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Revista GC - Ed.11 - Dezembro 2010
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Entrevista

Informação estratégica

Essa é a arma da Sobratema para crescer e defender seus associados

A Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), entidade que reúne usuários de equipamentos que atuam nos segmentos de construção e mineração, vive um dos momentos mais dinâmicos desde a sua criação, em setembro de 1988. Com cerca de 900 associados, sendo metade construtoras – entre eles as gigantes do setor no Brasil, com competência reconhecida mundialmente – e metade fabricantes de máquinas e equipamentos, a entidade é talvez a única no mundo a reunir em torno da mesma mesa os principais representantes da cadeia de produção desses setores, ou seja: quem fabrica e quem compra equipamentos, sem sectarismos nem conflitos de interesses.

Atuando intensamente na difusão e multiplicação do conhecimento, tanto técnico quanto gerencial, estimulando a troca de experiências entre especialistas, profissionais do setor e as mais diversas instituições, a Associação vem avançando no sentido de ampliar seu quadro de associados, aproximando-se de centenas de empresas de pequeno e médio porte espalhadas por todo o País, através de diretorias regionais. Para o presidente da Sobratema, Mário Humberto Marques, esse trabalho resultará no aumento da representatividade da entidade, dando-lhe a “musculatura” necessária para brigar de forma cada vez mais intensa e com maior credibilidade pelos interesses da indústria da construção e mineração no Brasil.

Munição para isso é o que não falta. Neste momento que o mercado se encontra extremamente aquecido, há muita informação circulando. E informação é um capital valiosíssimo no mundo dos negócios nesses novos tempos. “Hoje, no mercado da construção, para crescer é necessário ter informações estratégicas. A forma de fazer negócios hoje é bastante diferente do que foi há cinco anos. E quem não estiver preparado poderá não ter sucesso”, alerta o presidente da Sobratema.

Novas pesquisas de mercado, duas novas feiras voltadas para os setores de peças e construção pesada, missões técnicas no exterior, cursos de formação e qualificação de mão de obra, seminários, fóruns e workshops são algumas das ações a serem implementadas ou intensificadas pela Sobratema, no próximo ano, com o obj


A Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), entidade que reúne usuários de equipamentos que atuam nos segmentos de construção e mineração, vive um dos momentos mais dinâmicos desde a sua criação, em setembro de 1988. Com cerca de 900 associados, sendo metade construtoras – entre eles as gigantes do setor no Brasil, com competência reconhecida mundialmente – e metade fabricantes de máquinas e equipamentos, a entidade é talvez a única no mundo a reunir em torno da mesma mesa os principais representantes da cadeia de produção desses setores, ou seja: quem fabrica e quem compra equipamentos, sem sectarismos nem conflitos de interesses.

Atuando intensamente na difusão e multiplicação do conhecimento, tanto técnico quanto gerencial, estimulando a troca de experiências entre especialistas, profissionais do setor e as mais diversas instituições, a Associação vem avançando no sentido de ampliar seu quadro de associados, aproximando-se de centenas de empresas de pequeno e médio porte espalhadas por todo o País, através de diretorias regionais. Para o presidente da Sobratema, Mário Humberto Marques, esse trabalho resultará no aumento da representatividade da entidade, dando-lhe a “musculatura” necessária para brigar de forma cada vez mais intensa e com maior credibilidade pelos interesses da indústria da construção e mineração no Brasil.

Munição para isso é o que não falta. Neste momento que o mercado se encontra extremamente aquecido, há muita informação circulando. E informação é um capital valiosíssimo no mundo dos negócios nesses novos tempos. “Hoje, no mercado da construção, para crescer é necessário ter informações estratégicas. A forma de fazer negócios hoje é bastante diferente do que foi há cinco anos. E quem não estiver preparado poderá não ter sucesso”, alerta o presidente da Sobratema.

Novas pesquisas de mercado, duas novas feiras voltadas para os setores de peças e construção pesada, missões técnicas no exterior, cursos de formação e qualificação de mão de obra, seminários, fóruns e workshops são algumas das ações a serem implementadas ou intensificadas pela Sobratema, no próximo ano, com o objetivo de se consolidar como principal difusora de conhecimento e informações dos setores de construção e mineração no Brasil.

