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Brasil precisa investir 4,7% do PIB em infraestrutura para atingir média global

Segundo estudo, país precisaria mais do que dobrar o nível de investimento na área para se igualar à média global; potencial de crescimento é alento, já que um aumento de 1% levaria a avanço de 2,1% do PIB brasileiro

Brasil Econômico/ da Agência O Globo

30/04/2019 14h45 | Atualizada em 30/04/2019 18h57


O Brasil precisaria mais do que dobrar seu nível de investimento em infraestrutura nas próximas duas décadas, atingindo 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB), para se igualar à média global, concluiu um estudo da consultoria McKinsey, elaborado a pedido do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês), do Banco Mundial.

De acordo com o levantamento, o país deveria elevar a 4,7% do PIB seu investimento no setor pelos próximos 20 anos para acumular um estoque de infraestrutura equivalente a 70% da economia brasileira, percentual que é a média global do segmento.

Entre 2000 e 2016, porém, o Brasil aplicou em média apenas 2,1% do PIB em infraestrutura.

Com a crise, o investimento diminuiu ainda mais: no ano passado, o aporte foi de 1,69% do PIB, segundo estimativa da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib).

Carlos Eduardo Gondim, sócio da McKinsey, acredita que a defasagem brasileira é uma oportunidade de crescimento, uma vez que o impacto positivo do investimento em infraestrutura na economia é maior aqui do que em o

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O Brasil precisaria mais do que dobrar seu nível de investimento em infraestrutura nas próximas duas décadas, atingindo 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB), para se igualar à média global, concluiu um estudo da consultoria McKinsey, elaborado a pedido do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês), do Banco Mundial.

De acordo com o levantamento, o país deveria elevar a 4,7% do PIB seu investimento no setor pelos próximos 20 anos para acumular um estoque de infraestrutura equivalente a 70% da economia brasileira, percentual que é a média global do segmento.

Entre 2000 e 2016, porém, o Brasil aplicou em média apenas 2,1% do PIB em infraestrutura.

Com a crise, o investimento diminuiu ainda mais: no ano passado, o aporte foi de 1,69% do PIB, segundo estimativa da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib).

Carlos Eduardo Gondim, sócio da McKinsey, acredita que a defasagem brasileira é uma oportunidade de crescimento, uma vez que o impacto positivo do investimento em infraestrutura na economia é maior aqui do que em outros países.

No Brasil, um aumento de 1% no investimento em infraestrutura levaria a avanço de 2,1% do PIB ao longo de uma década, revelou o estudo.

A média global é de 1,6% nesse tipo de comparação, variando entre 1,8% nos EUA e 0,6% no Japão, por exemplo. "Aqui, o efeito multiplicador no PIB é ainda maior", ressaltou Gondim.

O avanço do investimento esbarra na crise do setor de construção civil no Brasil com a recessão e as repercussões da Lava Jato sobre as empresas do segmento. De acordo com o levantamento, a receita líquida das 50 maiores construtoras despencou de R$ 69 bilhões, em 2013, para R$ 27 bilhões em 2017.

"A infraestrutura é um dos elementos mais fundamentais para a retomada. Felizmente temos um mecanismo que permite a construção voltar. O PPI (Programa de Parcerias de Investimentos, de concessão) foi montado para criar um fluxo de projetos", defende o presidente do BNDES, Joaquim Levy, que complementou ainda que "O BNDES participa com a estruturação e o financiamento. Talvez, agora, com um financiamento diferente, com investidor privado mais integrado. E há demanda para investimento de longo prazo, com renda estável por muitos anos", diz.

Segundo Venilton Tadini, presidente-executivo da Abdib, a expectativa é que o PPI, com os projetos já aprovados e os novos que serão incluídos no programa de  infraestrutura, representará R$ 70 bilhões anuais pelos próximos 5 anos.

"Nossa necessidade é de R$ 300 bilhões por ano. Isso (R$ 70 bilhões) não é nada, é uma gota no oceano", critica.

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