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Revista GC - Ed.31 - Outubro 2012
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Energia

Usinas plataforma seguem trilha iniciada por Dardanelos

O Aproveitamento Hidrelétrico Dardanelos, no Mato Grosso, concluída neste ano, vem servir de aprendizados para a construção das usinas do Tapajós.

Trata-se de um projeto de engenharia que procurou unir o equilíbrio entre a necessidade de obtenção de energia e a importância de uma fonte limpa e ambientalmente correta.

A obra pertencente à Energética Águas da Pedra S/A, Sociedade de Propósito Específico (SPE), constituída pelas empresas Neoenergia, Centrais Elétricas do Norte do Brasil - Eletronorte e Companhia Hidroelétrica do São Francisco - Chesf. Para sua construção, foi contratado o Consórcio Construtor Dardanelos em regime Engineering, Procurement and Construction (EPC), formado pela Odebrecht, IMPSA e PCE.  Eles são responsáveis por executar o projeto e as obras civis, fornecer e montar os equipamentos eletromecânicos do empreendimento.

Um dos enfoques do empreendimento foi caracterizar-se como uma fonte de geração de energia limpa e sustentável, caracterizado pela menor área de alagamento possível a bacia de acumulação tem apenas 0,24 km², apresentando impacto muito pequeno para o meio ambiente. O projeto inclui ainda a implantação de projetos ambientais que buscam a preservação da fauna, flora, água e solo local, para amenizar as modificações que ocorrerão em seu meio. Além disso, serão desenvolvidos também Projetos Socioeconômicos, Programas de Saúde Pública e Apoio às Atividades de Lazer e Turismo.

O empreendimento situa-se à margem esquerda do Rio Aripuanã (coordenadas LONG 59°27’51” W e LAT 10º09’48” S), junto à cidade homônima, na região norte do estado do Mato Grosso. Seu acesso se dá a partir dessa cidade situada a 950 km, por via terrestre, da capital Cuiabá. O Rio Aripuanã pertence à Bacia Amazônica e possui uma extensão de 1.110 km, desde a sua nascente, no município de Juína, até a sua foz no Rio Madeira. A Sub-bacia Aripuanã ocupa uma área de 146.257 km² nos territórios dos estados do Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. Nessa região, predominam a densa vegetação característica da Floresta Amazônica e o clima equatorial.

O trecho da bacia do Rio Aripuanã foi estudado, para inventário hidrelétrico, em 2001 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em convênio com a Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC). Esse trabalho contemplou um trecho de cerca de 140 km do Rio Aripuanã, a partir da foz do Rio Branco, até a foz do córrego


Trata-se de um projeto de engenharia que procurou unir o equilíbrio entre a necessidade de obtenção de energia e a importância de uma fonte limpa e ambientalmente correta.

A obra pertencente à Energética Águas da Pedra S/A, Sociedade de Propósito Específico (SPE), constituída pelas empresas Neoenergia, Centrais Elétricas do Norte do Brasil - Eletronorte e Companhia Hidroelétrica do São Francisco - Chesf. Para sua construção, foi contratado o Consórcio Construtor Dardanelos em regime Engineering, Procurement and Construction (EPC), formado pela Odebrecht, IMPSA e PCE.  Eles são responsáveis por executar o projeto e as obras civis, fornecer e montar os equipamentos eletromecânicos do empreendimento.

Um dos enfoques do empreendimento foi caracterizar-se como uma fonte de geração de energia limpa e sustentável, caracterizado pela menor área de alagamento possível a bacia de acumulação tem apenas 0,24 km², apresentando impacto muito pequeno para o meio ambiente. O projeto inclui ainda a implantação de projetos ambientais que buscam a preservação da fauna, flora, água e solo local, para amenizar as modificações que ocorrerão em seu meio. Além disso, serão desenvolvidos também Projetos Socioeconômicos, Programas de Saúde Pública e Apoio às Atividades de Lazer e Turismo.

O empreendimento situa-se à margem esquerda do Rio Aripuanã (coordenadas LONG 59°27’51” W e LAT 10º09’48” S), junto à cidade homônima, na região norte do estado do Mato Grosso. Seu acesso se dá a partir dessa cidade situada a 950 km, por via terrestre, da capital Cuiabá. O Rio Aripuanã pertence à Bacia Amazônica e possui uma extensão de 1.110 km, desde a sua nascente, no município de Juína, até a sua foz no Rio Madeira. A Sub-bacia Aripuanã ocupa uma área de 146.257 km² nos territórios dos estados do Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. Nessa região, predominam a densa vegetação característica da Floresta Amazônica e o clima equatorial.

O trecho da bacia do Rio Aripuanã foi estudado, para inventário hidrelétrico, em 2001 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em convênio com a Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC). Esse trabalho contemplou um trecho de cerca de 140 km do Rio Aripuanã, a partir da foz do Rio Branco, até a foz do córrego Lontra.

Os estudos, desenvolvidos conforme as exigências legais pela Eletronorte e pela Odebrecht, permitiram concluir que este aproveitamento hidrelétrico seria técnica e economicamente viável.