Nesta entrevista, Mário Humberto Marques faz um balanço de um ano de gestão à frente da entidade e antecipa os principais projetos para 2011.

Grandes Construções – Qual a sua avaliação para esse novo ciclo de desenvolvimento que o Brasil está vivendo? Que importância o setor da construção está tendo nesse processo?

Mário Humberto Marques – A nossa percepção é a de que, depois de muito sacrifício da sociedade, finalmente o Brasil reuniu as condições macroeconômicas para ter um crescimento sustentável no médio prazo. Seguramente, até 2016 nós temos mapeados investimentos públicos e privados, em infraestrutura, que garantirão uma participação firme da construção no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Esse percentual, da ordem de 6% do PIB, é o mínimo que se espera de um país em crescimento, para fazer frente às demandas por infraestrutura. E o Brasil tem demandas reprimidas em todas as áreas. Nós estamos seguros de que, no médio prazo, o Brasil estará crescendo e investindo na infraestrutura, porque são carências que precisam ser equacionadas. Por várias vezes o País havia mapeado as suas necessidades de investimentos nesta área, mas por diversas razões os investimentos não ocorreram. No entanto, desde que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, foi lançado, começaram a acontecer ações concretas de investimentos, agora sustentadas por uma situação econômica possível.

GC – O senhor acredita que esse processo está acontecendo em um ritmo satisfatório?

Mário Humberto Marques – Todos nós, brasileiros, gostaríamos que esses investimentos fossem feitos numa rapidez maior do que a que vem acontecendo, mas o que importa é que eles estão ocorrendo. E estamos seguros de que isso acontecerá até pelo menos 2016. Isso porque a Sobratema contratou uma pesquisa mapeando pelo menos 9.550 projetos públicos e privados, que somam investimentos de R$ 1,222 trilhão. São projetos altamente relevantes e importantes para a sociedade brasileira, para resolver os seus gargalos estruturais.

GC – Qual o impacto que essa pesquisa está tendo no mercado, junto aos associados da Sobratema?

Mário Humberto Marques – Na verdade, todos os projetos já existiam e estavam registrados. O que a Sobratema fez, através da CriActive (N.R.: CriActive Assessoria Comercial, empresa especializada em pesquisa e monitoramento de mercado), foi consolidar esse conjunto de informações em uma base única, pegando dados que estavam esparsos e transformando-os em informação estratégica. São informações relevantes para os associados da Sobratema e para a sociedade brasileira em geral se planejarem. Nessa pesquisa nós identificamos, por exemplo, que 46,5% do total dos investimentos estão no setor de combustíveis. Da mesma forma, é relevante saber que a região Sudeste – particularmente os estados de São Paulo e Rio de Janeiro – tem a maior parte dos investimentos, e que o Nordeste vem em segundo lugar, em termos do total de investimentos. Estrategicamente, os nossos associados passam a contar com informações consolidadas que permitem que eles se organizem. Certamente, passa a ser muito mais interessante focar e estabelecer bases para investir no mercado de locação, por exemplo, em regiões onde tem mais demanda. Para os tomadores de decisão, isso faz uma grande diferença.

GC – Quando essa pesquisa foi realizada?

Mário Humberto Marques – A primeira parte do ano de 2010 foi gasta na pesquisa e análise dos dados, e nós divulgamos o resultado em outubro. Agora, o grande desdobramento desse trabalho, dentro desse propósito da Sobratema de democratizar as informações, é outra pesquisa, a ser concluída em novembro de 2011, que visa levantar a frota de máquinas para construção no Brasil, a idade média, localização etc. E mais do que isso, busca identificar os vetores de investimentos; a estratégia adotada para a renovação dessa frota; os tamanhos e perfis das máquinas mais solicitadas; se são máquinas próprias ou de locadoras, orientando os tomadores de decisão também nesta área. É um novo conjunto de informações que, combinado com as informações dos investimentos em infraestrutura, configura um conjunto de dados de elevada importância para os tomadores de decisões. Aqueles empresários e empresas que quiserem poderão participar desde o início desse projeto, como patrocinadores, recebendo, em contrapartida, informações privilegiadas, a cada dois meses, já a partir de início de 2011.

