia brasileira, inclusive com abertura do mercado para captação de mão de obra.

Fundição, termômetro da economia

Com 0,6% de participação no Produto Interno Brasileiro, a indústria de fundição é um importante termômetro do desenvolvimento industrial do País. O Brasil possui reservas de minério disponíveis e boa capacidade de produtividade, além de contar com mão de obra qualificada nos principais polos industriais. Para falar sobre a importância do setor e suas perspectivas, o Sobratema Congresso recebeu Devanir Brichesi, presidente da Associação Brasileira de Fundição (Abifa). Ele lembrou que o Brasil é um dos poucos países do mundo a contar com curso de Engenharia Metalúrgica, e onde existe um parque produtivo privatizado. Mas observou que as projeções de crescimento, hoje, estão aquém em comparação a países emergentes como Índia e China.

Os números do setor em 2009 mostram uma recuperação em relação a 2008. No entanto, ainda não foram recuperados os níveis da queda registrada em 2009, de 40%. O que mais preocupa, no entanto, segundo Brichesi, é que até 2005, o setor tinha um crescimento equivalente a três vezes e meio o índice do PIB, momento em que começou a registrar queda. Também nesse momento se verificou o aumento das importações. Só no setor automotivo, a produção é de um milhão de toneladas de placas fundidas por ano.

São Paulo e Rio de Janeiro continuam à frente da produção, mas novos polos têm surgido, como é o caso de Goiás. A maior parte da produção ainda é destinada à indústria automotiva.

Brichesi alertou que o Brasil precisa acordar para a importância estratégica do setor para a indústria e mencionou os planos de investimento e crescimento, desenvolvidos por Índia e China, para suportar seus desenvolvimento industrial nas próximas décadas. “Precisamos estar atentos para não perdermos as condições competitivas que foram criadas ao longo de muitos anos. Por isso é importante atuar para o fortalecimento de uma indústria brasileira”.

Pesquisa fará inventário da frota de máquinas

Durante as feiras Construction Expo e M&T Peças e Serviços, a Sobratema lançou seu mais novo produto: a “Pesquisa de Frota Brasil em Atividade”, cuja conclusão está prevista para o final de 2011. O objetivo da pesquisa é oferecer informações consistentes que permitam às empresas planejar a ampliação e renovação de suas frotas para os próximos quatro anos, com base em dados como: tamanho da frota de máquinas para construção existente no Brasil; perfil dessa frota; idade média e localização nas diversas regiões do País.

Trata-se de um inventário inédito e detalhado do parque de máquinas em atividade no Brasil, contendo ainda informações como fabricante, ano de fabricação, tipo, potência, capacidade e proprietário – frota própria ou de locadora.

Os dados já estão sendo recolhidos e sistematizados, junto a 300 dos maiores frotistas do País, que atuam nas áreas de infraestrutura (150 empresas pesquisadas); no ramo imobiliário (100 empresas pesquisadas); e de rental (50 empresas pesquisadas). Mas o objetivo é avançar a cada ano, ampliando a pesquisa para maior número de frotistas, segundo Afonso Mamede, presidente da Sobratema.

 

 

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