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Revista GC - Ed.28 - Julho 2012
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Construção Mista

Construções híbridas, o melhor de dois mundos

Adoção de soluções mistas, utilizando as melhores qualidades do concreto e do aço, desponta como transição saudável entre os métodos tradicionais e a construção industrializada

Tradicionalmente, os prédios construídos em estruturas metálicas e os que tinham no concreto o principal elemento construtivo pareciam compor cenários de mundos diferentes. Defensores de uma ou de outra tecnologia empenhavam-se na defesa das vantagens de cada uma dessas alternativas em detrimento da outra, o que não contribuía em nada para o amadurecimento da engenharia e da indústria da construção no Brasil. Esse tempo, no entanto, está ficando para trás. “Estruturas de aço" e "estruturas de concreto" já não caracterizam  mundos diferentes da engenharia estrutural e é reconhecido que cada um dos dois materiais possuem vantagens e desvantagens, e que muitas vezes a melhor  solução está em encontrar a combinação de ambos.

Para muitos técnicos e representantes da comunidade acadêmica envolvidos nessa discussão, a adoção de construções mistas seria o caminho para uma mudança de cultura, abrindo espaço para o uso de estruturas metálicas e da construção industrializada no Brasil. Edifícios mistos são cada vez mais encontrados em todo o mundo e poderão ajudar deixar para trás a tradição da construção artesanal em nosso País.

A engenheira Iria Lícia Oliva Doniak, presidente da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic), revela que no Brasil, a terminologia que possivelmente será adotada para construções com essas características é de construções híbridas. “Atualmente, a Abcic e o Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) estão avaliando o tema e preparando um manual que, possivelmente, será lançado durante a Construction Expo, em 2013, onde as estruturas mistas deverão ser tratadas como estruturas híbridas”.

Ela explica que, na literatura internacional, existe a terminologia “estruturas compostas, mistas e híbridas”, definindo as estruturas compostas como aquelas em que há a presença dos dois materiais, com adesão ou solidariedade entre si, para compor uma seção estrutural. Na flexão, a solidariedade entre os dois materiais faz com que haja uma compatibilidade entre as deformações. Nesse conceito, a rigor, uma seção de concreto armado (concreto mais armadura de aço) é uma composite section, da mesma forma que uma viga metálica com conectores de cisalhamento e laje de concreto, forma uma composite


Tradicionalmente, os prédios construídos em estruturas metálicas e os que tinham no concreto o principal elemento construtivo pareciam compor cenários de mundos diferentes. Defensores de uma ou de outra tecnologia empenhavam-se na defesa das vantagens de cada uma dessas alternativas em detrimento da outra, o que não contribuía em nada para o amadurecimento da engenharia e da indústria da construção no Brasil. Esse tempo, no entanto, está ficando para trás. “Estruturas de aço" e "estruturas de concreto" já não caracterizam  mundos diferentes da engenharia estrutural e é reconhecido que cada um dos dois materiais possuem vantagens e desvantagens, e que muitas vezes a melhor  solução está em encontrar a combinação de ambos.

Para muitos técnicos e representantes da comunidade acadêmica envolvidos nessa discussão, a adoção de construções mistas seria o caminho para uma mudança de cultura, abrindo espaço para o uso de estruturas metálicas e da construção industrializada no Brasil. Edifícios mistos são cada vez mais encontrados em todo o mundo e poderão ajudar deixar para trás a tradição da construção artesanal em nosso País.

A engenheira Iria Lícia Oliva Doniak, presidente da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic), revela que no Brasil, a terminologia que possivelmente será adotada para construções com essas características é de construções híbridas. “Atualmente, a Abcic e o Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) estão avaliando o tema e preparando um manual que, possivelmente, será lançado durante a Construction Expo, em 2013, onde as estruturas mistas deverão ser tratadas como estruturas híbridas”.

