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Revista GC - Ed.64 - Outubro 2015
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Porto de São Sebastião

Portal de tecnologia

Porto consolida-se no embarque de cargas industriais de maior valor agregado. Plano prevê investimentos de R$ 3,2 bilhões, expansão para 800 mil m² e concessão
Por Marcelo Januário

Localizado no litoral norte paulista, o porto de São Sebastião, administrado pela Companhia Docas de São Sebastião desde 2007, é considerado estratégico para o Vale do Paraíba, pois é o único da região com potencial para escoamento das cargas produzidas no eixo que abrange o Vale do Paraíba e a área ao longo da Rodovia Dom Pedro, até o município de Campinas. Uma região que possui um dos maiores centros de produção de alta tecnologia da América Latina, com uma indústria de transformação diversificada, além de importante polo de serviços. Para atender ao crescimento da demanda, a Companhia Docas investiu na modernização e ampliação da infraestrutura portuária, que passou de 100 mil m² (em 2011) para mais de 300 mil m² operacionais e vai chegar aos 400 mil m² até o início de 2016.

Para a reformulação, foram investidos R$ 300 milhões pelo governo de São Paulo, responsável pela Companhia Docas. Além da ampliação física, foram incluídas obras de recuperação dos pátios, dragagem e segurança. Um plano de contingência de vazamento de óleo faz parte deste último quesito. De acordo com o presidente da Companhia Docas de São Sebastião, Casemiro Tércio Carvalho, a empresa já solicitou licenciamento ambiental para uma nova e ambiciosa ampliação, de forma que a área do porto atinja 800 mil metros quadrados. Essa nova ampliação, que poderá levar até uma década, dependendo da demanda portuária, será conduzida pela iniciativa privada, pois será objeto de concessão. “Tudo vai depender da economia: em caso de aquecimento da demanda, o interesse pelas novas áreas do porto aumenta”, afirma Carvalho. A Companhia Docas estima em R$ 3,2 bilhões os investimentos para a nova área, que incluirá terminal de contêineres (ao custo de cerca de R$ 1 bilhão) e novas áreas para graneis, petróleo e base offshore.

Atualmente, o terminal público movimenta por ano 730 mil toneladas de produtos como barrilha, malte, cevada, chapas de aço, máquinas, equipamentos e veículos. Perto de 75% da indústria de vidro do País está localizada no eixo da Rodovia Presidente Dutra, entre Rio e São Paulo, o que faz de São Sebastião o porto mais adequado para movimentação da barrilha, matéria-prima utilizada para fabricação do vidro. Também as cargas de alto va


Localizado no litoral norte paulista, o porto de São Sebastião, administrado pela Companhia Docas de São Sebastião desde 2007, é considerado estratégico para o Vale do Paraíba, pois é o único da região com potencial para escoamento das cargas produzidas no eixo que abrange o Vale do Paraíba e a área ao longo da Rodovia Dom Pedro, até o município de Campinas. Uma região que possui um dos maiores centros de produção de alta tecnologia da América Latina, com uma indústria de transformação diversificada, além de importante polo de serviços. Para atender ao crescimento da demanda, a Companhia Docas investiu na modernização e ampliação da infraestrutura portuária, que passou de 100 mil m² (em 2011) para mais de 300 mil m² operacionais e vai chegar aos 400 mil m² até o início de 2016.

Para a reformulação, foram investidos R$ 300 milhões pelo governo de São Paulo, responsável pela Companhia Docas. Além da ampliação física, foram incluídas obras de recuperação dos pátios, dragagem e segurança. Um plano de contingência de vazamento de óleo faz parte deste último quesito. De acordo com o presidente da Companhia Docas de São Sebastião, Casemiro Tércio Carvalho, a empresa já solicitou licenciamento ambiental para uma nova e ambiciosa ampliação, de forma que a área do porto atinja 800 mil metros quadrados. Essa nova ampliação, que poderá levar até uma década, dependendo da demanda portuária, será conduzida pela iniciativa privada, pois será objeto de concessão. “Tudo vai depender da economia: em caso de aquecimento da demanda, o interesse pelas novas áreas do porto aumenta”, afirma Carvalho. A Companhia Docas estima em R$ 3,2 bilhões os investimentos para a nova área, que incluirá terminal de contêineres (ao custo de cerca de R$ 1 bilhão) e novas áreas para graneis, petróleo e base offshore.