GC – Essa nova pesquisa cobrirá todo o território nacional?

Mário Humberto Marques – Essa é a intenção: fazer uma pesquisa ambiciosa e complexa. Nós discutimos o universo da pesquisa e sua metodologia com a CriActive, aprovamos um questionário e iniciamos, no mês de setembro, um projeto piloto com algumas empresas, associadas à Sobratema, para termos uma amostragem do mercado e também para avaliarmos quão difícil será a execução desse empreendimento. Agora, completado o projeto piloto, vamos partir para a pesquisa em todo o território nacional. Por isso esse trabalho levará praticamente todo o ano de 2011. Trata-se de uma pesquisa realmente complexa, a ser feita inicialmente através do envio da pesquisa para as pessoas e empresas, e depois através de contato telefônico. Como a pesquisa busca ser abrangente, mapeando todo o mercado, não faremos distinção de tamanho do frotista ou de atividade das empresas, pesquisando junto a operadoras de infraestrutura e empresas de construção civil.

GC – Além da pesquisa dos investimentos em infraestrutura, que outros programas a Sobratema executou com êxito, ao longo de 2010?

Mário Humberto Marques – A Sobratema tem um grande leque de programas, que existem há vários anos, sempre voltados para os seus associados. Em 2009 nós travamos internamente uma grande discussão estratégica, para analisar cada um deles do ponto de vista da sua eficácia para os nossos associados. E, surpreendentemente, todos os programas foram classificados como importantes. Com base nessa avaliação, no início de 2010, nós definimos que nenhum programa poderia ser deficitário. Essa foi uma decisão das mais importantes. Porque se os programas são relevantes e se os associados querem sua continuidade, eles têm que se pagar. Um exemplo é o Instituto Opus, que já treinou cerca de 4 mil profissionais em operação dos mais diferentes tipos de equipamentos, e que está apto a treinar, a partir de 2011, cerca de 1 mil pessoas por ano. E pela primeira vez esse programa deu resultado financeiro positivo. Outro programa de grande sucesso foi a criação da Revista Grandes Construções, que teve seu lançamento de fato em 2010 e que apresentou resultados positivos já no mesmo ano de lançamento, um fato da maior importância. E isso só é possível graças à qualidade do trabalho que é feito. Temos ainda a Revista M&T, que já é uma publicação tradicional, há vários anos no mercado, também superavitária.

GC – Outro programa tradicional é o das Missões Técnicas. Como foi o seu desempenho em 2010?

Mário Humberto Marques – Quanto a este programa, nós enfrentamos uma dificuldade este ano, que foi o vulcão que entrou em erupção dias antes da feira Bauma de Munique, na Alemanha, fechando o espaço aéreo de boa parte da Europa. Isso afetou fortemente a missão organizada por nós, que levaria cerca de 500 pessoas ao evento. Um número pequeno conseguiu chegar à feira, em decorrência da falta de voos. Nesse caso, a Sobratema assumiu uma posição ética, e decidiu que nenhum dos seus associados, nenhuma das pessoas que escolheu a associação para a realização daquele programa de viagem, teria algum prejuízo. E a Sobratema, juntamente com a empresa de turismo, organizadora do programa, fechou um acordo de forma a resolver 100% dos problemas ocorridos com os passageiros. Portanto, foi um empreendimento que não trouxe nenhum resultado para a Sobratema, do ponto de vista econômico-financeiro, mas tivemos um resultado inestimável e de longo prazo, que se traduz em uma manifestação inequívoca do nosso comprometimento para com as pessoas e empresas que confiam em nós.

GC – A Sobratema lançou, no início de dezembro, mais uma edição do Anuário Brasileiro de Equipamentos para Construção, versão 2010-2011. Ele cresceu este ano? Qual a importância dessa publicação no atual cenário da construção no Brasil?

