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Revista GC - Ed.12 - Jan/Fev 2011
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Metrô RJ

Viver na Barra, entre o céu e o inferno

O que têm em comum um morador da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, e um paulistano de Guaianazes, extremo Leste da capital paulista? Acertou quem respondeu que ambos enfrentam, diariamente, cerca de duas horas de engarrafamentos, nos seus deslocamentos entre casa e trabalho e vice-versa. A grande diferença é que, enquanto Guaianazes é reconhecido como um dos bairros mais carentes de São Paulo, onde 15% dos 400 mil moradores viviam em favelas e áreas invadidas, a Barra da Tijuca, com suas praias exuberantes, lagoas e rios que contornam os maciços das pedras Branca e da Tijuca, é o maior polo de desenvolvimento urbano do Rio de Janeiro, com um dos metros quadrados mais caros da cidade, condomínios de luxo e uma população de aproximadamente 220 mil pessoas, e uma das maiores rendas per capita mensais da cidade - R$ 2.488,00, contra R$ 2.465,00 de Ipanema e R$ 1.623 de Copacabana.

Ao nivelar (por baixo) as duas realidades percebe-se um problema que vem assumindo contornos dramáticos: a falta de transporte público de qualidade e os engarrafamentos quilométricos, que restringem o direito de ir e vir, causam estresse, perda de tempo, dinheiro e de qualidade de vida. No caso específico da Barra da Tijuca, o problema gerou um efeito colateral preocupante: enquanto no resto da cidade a média de veículos particulares é de 3 para cada grupo de 10 habitantes, na Barra, o que se vê é uma média de 8 carros particulares para cada 10 habitantes. Os números foram levantados por uma pesquisa realizada pelo Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ e revelam um círculo vicioso: quanto maior a frota circulante no saturado sistema viário existente, maiores os congestionamentos, mais grave a poluição do ar e mais acelerado o processo de degradação do espaço urbano.

Nos últimos anos, o problema vem se agravando em um ritmo acelerado, proporcional ao crescimento da região. Em média, nos últimos quatro anos, foram construídas, na Barra da Tijuca, cerca de 3 mil novas unidades habitacionais por ano, o que corresponde a um quarto de todos os lançamentos imobiliários do mercado carioca. O sistema viário, no entanto, não foi ampliado na mesma proporção. A a


O que têm em comum um morador da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, e um paulistano de Guaianazes, extremo Leste da capital paulista? Acertou quem respondeu que ambos enfrentam, diariamente, cerca de duas horas de engarrafamentos, nos seus deslocamentos entre casa e trabalho e vice-versa. A grande diferença é que, enquanto Guaianazes é reconhecido como um dos bairros mais carentes de São Paulo, onde 15% dos 400 mil moradores viviam em favelas e áreas invadidas, a Barra da Tijuca, com suas praias exuberantes, lagoas e rios que contornam os maciços das pedras Branca e da Tijuca, é o maior polo de desenvolvimento urbano do Rio de Janeiro, com um dos metros quadrados mais caros da cidade, condomínios de luxo e uma população de aproximadamente 220 mil pessoas, e uma das maiores rendas per capita mensais da cidade - R$ 2.488,00, contra R$ 2.465,00 de Ipanema e R$ 1.623 de Copacabana.

Ao nivelar (por baixo) as duas realidades percebe-se um problema que vem assumindo contornos dramáticos: a falta de transporte público de qualidade e os engarrafamentos quilométricos, que restringem o direito de ir e vir, causam estresse, perda de tempo, dinheiro e de qualidade de vida. No caso específico da Barra da Tijuca, o problema gerou um efeito colateral preocupante: enquanto no resto da cidade a média de veículos particulares é de 3 para cada grupo de 10 habitantes, na Barra, o que se vê é uma média de 8 carros particulares para cada 10 habitantes. Os números foram levantados por uma pesquisa realizada pelo Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ e revelam um círculo vicioso: quanto maior a frota circulante no saturado sistema viário existente, maiores os congestionamentos, mais grave a poluição do ar e mais acelerado o processo de degradação do espaço urbano.

Nos últimos anos, o problema vem se agravando em um ritmo acelerado, proporcional ao crescimento da região. Em média, nos últimos quatro anos, foram construídas, na Barra da Tijuca, cerca de 3 mil novas unidades habitacionais por ano, o que corresponde a um quarto de todos os lançamentos imobiliários do mercado carioca. O sistema viário, no entanto, não foi ampliado na mesma proporção. A autoestrada Lagoa-Barra e a Avenida Niemeyer, dois dos principais corredores de entrada e saída do bairro, encontram-se no limite de suas capacidades. Na hora do rush, o engarrafamento transforma o trajeto de 10 quilômetros em um teste de resistência que pode durar até duas horas. Outra alternativa viária é a Linha Amarela, via expressa que liga a Barra da Tijuca à ilha do Fundão, na Zona Norte, que não é a melhor escolha para quem se dirige à Zona Sul e ao centro.

É nesse contexto que o metrô desponta como opção de transporte rápido, confiável, confortável, barato e limpo, do ponto de vista ambiental. De acordo com o especialista Marcus Quintella, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e diretor técnico da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), uma composição típica de metrô comporta 1.200 passageiros, número correspondente ao de uma fila de 25 ônibus ou 830 automóveis.

Não é à toa que o Secretário de Transportes do Rio de Janeiro, Julio Lopes, acredita que a Linha 4 será capaz de reestruturar o sistema de transporte da região, transformando os paradigmas de deslocamentos da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

 

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