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Revista GC - Ed.64 - Outubro 2015
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Especial São Paulo - Investimentos

Qualidade de vida na área metropolitana – os desafios de São Paulo para tornar-se um líder global

Estado inicia novo ciclo de desenvolvimento focado na indústria de alta tecnologia e melhorias urbanas em transporte, mas terá de enfrentar outros gargalos como melhorar o desempenho da educação e enfrentar a crise no abastecimento de água

Corredor Metropolitano Noroeste – RMC, com estimativa de 40 mil usuários por dia, atenderá ao crescimento industrial da região de Campinas, a segunda que mais recebe investimentos no Estado

Perspectivas de Investimento – Os números não mentem. O último Raio X dos investimentos no estado de São Paulo, realizado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) indicam uma corrida de investimentos públicos e privados naquele que hoje é o principal entrave para encerrar um longo ciclo de desenvolvimento: a infraestrutura de transporte e mobilidade.

Dos 501 investimentos levantados pela Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp) em 2013, num total de US$ 27,7 bilhões, dois terços foram direcionados à área de infraestrutura, com forte ênfase nos transportes e mobilidade urbana na área de metrô, trens e ônibus.  Por outro lado, esse valor representa menos da metade do recorde alcançado em 2012 (US$ 59,8 bilhões).  O valor total dos investimentos anunciados chega a ser equivalente àquele registrado em 2009, ano de recuperação dos efeitos da crise financeira mundial.  Mas é inferior ao recorde alcançado em 2012, quando os investimentos chegaram ao ápice. O período  de 2010 a 2012 teve os valores mais elevados da série histórica e refletiu, especialmente, as fortes inversões de recursos na área de infraestrutura.

As informações sobre o período de duração dos investimentos mostram que US$ 17,1 bilhões (61,8% do total) deverão ser aplicados até 2016 e outros US$ 9,7 bilhões (35,0%) entre 2017 e 2021. As inversões de longo prazo (dez anos ou mais) somaram apenas US$ 868,8 milhões (3,1%).

A Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp), da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) é um importante documento que faz um diagnóstico dos investimentos realizados no estado. Trata-se de um instrumento único na aferição das tendências de ampliação produtiva, bem como das oportunidades de negócio no Estado de São Paulo. Focalizando a distribuição dos investimentos tanto nos setores da economia como nas diversas regiões paulistas, a pesquisa contabiliza os anúncios divulgados


Corredor Metropolitano Noroeste – RMC, com estimativa de 40 mil usuários por dia, atenderá ao crescimento industrial da região de Campinas, a segunda que mais recebe investimentos no Estado

Perspectivas de Investimento – Os números não mentem. O último Raio X dos investimentos no estado de São Paulo, realizado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) indicam uma corrida de investimentos públicos e privados naquele que hoje é o principal entrave para encerrar um longo ciclo de desenvolvimento: a infraestrutura de transporte e mobilidade.

Dos 501 investimentos levantados pela Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp) em 2013, num total de US$ 27,7 bilhões, dois terços foram direcionados à área de infraestrutura, com forte ênfase nos transportes e mobilidade urbana na área de metrô, trens e ônibus.  Por outro lado, esse valor representa menos da metade do recorde alcançado em 2012 (US$ 59,8 bilhões).  O valor total dos investimentos anunciados chega a ser equivalente àquele registrado em 2009, ano de recuperação dos efeitos da crise financeira mundial.  Mas é inferior ao recorde alcançado em 2012, quando os investimentos chegaram ao ápice. O período  de 2010 a 2012 teve os valores mais elevados da série histórica e refletiu, especialmente, as fortes inversões de recursos na área de infraestrutura.

As informações sobre o período de duração dos investimentos mostram que US$ 17,1 bilhões (61,8% do total) deverão ser aplicados até 2016 e outros US$ 9,7 bilhões (35,0%) entre 2017 e 2021. As inversões de longo prazo (dez anos ou mais) somaram apenas US$ 868,8 milhões (3,1%).

A Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp), da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) é um importante documento que faz um diagnóstico dos investimentos realizados no estado. Trata-se de um instrumento único na aferição das tendências de ampliação produtiva, bem como das oportunidades de negócio no Estado de São Paulo. Focalizando a distribuição dos investimentos tanto nos setores da economia como nas diversas regiões paulistas, a pesquisa contabiliza os anúncios divulgados pela imprensa. Essas informações são checadas pela Fundação Seade com as próprias empresas, de forma a conferir coerência e confiabilidade à sua contabilização. A última análise, divulgada em 2014, trabalha com os dados de 2013, mas é atual quanto às tendências de investimentos prioritários.

Retração econômica

Entre 2012 e 2013, os indicadores já apontavam uma retração em todos os setores. Porém, a redução foi menos intensa na indústria (29,0%), principalmente pelas inversões na cadeia automotiva.

