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Revista GC - Ed.44 - Dezembro 2013
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Enquete Online

O leitor opina sobre as alternativas de exploração de petróleo no Brasil

O Campo de Libra do pré-sal foi leiloado, recentemente, utilizando-se o regime de partilha e teve como consórcio vencedor o grupo formado pelas empresas Petrobras, Shell Brasil, Total, CNPC e Cnooc.

Segundo a diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Magda Chambriard, "a qualidade técnica que conseguimos reunir, com empresas como a Petrobras, que explora e produz 25% do petróleo em águas profundas do mundo e alterna recordes com a Shell, que também está no consórcio, vai entrar para a história do País".

O retorno estimado para o governo fica em torno de 80% sobre o petróleo explorado, se somados a participação de 41,65% oferecida à União, o percentual de 40% da Petrobras, o pagamento de royalties, contribuições sociais e imposto de renda e a parcela do lucro da estatal brasileira que cabe à união. “É uma das maiores participações governamentais do mundo. É da ordem de trilhão de reais em 30 anos de produção”, afirmou a diretora da ANP.

Enquete, sugerida para os leitores da revista Grandes Construções, colocou em tela questões relativas às alternativas de exploração das jazidas nacionais de petróleo. A maior parte (42%) das pessoas que respondeu ao questionário acredita que o melhor regime é o de concessão, seguido de perto pelos que confiam no modelo de partilha (38%). Outros (20%) escolheram o regime de serviços.

Quanto à estruturação, profissional e tecnológica, da Petrobras para assumir a participação obrigatória em consórcios, 61% dos leitores acreditam que a empresa está preparada para enfrentar os desafios decorrentes. O restante (39%) não confia na capacidade da petroleira brasileira.

Entre os participantes da enquete, 33% julgam que a presença de empresas estrangeiras favorecerá a transferência de tecnologia; 41% creem que isso favorecerá a entrada de novos investimentos; 8% enxergam a ampliação das relações internacionais de comércio; 9% pensam que haverá intensificação da dependência tecnológica; 6% acreditam que essa presença aviltará o preço do petróleo; e 3% apenas temem a interferência no mercado de trabalho.

Para 37% dos leitores, a produção de 8 bilhões a 12 bilhões de barris de petróleo, de acordo com estimativa da capacidade do Campo de


O Campo de Libra do pré-sal foi leiloado, recentemente, utilizando-se o regime de partilha e teve como consórcio vencedor o grupo formado pelas empresas Petrobras, Shell Brasil, Total, CNPC e Cnooc.

Segundo a diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Magda Chambriard, "a qualidade técnica que conseguimos reunir, com empresas como a Petrobras, que explora e produz 25% do petróleo em águas profundas do mundo e alterna recordes com a Shell, que também está no consórcio, vai entrar para a história do País".

O retorno estimado para o governo fica em torno de 80% sobre o petróleo explorado, se somados a participação de 41,65% oferecida à União, o percentual de 40% da Petrobras, o pagamento de royalties, contribuições sociais e imposto de renda e a parcela do lucro da estatal brasileira que cabe à união. “É uma das maiores participações governamentais do mundo. É da ordem de trilhão de reais em 30 anos de produção”, afirmou a diretora da ANP.

Enquete, sugerida para os leitores da revista Grandes Construções, colocou em tela questões relativas às alternativas de exploração das jazidas nacionais de petróleo. A maior parte (42%) das pessoas que respondeu ao questionário acredita que o melhor regime é o de concessão, seguido de perto pelos que confiam no modelo de partilha (38%). Outros (20%) escolheram o regime de serviços.

Quanto à estruturação, profissional e tecnológica, da Petrobras para assumir a participação obrigatória em consórcios, 61% dos leitores acreditam que a empresa está preparada para enfrentar os desafios decorrentes. O restante (39%) não confia na capacidade da petroleira brasileira.

Entre os participantes da enquete, 33% julgam que a presença de empresas estrangeiras favorecerá a transferência de tecnologia; 41% creem que isso favorecerá a entrada de novos investimentos; 8% enxergam a ampliação das relações internacionais de comércio; 9% pensam que haverá intensificação da dependência tecnológica; 6% acreditam que essa presença aviltará o preço do petróleo; e 3% apenas temem a interferência no mercado de trabalho.