Visando a integração da UHE Dardanelos com outros três aproveitamentos existentes dentro do mesmo sítio, MCH Aripuanã, PCH Faxinal I e PCH Faxinal II, foi desenvolvida uma revisão dos estudos de viabilidade em agosto de 2005. Essa integração conduziu a um aproveitamento caracterizado como “ótimo”. Quanto à integração da UHE Dardanelos ao sistema regional de transmissão, foi mantida, nesta última revisão, a interligação à Subestação de Juína.

Arranjo

O Dique está na Margem Direita onde se inicia, através da margem do Rio Aripuanã, a UHE Dardanelos. O posicionamento estratégico do Dique da Margem Direita buscou evitar interferência com áreas já urbanizadas da cidade.  A Soleira Vertente inclui dispositivo pelo qual a cota de coroamento e comprimento da crista foram calculados de forma a manter as condições hidráulicas, mais próximas possível das naturais, no leito do rio.  Os dispositivos que equipam essa estrutura garantirão a continuidade, no trecho dos saltos e corredeiras, das condições sedimentológicas e hidrológicas necessárias à manutenção do regime do rio e, simultaneamente, a preservação dos aspectos ecológicos, cênico, paisagístico, e turístico desse recurso natural.

Conceito

A UHE Dardanelos consiste na instalação da central geradora de energia elétrica bem como as instalações de transmissão para a utilização do potencial hidráulico do rio Aripuanã. O local de implantação apresenta diversas características e condicionantes que influenciaram diretamente para a definição do arranjo geral do empreendimento, desde a fase inicial com os estudos de viabilidade.

Dentre essas condicionantes, pode-se destacar o forte desnível topográfico da calha do rio Aripuanã, de cerca de 100 m, predominantemente caracterizado pelos Saltos Dardanelos e Andorinhas e a intensa ocupação antrópica na margem direita do rio, caracterizada pela área urbana da cidade de Aripuanã.

Às margens, nas ilhas e nos lajões de arenito  constituintes das corredeiras e quedas d’água encontram-se as principais áreas de lazer dos moradores da cidade, tanto a montante quanto a jusante dos Saltos, incluindo-se dois balneários dotados de infraestrutura. Fortes componentes paisagístico, ecológico, cênico e turístico, de rara beleza, caracterizados pelas quedas d’água, corredeiras, ilhas vegetadas, contornos escarpados.

A margem esquerda em grande parte coberta por densa vegetação, característica da floresta amazônica. Três pequenas centrais hidrelétricas em operação completam o quadro de características e condicionantes principais que foram levados em consideração na definição do arranjo geral do empreendimento, o qual, por todos os motivos buscou minimizar os possíveis impactos negativos e maximizar os positivos.

O trabalho de desenvolvimento de arranjo geral, nas fases iniciais do projeto foi norteado por essas características e condicionantes, mantendo-se desta forma os critérios que orientaram os estudos de viabilidade. A concentração de desnível no trecho e a conformação topográfica da parte superior das corredeiras conduziram à implantação de um aproveitamento em derivação, proporcionado por um barramento de pequena altura, necessário basicamente à alimentação do canal de aproximação e, consequentemente, do circuito de geração.

Essa característica, aliada à concepção da Soleira Vertente, permitiu manter praticamente inalterada a condição de escoamento na calha do rio à montante, ou seja, após a implantação da UHE Dardanelos, as vazões x níveis d’água a montante do barramento, permanecerão idênticas às naturais, o que significa que não há reservatório.

Estrutura

O Canal de Aproximação está Integrado com parte da estrutura da Soleira Vertente, em uma região de transição entre a margem esquerda do rio e a zona de intensa vegetação. O Canal de Aproximação atende às vazões a serem turbinadas e a parte das vazões a serem vertidas. O projeto visa minimizar o impacto na região, reduzindo-se ao máximo a seção de escoamento no canal.

O Canal de Adução conduz as águas a serem turbinadas até a Câmara de Carga. Essa estrutura tem a sua margem esquerda escavada diretamente na ombreira e sua margem direita configurada através da implantação do Dique Lateral.

A Câmara de Carga tem a finalidade principal de atender a demanda normal de operação além de absorver os transientes hidráulicos devidos à rejeição total ou parcial de carga e a retomada de carga, garantindo submergência prevista para a Tomada d´Água. São cinco Condutos Forçados, sendo quatro com diâmetro de 4,20 m e um com diâmetro de 3, 20 m, os quais são assentes em blocos de apoio e estabilizados através de cinco blocos de ancoragem.

A Casa de Força está estrategicamente localizada para permitir que o encurtamento dos Condutos Forçados, com o dimensionamento da Câmara de Carga, evitasse a necessidade de implantação de uma Chaminé de Equilíbrio. A Casa de Força é motorizada com cinco turbinas do tipo Francis de eixo vertical e geradores, sendo quatro de potência nominal de 58,0 MW e uma unidade de 29,0 MW. Localizada lateralmente à Casa de Força encontra-se a Área de Montagem e de Descarga, que são ligadas ao sistema viário de acesso definitivo ao empreendimento. Na parede jusante da Casa de Força será implantada a partida das linhas de interligação com a Subestação Seccionadora, que está localizada na margem esquerda do Canal de Fuga. Já o Canal de Fuga que está implantado na jusante da Casa de Força, reconduz as águas turbinadas ao leio do Rio Aripuanã.

 

 

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