O pior desempenho coube aos serviços (-68,6%), influenciado pela forte base de comparação, como o elevado montante destinado aos serviços financeiros em 2012. As atividades imobiliárias, embora com menor volume de recursos, ainda mantiveram-se no topo deste setor em 2013.

O volume direcionado à infraestrutura atingiu 65,6%, ou US$ 18,2 bilhões do total, com liderança dos investimentos em transporte terrestre de passageiros para melhoria da mobilidade urbana (metrô, trens e ônibus). Em seguida vem a indústria, com 19,6%, ou US$ 5,4 bilhões.  A área de serviços ficou com 13,6% (US$ 3,8 bilhões) e a área de comércio ficou com 1,2%  (US$ 327,0 milhões).

Um dos aspectos interessantes é que mais de 50% das inversões noticiadas em 2013 direcionaram-se à Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), seguida pela  macrometrópole – Campinas (US$ 3,7 bilhões), Vale do Paraíba e Litoral Norte (US$ 3,2 bilhões), Baixada Santista (US$ 2,0 bilhões) e Sorocaba (US$ 789,4 milhões), sinalizando a prioridade dos investimentos não somente em infraestrutura como também no setor produtivo, mostrando que essa região é ao mesmo tempo é economicamente prioritária e deficitária de transporte.

Cabe ressaltar que, para fins de análise, algumas atividades industriais e de serviços foram excluídas dos respectivos setores, passando a constituir o grupo denominado Infraestrutura. Além disso, a classificação dos empreendimentos foi feita de acordo com a atividade do investimento.

Investimento privado

Maria Helena Guimarães de Castro, pesquisadora do Seade, destacou no caderno Análise Seade, no 9, dezembro 2013 , que quase 60% dos investimentos de infraestrutura na série da Piesp foram anunciados por empresas privadas, somandoUS$ 141,3 bilhões. Nos transportes, as empresas privadas destinaram US$ 71,6 bilhões, mais que o dobro do montante relativo às estatais no período 1998-2012. No mesmo período, as empresas públicas anunciaram US$ 35,6 bilhões em transportes, com destaque para o metrô e os trens na RMSP. “A série da Piesp mostra que a trajetória dos investimentos privados está diretamente relacionada aos ciclos de privatização de serviços públicos e destaca que avanços têm sido alcançados em uma ação conjunta dos setores público e privado”, destacou.

Após registrar os três valores anuais mais elevados desde o início da pesquisa em 1998, os investimentos anunciados em infraestrutura recuaram 53,7% entre 2012 e 2013, passando de US$ 39,3 bilhões para US$ 18,2 bilhões, mas ainda concentraram a maior parcela dos recursos totais, ressaltando que diversas licitações para concessão de serviços públicos previstas para o ano de 2013, como terminais portuários, aeroportos regionais, transporte ferroviário de cargas, trem de alta velocidade e linhas de ônibus municipais e interestaduais, não se concretizaram.

O subsetor de transportes manteve a liderança sobre os demais, com participação superior a 70% (US$ 12,9 bilhões). Diferentemente do ano anterior, quando predominaram as atividades auxiliares dos transportes, em 2013 o principal segmento foi o de transporte terrestre, pelos investimentos divulgados por três estatais paulistas para melhoria da mobilidade urbana e metropolitana.

A ampliação da rede metroferroviária de passageiros na RMSP vinculou-se a anúncios do Metrô, como a expansão da Linha 2-Verde, da Vila Prudente até a Rodovia Dutra, em Guarulhos (US$ 4,3 bilhões), e a construção de monotrilho ligando a Linha 15- Prata, no Ipiranga, à Linha 2-Verde do metrô e, ainda, à Linha 10-Turquesa da CPTM, até Cidade Tiradentes (US$ 1,3 bilhão). Já o anúncio de maior porte da CPTM foi a implantação da Linha 13-Jade, entre a Estação Engº Goulart da Linha 12-Safira (zona leste da capital) e o Aeroporto de Guarulhos (US$ 896,7 milhões).

A EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), por sua vez, destacou-se pela construção de corredores de ônibus tipo BRT, conectando vários municípios da RMSP, além da implantação de terminais no Corredor Metropolitano Noroeste, que une Campinas a Santa Bárbara d’Oeste, passando por outras cidades da Região Metropolitana de Campinas (US$ 562,6 milhões).

Nas atividades auxiliares dos transportes, destacaram-se dois anúncios da Dersa: a duplicação da Rodovia dos Tamoios, com a implantação do contorno viário Caraguatatuba−São Sebastião, para melhorar o acesso às praias do Litoral Norte e ao Porto de São Sebastião (US$ 674,4 milhões); e a construção do túnel em módulos de concreto pré-moldado, sob o canal do estuário de Santos a Guarujá.

