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Revista GC - Ed.51 - Agosto 2014
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Concreto Hoje

Laboratório de concreto de Itaipu vai completar 40 anos em 2015

Criado em 1975, o centro continua ativo e concentra um grande know how no uso de concreto, não somente em usinas hidrelétricas como também em outras obras

Considerada uma das sete maravilhas da engenharia moderna, a Usina Hidroelétrica de Itaipu Binacional foi uma das maiores obras de engenharia da história mundial. Recordista em geração de energia, ela produziu 98,6 milhões de megawatt hora (MWh) em 2013. Sua capacidade instalada atinge 14 GW, distribuídos em 20 unidades de geração de 700 MW cada. Os números impressionantes não param por aqui: a megaestrutura, inaugurada em 1984, consumiu quase 13 milhões de m³ de concreto estrutural refrigerado somente para citar o principal material cimentício. Em função disso, a usina montou seu próprio laboratório de análises e pesquisas em concreto, unidade que continua ativa até hoje. De suporte à construção, a iniciativa transformou-se num centro de referência em pesquisa.

Oficialmente chamado de Laboratório de Tecnologia do Concreto de Itaipu Binacional, o centro foi concebido para oferecer apoio técnico nas fases de construção e reformas da hidrelétrica. Desde o começo, o laboratório agregou atividades de controle de qualidade das estruturas de concreto, além de passar a desenvolver novas soluções de aplicação com o material, incluindo pesquisas com a mecânica dos solos e rochas e geologia aplicada. De acordo com a direção do laboratório, somente entre 1978 e 1982, foram realizados quase 700 estudos de dosagens para a obra, feitos para garantir a qualidade do concreto e adequar o consumo de materiais para produzi-lo. Os ensaios envolveram análises química, física, térmica e mecânica de todos os produtos cimentícios (caldas, pastas, argamassas e concretos) utilizados na construção.

Com os resultados obtidos nos primeiros ensaios no laboratório foi possível realizar diversas adequações para melhorar a durabilidade das estruturas de concreto.  Na avaliação da direção do centro, o laboratório foi rigoroso no controle dos materiais utilizados, assegurando a integridade e eficiência da estrutura durante a construção da hidrelétrica. As equipes do centro também marcaram presença em outras fases da obra. Em relação ao local de barragem, por exemplo, os estudos geotécnicos permitiram confirmar com exatidão os parâmetros geomecânicos da fundação. Esse tratamento envolveu a execução de cortinas de injeção com 300 km de furos


Considerada uma das sete maravilhas da engenharia moderna, a Usina Hidroelétrica de Itaipu Binacional foi uma das maiores obras de engenharia da história mundial. Recordista em geração de energia, ela produziu 98,6 milhões de megawatt hora (MWh) em 2013. Sua capacidade instalada atinge 14 GW, distribuídos em 20 unidades de geração de 700 MW cada. Os números impressionantes não param por aqui: a megaestrutura, inaugurada em 1984, consumiu quase 13 milhões de m³ de concreto estrutural refrigerado somente para citar o principal material cimentício. Em função disso, a usina montou seu próprio laboratório de análises e pesquisas em concreto, unidade que continua ativa até hoje. De suporte à construção, a iniciativa transformou-se num centro de referência em pesquisa.

Oficialmente chamado de Laboratório de Tecnologia do Concreto de Itaipu Binacional, o centro foi concebido para oferecer apoio técnico nas fases de construção e reformas da hidrelétrica. Desde o começo, o laboratório agregou atividades de controle de qualidade das estruturas de concreto, além de passar a desenvolver novas soluções de aplicação com o material, incluindo pesquisas com a mecânica dos solos e rochas e geologia aplicada. De acordo com a direção do laboratório, somente entre 1978 e 1982, foram realizados quase 700 estudos de dosagens para a obra, feitos para garantir a qualidade do concreto e adequar o consumo de materiais para produzi-lo. Os ensaios envolveram análises química, física, térmica e mecânica de todos os produtos cimentícios (caldas, pastas, argamassas e concretos) utilizados na construção.