Mário Humberto Marques – O anuário é hoje a grande ferramenta de consulta para os compradores e para os técnicos das obras em geral. Todos nós sabemos que as informações dos equipamentos nos chegam em catálogos elaborados pelos próprios fabricantes. Mas nem sempre as informações estão organizadas, seguindo um mesmo padrão. Nem sempre as normas a que se referem as características dos equipamentos são as mesmas. Às vezes as próprias medidas estão em sistemas de medidas diferentes. O anuário organiza todas as informações, permitindo comparações rápidas de forma muito prática. E isso se tornou uma ferramenta da qual os usuários e os compradores tornaram-se dependentes, pela própria facilidade do uso.

GC – Nós estamos em que edição do anuário?

Mário Humberto Marques – Esta é a terceira edição. É a versão 2010-2011.

GC – Nesta edição, o anuário traz quantas famílias de equipamentos?

Mário Humberto Marques – São 23 famílias, com um total de 695 equipamentos, nas áreas de terraplanagem, pavimentação e concretagem. A proposta é fazer um levantamento de todos os equipamentos vendidos no Brasil nestas áreas.

GC – Além desses, que outros programas a Sobratema tem desenvolvido com grande êxito?

Mário Humberto Marques – Nós não podemos deixar de falar nas feiras, que são os nossos maiores instrumentos de divulgação junto ao nosso público. A entidade organiza a consagrada M&T Expo, que é realizada a cada dois anos. Trata-se da feira de equipamentos mais importante, nos setores de construção e mineração, da América Latina. Em 2012 estaremos realizando a oitava edição voltada para o setor de construção, e a sexta do setor de mineração. Trata-se de uma grande feira de negócios. Basta lembrar que em 2009, enquanto o governo tomava uma série de medidas para atenuar os efeitos da crise mundial da economia, o mercado nacional de vendas de equipamentos para construção e mineração estava parado. No entanto, durante a realização da M&T Expo 2009, houve o fechamento de uma quantidade enorme de negócios. Todos os fabricantes expositores venderam muito além do que estimavam. Nessas feiras nós reunimos os fabricantes buscando contatos com os compradores, e esses, por sua vez, buscando alternativas de bons negócios. E é nesse mesmo espírito que a Sobratema programou e vai realizar em 2011 a primeira M&T Expo Peças e Serviços e a primeira Construction Expo. Serão duas feiras simultâneas, realizadas no mesmo espaço, que é o Centro de Exposição Imigrantes, em São Paulo. Os eventos serão destinados a permitir que os diferentes supridores de materiais e serviços para a construção se encontrem com os tomadores de decisão e compradores das construtoras e empresas de operação. Faltava no Brasil um espaço para reunir esses interesses, com o foco de negócios.

GC – Essa nova feira reservará atenção especial para as atividades de rental. Isso é sintomático do crescimento desta atividade no Brasil?

Mário Humberto Marques – O setor de rental no Brasil vem se profissionalizando e assumindo um papel cada vez mais relevante. Historicamente, era um setor que assumia 15% do volume de máquinas vendidas, e que agora está se aproximando dos 25%. Isso significa que os usuários dos equipamentos têm uma parte de frota própria, mas por razões estratégicas alugam um percentual cada vez maior das suas necessidades. E o mercado de rental, atento a essas oportunidades, também se preparou para esse crescimento. Nesta nova feira, o que nós queremos é criar as oportunidades para que este setor mostre toda a sua capacidade. Hoje, as empresas de rental no Brasil são em sua maioria de pequeno e médio porte. As pequenas possuem em torno de 30 máquinas. As médias aparecem com cerca de 70 ou 80. E as maiores, entre 500 e 700 máquinas. Essas empresas poderão se beneficiar muito, não somente com as feiras, mas com as demais ações da Sobratema, já que este é um mercado que precisa crescer e estar preparado para as demandas, que são sempre muito exigentes. Atualmente, no mercado da construção, para crescer é necessário ter informações estratégicas. A forma de fazer negócios hoje é bastante diferente do que foi há cinco anos. E quem não estiver preparado poderá não ter sucesso.

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