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Revista GC - Ed.80 - Junho 2017
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Semana das Tecnologias Integradas

Reúso e eficiência em ETEs

As tecnologias avançadas para tratamento de água e de efluentes encontram diversas aplicações na indústria, combinando dois ou mais tipos de solução para obtenção de águas de processo, resfriamento, manutenção ou mesmo para o uso sanitário. No entanto – com o aumento populacional, as mudanças climáticas, os crescentes desafios para filtração de novas toxinas e a suma importância da eficiência energética e operacional das estações de tratamento – o emprego de micro, ultra e nanofiltração, osmose reversa e MBR nos sistemas de abastecimento para grandes populações se torna cada vez mais necessário. Esta foi uma das conclusões do debate Gestão do Tratamento de Efluentes para a Proteção da Vida Aquática, que ocorreu no dia 8 de junho, no Sobratema Summit 2017.

De acordo com dados da Agência Nacional das Águas (ANA) que mostram a distribuição geográfica de nossos recursos hídricos, a região Sudeste produz o equivalente a 60% do PIB e concentra apenas 6% de toda a reserva de água doce do país. O número foi apresentado pelo engenheiro sanitário Eduardo Pacheco, que alertou para o fato de que, pela atual disponibilidade de água da região da Bacia do Alto Tietê, de 146 m³/s por habitante/ano, já está configurado um quadro de escassez hídrica.

Segundo Pacheco, o planejamento da segurança hídrica para as próximas gerações também deve considerar a crescimento vegetativo do Brasil, que aponta para uma estagnação em torno de 250 milhões de habitantes. A adoção de reúso da água em larga escala surgiria como a principal solução a médio/longo prazo. O engenheiro também criticou a Sabesp, porque em sua opinião a companhia estadual responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos no Estado de São Paulo. adotou como principal estratégia no combate à crise de desabastecimento o investimento em obras de interligações de bacias. Ele classificou a adução do Sistema São Lourenço para o Sistema Cantareira como “um absurdo”. “São 84 km de adução. Aliás, durante a crise de 2014, os níveis por lá baixaram também. Não era a melhor solução, porque na crise as duas represas baixam.” Uma alternativa, segundo ele, seria fazer o chamado “reúso indireto”, ou seja, reinserir nos mananciais o efluente tratado com qualidade


As tecnologias avançadas para tratamento de água e de efluentes encontram diversas aplicações na indústria, combinando dois ou mais tipos de solução para obtenção de águas de processo, resfriamento, manutenção ou mesmo para o uso sanitário. No entanto – com o aumento populacional, as mudanças climáticas, os crescentes desafios para filtração de novas toxinas e a suma importância da eficiência energética e operacional das estações de tratamento – o emprego de micro, ultra e nanofiltração, osmose reversa e MBR nos sistemas de abastecimento para grandes populações se torna cada vez mais necessário. Esta foi uma das conclusões do debate Gestão do Tratamento de Efluentes para a Proteção da Vida Aquática, que ocorreu no dia 8 de junho, no Sobratema Summit 2017.

De acordo com dados da Agência Nacional das Águas (ANA) que mostram a distribuição geográfica de nossos recursos hídricos, a região Sudeste produz o equivalente a 60% do PIB e concentra apenas 6% de toda a reserva de água doce do país. O número foi apresentado pelo engenheiro sanitário Eduardo Pacheco, que alertou para o fato de que, pela atual disponibilidade de água da região da Bacia do Alto Tietê, de 146 m³/s por habitante/ano, já está configurado um quadro de escassez hídrica.

Segundo Pacheco, o planejamento da segurança hídrica para as próximas gerações também deve considerar a crescimento vegetativo do Brasil, que aponta para uma estagnação em torno de 250 milhões de habitantes. A adoção de reúso da água em larga escala surgiria como a principal solução a médio/longo prazo. O engenheiro também criticou a Sabesp, porque em sua opinião a companhia estadual responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos no Estado de São Paulo. adotou como principal estratégia no combate à crise de desabastecimento o investimento em obras de interligações de bacias. Ele classificou a adução do Sistema São Lourenço para o Sistema Cantareira como “um absurdo”. “São 84 km de adução. Aliás, durante a crise de 2014, os níveis por lá baixaram também. Não era a melhor solução, porque na crise as duas represas baixam.” Uma alternativa, segundo ele, seria fazer o chamado “reúso indireto”, ou seja, reinserir nos mananciais o efluente tratado com qualidade.

Pacheco alertou que a cada ano 3 mil novas moléculas complexas são geradas como resultado dos desenvolvimentos de novos fármacos, conservantes, tinturas e agrotóxicos que encontram seu caminho rumo aos mananciais.

É aí que entram as tecnologias de membranas. A engenheira de aplicação da Toray Industries, Alessandra Piaia, explica que as membranas de osmose reversa, indicadas para o tratamento de água com elevado grau de contaminação orgânica, têm a capacidade de filtrar até mesmo sais, partículas e matérias orgânicas dissolvidos. Piaia apresentou um dos modelos desenvolvidos pela Toray para tratamento. “A membrana TNL tem uma camada especial na superfície que evita com que partículas, moléculas orgânicas, que são normalmente eletronegativas, fiquem aderidas nessas membranas. Por ela ter esse coating eletronegativamente carregado, elas se repelem.”

A modernização dos sistemas de tratamento encontra algumas dificuldades. Entre elas, segundo Pacheco, está a baixa capacidade de investimento das companhias de saneamento, dependente da receita tarifária. Ele critica sobretudo a rigidez da Lei das Licitações, que exige que o preço (e não a qualidade) de equipamentos seja critério imperativo para compras públicas.

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