Com os resultados obtidos nos primeiros ensaios no laboratório foi possível realizar diversas adequações para melhorar a durabilidade das estruturas de concreto.  Na avaliação da direção do centro, o laboratório foi rigoroso no controle dos materiais utilizados, assegurando a integridade e eficiência da estrutura durante a construção da hidrelétrica. As equipes do centro também marcaram presença em outras fases da obra. Em relação ao local de barragem, por exemplo, os estudos geotécnicos permitiram confirmar com exatidão os parâmetros geomecânicos da fundação. Esse tratamento envolveu a execução de cortinas de injeção com 300 km de furos, o consumo de 4.500 toneladas de cimento e mais 100 km em furos de cortina para drenagem, executados para aliviar as subpressões atuantes na fundação.

Mesmo após a conclusão de Itaipu, o laboratório foi mantido ativo para dar suporte à estrutura. Em 2005, um estudo de viabilidade técnica conduziu a implantação de mais duas unidades geradoras em Itaipu, contando com total apoio do laboratório, e totalizando a ativação das 20 unidades atuais. Atualmente, o laboratório ainda mantém a realização de ensaios, principalmente em relação ao controle mecânico do concreto. Para aprofundar suas pesquisas, o centro passou por uma reestruturação e recebeu novos equipamentos de testes físicos e químicos, incluindo uma prensa servocontrolada, a ser usada em ensaios de compressão, tração e ciclos de carregamento, entre outras funções. Apesar da equipe reduzida, em relação à época de ouro dos grandes projetos, o corpo laboratorial ainda conta com engenheiros, técnicos laboratoristas, pesquisadores e até estagiários.

E quem pensou que seria um desperdício manter esse rico acervo de conhecimentos limitado ao atendimento de Itaipu, acertou em cheio. O laboratório de concreto promoveu e continua promovendo análises e assessoria para algumas obras, incluindo outras usinas hidrelétricas (UHE) brasileiras e edificações públicas. Recentemente, prestou serviços para a realização dos prédios da Universidade Federal da Integração Latino Americana (UNILA) e da subsede do Superior Tribunal Federal (SSTF). As outras demandas são em menor escala, mas os convênios específicos têm promovido um crescimento substancial na quantidade de trabalho do laboratório, segundo a assessoria de imprensa da usina.

Em paralelo, o acervo de conhecimento adquirido ao longo de quase 40 anos de análises, também serviu para contribuir no know how de universidades brasileiras e paraguaias, bem como de instituições e empreendimentos ao redor do mundo. As tecnologias e resultados de inspeção, controle e produção de concreto foram exportadas para mais seis países sul-americanos, além de Angola.

No Brasil, o laboratório foi credenciado pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), fazendo parte do programa interlaboratorial para concessão do Selo de Qualidade para Blocos de Concreto e Pavers (pavimento intertravado). Segundo a equipe do centro, o laboratório também busca contribuir com as experiências por meio de divulgação em congressos e seminários, em que participa ativamente. Por fim, o convênio com entidades acadêmicas e de pesquisa tem promovido um processo de desenvolvimento da construção civil, principalmente com a modernização de alguns processos experimentais e auxilio a novas pesquisas acadêmicas.

Principais trabalhos realizados pelo Laboratório de Tecnologia do Concreto de Itaipu Binacional:

- Estudos e dosagens (traços) de concreto, atendendo a condições pré-estabelecidas;

- Determinação das propriedades térmicas de aglomerantes, agregados, pastas, argamassas e concretos;

- Determinação das propriedades físicas e elastomecânicas de cimentos, agregados, materiais pozolânicos, elastômeros, resinas epoxídicas, pastas, argamassas, aços e concretos;

- Análise química de cimento, material pozolânico, água, aditivos e agregados;

- Caracterização e compactação de solos;

- Cisalhamento e compressão simples de rochas;

- Estudos de caldas de cimento;

- Calibração e aferição de instrumentos de auscultação e de laboratório;

- Instrumentação de estruturas, monitoramento e análise da consistência dos resultados;

- Reinstrumentação e inspeção de barragens.

 

 

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