Atualmente, o terminal público movimenta por ano 730 mil toneladas de produtos como barrilha, malte, cevada, chapas de aço, máquinas, equipamentos e veículos. Perto de 75% da indústria de vidro do País está localizada no eixo da Rodovia Presidente Dutra, entre Rio e São Paulo, o que faz de São Sebastião o porto mais adequado para movimentação da barrilha, matéria-prima utilizada para fabricação do vidro. Também as cargas de alto valor agregado têm aumentado significativamente participação em São Sebastião nos últimos anos. Em 2011, o porto movimentou 24 mil veículos, saltando para 60 mil em 2014 e devendo atingir 50 mil unidades neste ano – queda provocada pela crise econômica. Sua localização privilegiada, com dois acessos e águas profundas, e a capacidade de operar cargas de alto valor agregado são diferenciais do porto, que sedia também o Terminal Almirante Barroso (Tebar), voltado exclusivamente às cargas da Petrobras.

“Graneis sempre foram a carga mais operada, mas o porto de São Sebastião tem diversificado sua movimentação. Nosso foco não é volume, mas produtos de alta complexidade tecnológica. Por isso não competimos com Santos. Nosso raio de ação é mais localizado. Enquanto Santos leva e traz carga de todo tipo e para grande parte do País, São Sebastião foca no Vale do Paraíba, região de Campinas e Litoral Norte”, afirma Carvalho. Uma das vantagens competitivas de São Sebastião, revela o presidente da Docas, está nas águas profundas: o calado do porto pode chegar a 20 metros, permitindo a operação de grandes navios, como petroleiros. Para efeito de comparação, Santos tem calado médio de 14 metros. “Com o calado que possuímos não será preciso dragar quase nunca”, explica Carvalho, destacando outro ponto favorável ao porto. “Por suas características, São Sebastião pode se transformar em hub port (porto concentrador de carga), permitindo o transbordo para outros terminais.”

Um dos gargalos de São Sebastião sempre foi a interligação com outros modais, como o rodoviário e o ferroviário. O rodoviário está equalizado, na avaliação do presidente da Companhia Docas. “A obra de ampliação da rodovia dos Tamoios, principal acesso ao planalto e ao Vale do Paraíba, ajudou muito. Além disso, apenas perto de 10% do movimento da rodovia é voltado para o porto. Com a ampliação da rodovia, esse volume deve atingir 14%”, explica Carvalho. A ampliação da Tamoios teve a etapa do planalto, com 49 quilômetros, concluída em 2014. O trecho de serra, de 21 quilômetros, tem previsão de conclusão para 2020. Outra etapa evolve as obras do contorno viário de 33,9 quilômetros que ligará Caraguatatuba a São Sebastião. O primeiro trecho litorâneo tem 6,2 quilômetros, entre Caraguatatuba e a Rodovia Manuel Hipólito Rego (SP-055), e deve ser entregue em 2017. Já os trechos entre Caraguatatuba e o limite com São Sebastião (18,4 quilômetros de extensão) e os 9,3 quilômetros até o Porto de São Sebastião devem ser entregues no primeiro semestre de 2018.

Para atender ao crescimento da demanda, a Companhia Docas afirma ter investido em gestão ambiental. Foram desenvolvidos mais de 10 programas de monitoramento da qualidade e educação ambiental, incluindo a criação da Central de Armazenamento e Triagem de Resíduos, a implantação do Centro de Atendimento às Emergências ligadas a vazamentos de óleo no mar, além de investimentos em capacitação e treinamento de funcionários. Segundo Casemiro Tércio Carvalho, o empenho da companhia rendeu, em 2015, dois reconhecimentos importantes na área ambiental: a ISO 14.001, que transformou o porto de São Sebastião no único do País a receber a certificação internacional, e a classificação em primeiro lugar no ranking no Índice de Desempenho Ambiental Portuário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), entre outros 29 portos brasileiros.

 

 

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