Para 37% dos leitores, a produção de 8 bilhões a 12 bilhões de barris de petróleo, de acordo com estimativa da capacidade do Campo de Libra, favorecerá os investimentos em estaleiro e portos; 27% apostam no aumento da contratação de mão de obra; 18% acham que haverá assimilação e desenvolvimento de tecnologia de refino; e outros 18% acreditam que a consequência será a entrada de novos player na cena econômica nacional.

A maior parte dos participantes da enquete (58%) não vê com bons olhos a exploração de jazidas de petróleo do pré-sal, no que diz respeito à questão ambiental. O restante (42%) está satisfeito nesse quesito.

Quanto aos aspectos referentes à segurança operacional desses poços, 56% classificam como “bons”; 37%, como “ruins”; e 7%, como “ótimos”.

A maioria dos leitores que responderam à enquete (75%) diz que a indústria nacional não está preparada adequadamente para fornecer os serviços, materiais e equipamentos, como preveem as regras do novo modelo de leilão. Só 25% acreditam na indústria nacional, nesse aspecto.

As exigências de infraestrutura e logística serão muito grandes e 80% dos leitores da revista Grandes Construções, que participaram da enquete, acham que o País não estará preparado para isso. Apenas 20% creem na capacidade nacional.

A opinião de alguns leitores

Samuel Panucci

O Brasil já tem a propriedade da reserva e poderia explorar essa riqueza, ou reserva de energia, com tecnologias mais avançadas de outros países e, principalmente, utilizando o investimento de outros países.

A Petrobras, hoje, é cabide de emprego do governo. Tanto que o endividamento e os seus resultados são manipulados para deter a inflação.

Sobre as consequências da participação de empresas estrangeiras, o Brasil é um país fechado, pelo autoprotecionismo, e isso trava o País até hoje. Veja-se o exemplo da China, nos últimos 20 anos. No mínimo, deveríamos copiar parte disso e não segurar as importações e a abertura de mercado.

Em relação à questão ambiental, na exploração de jazidas de petróleo do pré-sal, precisamos apenas ser responsáveis e conscientes das nossas ações...

Não tenho dúvidas de que a indústria nacional não está preparada adequadamente para fornecer os serviços, materiais e equipamentos, como preveem as regras do novo modelo de leilão. Investimos muito pouco em educação e em escolas profissionalizantes.

Antônio Pace

O subsolo pertence à União e não deve ser vendido ou partilhado. O Brasil tem tecnologia para o refino do petróleo a ser extraído do pré-sal, mas considero isso de alto risco.

Além disso, faltam muitos investimentos em portos, estaleiros e infraestrutura.  O governo está gastando bilhões em investimentos para a Copa do Mundo (estádios) e Olimpíadas 2016 e deixando de investir no que realmente é importante para o País. Não houve consulta pública e audiências públicas sobre os gastos para esses dois eventos. Fazem o que querem, com irresponsabilidade...

Cleiton Nascimento

Acredito que o País precisa, com urgência, de profissionais qualificados. Com isso, creio e espero que a participação de empresas estrangeiras possa trazer, como consequência, uma vasta troca de conhecimento.

Sobre a iniciativa desta revista, eu digo que, finalmente, temos um canal de contato, que pergunta qual é a nossa opinião a respeito do nosso petróleo.

Ciro Luís Teixeira Carpintieri

A partilha inspira mais parceria, a concessão e serviços são uma forma de dependência. Entretanto, é preciso mais investimentos em capacidade de produção, uma vez que a tecnologia já está disponível.

Se a Petrobras não está estruturada, profissional e tecnologicamente, para assumir os desafios decorrentes da sua participação obrigatória em consórcios, terá de ficar. Ela é a responsável e precisa, de uma forma ou outra, mostrar porque existe.

A concorrência vai amadurecer a Petrobras e facilitar o controle e a transparência fiscal. O maior desafio para a Petrobras é o risco político. O governo e os governantes terão que se modernizar. A direita e a esquerda vão ter que se entender por uma causa maior.

 

 

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