Outra inversão de grande porte (US$ 344,7 milhões) relacionou-se à concessionária Autopista Régis Bittencourt, do grupo Arteris, com o anúncio da duplicação da Rodovia Régis Bittencourt (São Paulo–Curitiba), no trecho da Serra do Cafezal, entre os municípios de Juquitiba e Miracatu, onde o tráfego de veículos é intenso e ocorrem graves acidentes.

Já para expansão e modernização do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, foram anunciados US$ 572,6 milhões (além de US$ 4,7 bilhões em 2012).

O transporte aquaviário, por sua vez, evidenciou-se pelo anúncio de US$ 228,1 milhões feito pela Aliança Navegação e Logística, subsidiária da alemã Hamburg Süd e com sede na capital paulista, para ampliar sua frota de cabotagem, com a aquisição de quatro navios porta-contêineres.

Na área de energia, destacou-se o investimento de US$ 1,1 bilhão noticiado pela Raízen Energia, joint-venture entre a Cosan e a anglo-holandesa Shell, para cogerar eletricidade a partir do bagaço da cana-de-açúcar, além de ampliar a capacidade de produção de açúcar e etanol em suas usinas paulistas. As dificuldades que o segmento sucroalcooleiro tem enfrentado desde a crise de 2008 e a demanda crescente por energia no país vêm estimulando muitas usinas a produzir bioeletricidade.

A distribuição de gás canalizado também se destacou pelos elevados montantes divulgados por duas concessionárias para ampliar suas redes no Estado: a Comgás, que pertence à parceria Cosan-Shell e atende às regiões integrantes da macrometrópole (US$ 468,7 milhões); e a Gás Brasiliano, empresa da Petrobras que tem atuação no noroeste paulista (US$ 179,3 milhões). Vale ressaltar que o consumo de gás natural vem crescendo não apenas para o segmento residencial, mas também para a indústria, o comércio e outros fins.

Sobressaem, ainda, US$ 300 milhões da Saipem, subsidiária da petrolífera italiana Eni, referentes à instalação do Centro de Tecnologia e Construção Offshore – CTCO no Complexo Industrial e Naval do Guarujá, para fornecer serviços especializados de apoio à exploração do pré-sal da Bacia de Santos pela Petrobras, tais como projetos de engenharia, suprimentos e instalação de dutos submarinos e estruturas metálicas.

Região Metropolitana (RMSP), Macrometrópole de Campinas, Vale do Paraíba e Litoral norte, Baixada Santista e Sorocaba: a rota dos principais investimentos  pelo estado

Educação – Esforço para reestruturar a rede e melhorar o diálogo com os jovens na escola

A educação é um dos principais desafios do Estado. Entre 2000 e 2014, a rede estadual de ensino perdeu 1,8 milhão de alunos, segundo estudo da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). A queda do número de crianças e jovens em idade escolar, a municipalização do ensino fundamental e a migração para a rede privada são considerados os principais motivos. O total de matrículas na rede estadual caiu 32,2% - de 5,6 milhões para 3,8 milhões. Para rever a utilização da estrutura existente, a secretaria de Estado da Educação anunciou uma grande reorganização da rede estadual de ensino. As mudanças, que já devem impactar algumas escolas a partir do início de 2016, têm como objetivo ampliar o número de unidades com apenas um ciclo. Isso significa que mais escolas atenderão exclusivamente alunos dos anos iniciais (1º ao 5º), ou dos finais (6º ao 9º) do Ensino Fundamental ou, ainda, somente do Ensino Médio. O projeto estabelece que alunos das escolas reorganizadas se deslocarão até 1,5 quilômetros e pretende otimizar as instalações para os alunos dos diferentes ciclos.

Além disso, o Estado está propondo uma grande reformulação do currículo do ensino médio, com vistas a acompanhar as transformações de comportamento e também das novas demandas dos jovens, principalmente com respeito as tecnologias.

Indústria paulista tem queda no PIB do país e sofre efeitos da guerra fiscal

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) –  Perfil da indústria nos Estados –  mostra que de 2001 a 2011, a participação de São Paulo no PIB industrial teve a maior retração, de 7,7%, enquanto que o Estado do Rio de Janeiro teve a maior alta, com 2,5%.  A conclusão do estudo indica a desconcentração da indústria no País, com maior distribuição das empresas no território nacional, que pode estar relacionada ao resultado da Guerra Fiscal entre os estados, assim como ao processo de desindustrialização que o país vem passando há alguns anos.  Mesmo assim, o estado continua produzindo o maior PIB industrial do País, com 31,3% da produção da indústria brasileira. Os setores com maior participação são alimentos (15,6%), veículos automotores (14,7%) e produtos químicos (11,3%). Juntos, esses setores representam 41,6% da indústria do Estado. São Paulo também continua como o Estado com maior exportação industrial do País, com uma fatia de 39,8%.

 

 

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