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Revista GC - Ed.12 - Jan/Fev 2011
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Meio Ambiente e Urbanismo

Pavimentos permeáveis podem reduzir enchentes

A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) acaba de concluir estudo para a produção de um pavimento intertravado permeável, que permita a infiltração de água no solo. A técnica, usada há mais de 30 anos em países como Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos, poderá ajudar no combate às enchentes nos centros urbanos.

“A urbanização das cidades acarreta impermeabilização das superfícies. Ou seja, as ruas pavimentadas, o crescente número de construções e a redução de áreas verdes dificultam a drenagem da água através do solo e o retorno ao lençol freático. Isso provoca alterações nos leitos dos rios e dos canais, aumentando o volume das águas e a frequência das enchentes”, explica Mariana Marchioni, engenheira responsável pelo projeto na ABCP.

Segundo Mariana, o problema é agravado pelo efeito das “ilhas de calor” (aumento de temperatura em áreas densamente povoadas), intensificando a precipitação. Além dos impactos decorrentes diretamente do escoamento da água, o acúmulo de detritos diversos nas superfícies das ruas, calçadas, estacionamentos e garagens acaba sendo levado para os rios e canais durantes as enxurradas.

Além disso, no mundo inteiro, cidades importantes estão tentando acabar com o hábito de cimentar áreas comuns, incentivando a manutenção de áreas verdes em praças e calçadas e a pavimentação ecológica, feita com tijolos intertravados que facilitam a penetração da água no solo.

A principal vantagem dos pavimentos permeáveis é que permitem a infiltração da água. Ao contrário disto, se essa água cair em um calçamento de piso impermeável, será direcionada às bocas de lobo para, em seguida, correr em direção aos rios. Grande parte das cidades brasileiras, por exemplo, tem pisos, calçadas e telhados impermeáveis; com isso, a água vai para as ruas, mas não consegue escoar, devido ao acúmulo de lixo, causando as enchentes. O custo do pavimento permeável é praticamente o mesmo do convencional.

Esse tipo de pavimento pode ser utilizado como via para pedestres, pátios residenciais, comerciais e industriais, estacionamentos, calçadas e vias de tráfego leve, reduzindo o escoamento superficial em até 100%, de


A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) acaba de concluir estudo para a produção de um pavimento intertravado permeável, que permita a infiltração de água no solo. A técnica, usada há mais de 30 anos em países como Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos, poderá ajudar no combate às enchentes nos centros urbanos.

“A urbanização das cidades acarreta impermeabilização das superfícies. Ou seja, as ruas pavimentadas, o crescente número de construções e a redução de áreas verdes dificultam a drenagem da água através do solo e o retorno ao lençol freático. Isso provoca alterações nos leitos dos rios e dos canais, aumentando o volume das águas e a frequência das enchentes”, explica Mariana Marchioni, engenheira responsável pelo projeto na ABCP.

Segundo Mariana, o problema é agravado pelo efeito das “ilhas de calor” (aumento de temperatura em áreas densamente povoadas), intensificando a precipitação. Além dos impactos decorrentes diretamente do escoamento da água, o acúmulo de detritos diversos nas superfícies das ruas, calçadas, estacionamentos e garagens acaba sendo levado para os rios e canais durantes as enxurradas.

Além disso, no mundo inteiro, cidades importantes estão tentando acabar com o hábito de cimentar áreas comuns, incentivando a manutenção de áreas verdes em praças e calçadas e a pavimentação ecológica, feita com tijolos intertravados que facilitam a penetração da água no solo.

A principal vantagem dos pavimentos permeáveis é que permitem a infiltração da água. Ao contrário disto, se essa água cair em um calçamento de piso impermeável, será direcionada às bocas de lobo para, em seguida, correr em direção aos rios. Grande parte das cidades brasileiras, por exemplo, tem pisos, calçadas e telhados impermeáveis; com isso, a água vai para as ruas, mas não consegue escoar, devido ao acúmulo de lixo, causando as enchentes. O custo do pavimento permeável é praticamente o mesmo do convencional.

Esse tipo de pavimento pode ser utilizado como via para pedestres, pátios residenciais, comerciais e industriais, estacionamentos, calçadas e vias de tráfego leve, reduzindo o escoamento superficial em até 100%, dependendo da intensidade da chuva, e retardando a chegada da água ao subleito, diminuindo a erosão.

A camada de base granular do piso ainda funciona como um filtro para a água da chuva, reduzindo a sua contaminação. Os pavimentos permeáveis são definidos como aqueles que possuem espaços livres na sua estrutura por onde a água e o ar podem atravessar. A camada de revestimento dos pavimentos permeáveis nos sistemas à base de cimento pode ser executada utilizando-se concreto poroso moldado in loco ou peças pré-moldadas de concreto.

Outra vantagem dos pavimentos permeáveis é que eles promovem um retardo da chegada da água do terreno ao sistema de drenagem da cidade, fator que já é levado em conta em projetos de grande porte, como shopping centers e supermercados.

Esse sistema já é comercializado em São Paulo. O pavimento intertravado permeável, por exemplo, pode utilizar peças convencionais. Portanto, todo fabricante que atenda às normas brasileiras está apto a fornecer o produto. Algumas indústrias de intertravados e placas de concreto também já fabricam a peça porosa.

Junto com a conclusão dos estudos, a ABCP está publicando uma cartilha com orientações para profissionais sobre “Melhores Práticas – Pavimento Intertravado Permeável”. O manual serve de referência para a normatização deste tipo de pavimento, e está disponível no site do projeto Soluções para Cidades – www.solucoesparacidades.org.br  – para download na área de mobilidade.

A volta dos paralelepípedos

Outra alternativa para evitar a impermeabilização dos solos é a aplicação de paralelepípedos, considerada por uma corrente de especialistas como uma solução prática e ecológica. De acordo com o engenheiro Cláudio Roberto de Castro, da Tecpar Pavimentação Ecológica, “entre os paralelepípedos há um espaço de mais ou menos dois centímetros. Através dele, a água penetra e é absorvida pelo subsolo. Outro fator positivo é que o rejunte desse material é todo feito com pedrisco, o que facilita o escoamento da água”, esclarece.

“O paralelepípedo tem um poder de absorção de 50%. Por isso é tão aconselhável, principalmente, nos lugares com risco de inundações, já que não contamos com uma lei que limite o uso do asfalto”, salienta. O engenheiro adverte para a falta de uma lei que limite o uso da pavimentação com asfalto nas cidades e diz que o caminho correto é o da conscientização.

Outro problema decorrente da interferência humana é o acúmulo de lixo, que entope as estruturas de escoamento de água. Para a bióloga Silvana Cortez, “essas tragédias tomam proporções tão grandes, justamente, pela falta de cidadania e bom senso dos homens. É fácil se comover com a situação quando estamos sentados na frente da televisão no conforto do nosso lar”. Mas ela ressalta a tragédia como algo que pode acontecer com qualquer um. “Portanto, temos que ter a consciência de que um simples papel jogado no chão, ao invés de ir para a lixeira, faz toda a diferença, sim”, lamenta.

Então não adianta apenas se indignar com a tragédia causada pelos alagamentos. É preciso pensar antes de culpar só as chuvas. A ação humana, ou a falta dela, pode ser mais danosa do que qualquer outro fenômeno natural.

 

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