Ela explica que, na literatura internacional, existe a terminologia “estruturas compostas, mistas e híbridas”, definindo as estruturas compostas como aquelas em que há a presença dos dois materiais, com adesão ou solidariedade entre si, para compor uma seção estrutural. Na flexão, a solidariedade entre os dois materiais faz com que haja uma compatibilidade entre as deformações. Nesse conceito, a rigor, uma seção de concreto armado (concreto mais armadura de aço) é uma composite section, da mesma forma que uma viga metálica com conectores de cisalhamento e laje de concreto, forma uma composite section.

“A própria bibliografia adotada no Manual fib 19, refere-se a composite structures a exemplo da referência na European Committe for Standardization, em 1991-1-1, Eurocode 4 – Design of Composite Steel and Concrete Structures. Bruxelas 2004”, esclarece.

Ainda segundo a engenheira, a expressão “estrutura híbrida ou mista” está relacionada ao emprego de diferentes materiais para compor um sistema construtivo ou estrutural. Entretanto, ao contrário do que acontece nas composite structures, não ocorre necessariamente a aderência entre os materiais, nem a solidarização das deformações. “Em relação ao termo ‘híbrido’, os autores europeus e o Concrete Centre definem híbrido ou misto com o mesmo conceito. No entanto, o termo é mais direcionado especificamente à combinação de pré-fabricados de concreto com cast in situ (moldado no local)”.

Nessa matéria, de maneira genérica, trataremos como “construções mistas” aquelas em que mais de um sistema construtivo é aplicado. A utilização de elementos mistos e, por consequência, de sistemas mistos aço-concreto, amplia consideravelmente o conjunto de soluções em concreto armado e em aço.

De maneira geral, a crescente utilização de estruturas mistas é atribuída a diversos fatores, entre os quais a necessidade cada vez maior de grandes áreas livres por pavimento, que resulta em grandes vãos para as vigas, acréscimo de força vertical nos pilares e um maior espaçamento entre eles.

Assim, livres de pré-conceitos e sectarismos, pode-se celebrar o casamento entre esses dois métodos construtivos. É o que pensa Luiz Carlos Caggiano Santos, presidente da Brafer e da Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem). Para ele, o aço não vive sem o concreto e a solução mista é a melhor alternativa. “O que se espera é que a multiplicação do emprego do método construtivo misto possa promover uma transição saudável entre a construção convencional e processos mais modernos, principalmente neste momento em que a indústria da construção deve desempenhar um papel importante em um novo ciclo de desenvolvimento do Brasil”, assegura.

Planejamento define sucesso do projeto

Estudiosa do assunto, Iria Doniak está convencida de que um dos aspectos mais importantes para o êxito de empreendimentos desenvolvidos com base em construção híbrida é o planejamento e desenvolvimento do projeto. “Usualmente, são obras fortemente direcionadas para um conceito de industrialização e também para o tratamento das interfaces (transição entre um sistema construtivo e outro). São dois aspectos importantes do ponto de vista construtivo a serem abordados”.

Ela afirma que também do ponto de vista da arquitetura contemporânea, os sistemas aço e concreto pré-fabricado tem sido bastante utilizados, se extraindo o máximo potencial de cada um deles, vindo ao encontro inclusive de questões voltadas à sustentabilidade.

Com cases de sucesso reconhecido mundialmente, a presidente da Abcic lembra a Torre de Cristal, localizada em Madrid, na Espanha, que usou estruturas compostas. Lembra também um projeto arquitetônico premiado no Brasil, o da sede da Petrobrás, em Macaé (RJ), criado pelo arquiteto Sidônio Porto. Outro bom exemplo de utilização harmônica entre os dois métodos construtivos é o edifício-sede da Teckma Engenharia, que tirou partido das vantagens do aço e da construção industrializada em concreto, para alcançar excelentes resultados em termos de redução de custos e de prazos na execução de projeto, assim como na “pegada” da redução dos impactos ambientais.

 

 

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