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Revista GC - Ed.100 - Ago/Set 2022
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EDITORIAL

Pandemia mexeu com o jeito de morar e viver

Em busca de melhor qualidade de vida e se aproveitando das possibilidades oferecidas pelo trabalho remoto, muitas famílias migraram para cidades menores
Por Redação

Um movimento no mercado imobiliário que, segundo os especialistas, não chegou a configurar uma tendência, mas que ganhou impulso com a pandemia foi a troca de apartamentos nos grandes centros por casas no interior. Em busca de melhor qualidade de vida – com destaque para as áreas verdes – e se aproveitando das possibilidades oferecidas pelo trabalho remoto, muitas famílias migraram para cidades menores.

“Percebemos um movimento do consumidor pela busca do lugar ideal, que seja mais próximo do trabalho, de parentes e amigos ou da natureza”, frisa Erica Pinheiro, gerente de produto da Bild Desenvolvimento Imobiliário. “Neste cenário, o lar deixa de ser onde nascemos e passa a ser onde queremos e escolhemos estar.”

Mas isso, na opinião de Jorge Ferrari, CEO da Mônaco Incorporações, só pode ser identificado como tendência para um recorte específico de pessoas. “Aquelas que descobriram que podem trabalhar em home-office sem perda de produção e renda”, argumenta. Para a maioria dos profissionais, contudo, esse modelo não funciona, como destaca Roberto Baranowski, CEO do Grupo União Realizações. “Muitas pessoas já retornaram ao trabalho presencial, mesmo que apenas em alguns dias por semana”, afirma. “Assim, o modelo híbrido fará com que as pessoas voltem a morar próximas ao trabalho.”

Certamente há aqueles que, com flexibilidade na rotina de trabalho e, até mesmo, possibilidades de nomadismo digital, têm a oportunidade de migrar dos grandes centros para regiões mais afastadas, próximas ao verde, morando em casas com quintal e jardim. “Ao mesmo tempo, vejo um movimento no caminho não exatamente contrário, mas diferente, no sentido de retomada dos centros”, pondera Celso Rayol, sócio-fundador da Cité Arquitetura.

Reocupar áreas centrais das metrópoles, segundo ele, é uma das ações mais importantes em um desenvolvimento urbano consciente, para uma cidade mais compacta e com


Um movimento no mercado imobiliário que, segundo os especialistas, não chegou a configurar uma tendência, mas que ganhou impulso com a pandemia foi a troca de apartamentos nos grandes centros por casas no interior. Em busca de melhor qualidade de vida – com destaque para as áreas verdes – e se aproveitando das possibilidades oferecidas pelo trabalho remoto, muitas famílias migraram para cidades menores.

“Percebemos um movimento do consumidor pela busca do lugar ideal, que seja mais próximo do trabalho, de parentes e amigos ou da natureza”, frisa Erica Pinheiro, gerente de produto da Bild Desenvolvimento Imobiliário. “Neste cenário, o lar deixa de ser onde nascemos e passa a ser onde queremos e escolhemos estar.”

Mas isso, na opinião de Jorge Ferrari, CEO da Mônaco Incorporações, só pode ser identificado como tendência para um recorte específico de pessoas. “Aquelas que descobriram que podem trabalhar em home-office sem perda de produção e renda”, argumenta. Para a maioria dos profissionais, contudo, esse modelo não funciona, como destaca Roberto Baranowski, CEO do Grupo União Realizações. “Muitas pessoas já retornaram ao trabalho presencial, mesmo que apenas em alguns dias por semana”, afirma. “Assim, o modelo híbrido fará com que as pessoas voltem a morar próximas ao trabalho.”

Certamente há aqueles que, com flexibilidade na rotina de trabalho e, até mesmo, possibilidades de nomadismo digital, têm a oportunidade de migrar dos grandes centros para regiões mais afastadas, próximas ao verde, morando em casas com quintal e jardim. “Ao mesmo tempo, vejo um movimento no caminho não exatamente contrário, mas diferente, no sentido de retomada dos centros”, pondera Celso Rayol, sócio-fundador da Cité Arquitetura.

Reocupar áreas centrais das metrópoles, segundo ele, é uma das ações mais importantes em um desenvolvimento urbano consciente, para uma cidade mais compacta e com uso responsável do solo urbano, em que se perde menos tempo no trânsito, usa-se menos o carro e se faz mais exercício diário ao caminhar.

“Embora o home-office seja uma realidade que veio para ficar, a verdade é que muitas profissões necessariamente são presenciais e muitas pessoas também escolhem pelo presencial pelo convívio diário com outras pessoas. Eu mesmo sou uma delas”, pondera. “Projetar on-line não é o mesmo que desenhar e criar junto com a equipe no dinamismo do escritório. Mas, para isso, não podemos perder quase três horas do dia no transporte, engarrafado no trânsito”, comenta Rayol.

Outro aspecto que pesa contra a ‘fuga para o sítio’ é a vida social, conforme analisa Paulo Renato Alves, sócio da Norden Arquitetura. “Quando os espaços culturais e o comércio começaram a reabrir, morar longe passou a ser um problema”, ele observa. “As pessoas estão com saudade de ver gente. Então, já se percebe um movimento inverso, com as pessoas voltando para as cidades para aproveitar todos esses equipamentos que estão disponíveis nos grandes centros”, aponta o executivo, que – junto a outros especialistas – debate as tendências do setor nas páginas deste Especial do Mercado Imobiliário, que traz ainda o 3º Levantamento de Obras do setor.

Boa leitura.

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