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Enel investirá US$ 900 milhões entre 2019 e 2021 para melhorar serviço da Eletropaulo

Eletropaulo foi comprada em leilão por R$ 5,5 bilhões pela empresa italiana

Globo

07/06/2018 09h35 | Atualizada em 07/06/2018 13h24


O diretor-geral da Enel no Brasil, Carlo Zorzoli, disse que a empresa Italiana vai investir US$ 900 milhões entre 2019 e 2021 para melhorar a qualidade do serviço e digitalizar sistemas da Eletropaulo, comprada em leilão na véspera por R$ 5,5 bilhões.

"Achamos que a Eletropaulo nos últimos anos não realizou todos os investimentos que precisava para manter a qualidade de serviço", disse em coletiva com jornalistas.

Na média, significa que o investimento será de US$ 300 milhões por ano. Entre 2015 e 2017, a média aportada pela Eletropaulo foi de US$ 224 milhões, segundo a Enel.

Zorzoli disse que, por enquanto, não está nos planos mudar o nome da Eletropaulo, o foco está na integração entre as companhias. Mas disse que há uma possibilidade de que ela passe a se chamar Enel, assim como todas as outras concessões da empresa.

Questionado sobre se pretende fechar o capital da distribuidora na bolsa de valores, ele deu a mesma resposta.

"Sobre fechamento de capital também é cedo para dar essa resposta. Não temos nenhum plano hoje, veremos onde chegamos em 4 de julho". A data é o limite para que os investidores da Eletropaulo que mantiver

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O diretor-geral da Enel no Brasil, Carlo Zorzoli, disse que a empresa Italiana vai investir US$ 900 milhões entre 2019 e 2021 para melhorar a qualidade do serviço e digitalizar sistemas da Eletropaulo, comprada em leilão na véspera por R$ 5,5 bilhões.

"Achamos que a Eletropaulo nos últimos anos não realizou todos os investimentos que precisava para manter a qualidade de serviço", disse em coletiva com jornalistas.

Na média, significa que o investimento será de US$ 300 milhões por ano. Entre 2015 e 2017, a média aportada pela Eletropaulo foi de US$ 224 milhões, segundo a Enel.

Zorzoli disse que, por enquanto, não está nos planos mudar o nome da Eletropaulo, o foco está na integração entre as companhias. Mas disse que há uma possibilidade de que ela passe a se chamar Enel, assim como todas as outras concessões da empresa.

Questionado sobre se pretende fechar o capital da distribuidora na bolsa de valores, ele deu a mesma resposta.

"Sobre fechamento de capital também é cedo para dar essa resposta. Não temos nenhum plano hoje, veremos onde chegamos em 4 de julho". A data é o limite para que os investidores da Eletropaulo que mantiveram suas ações na companhia possam vendê-las à Enel pelo preço de R$ 45,22, fixado no leilão ocorrido na véspera.

"Estamos confortáveis de que ofertamos o preço justo", emendou o executivo.

'Sem dinheiro não se faz serviço'

Perguntado se os investimentos anunciados vão implicar em aumento de tarifa para os consumidores, Zorzoli destacou que apenas 20% do que os consumidores pagam na conta de luz vai para distribuição e que os eventos climáticos, por exemplo, impactam mais a tarifa (pela necessidade de ligar as termelétricas, que produzem energia mais cara, durante os períodos de estiagem).

Especificamente sobre os 20% que cabem à atividade, ele afirmou: “Bom, sem dinheiro não se pode fazer o serviço”.

Ele destacou, porém, que para que os investimentos afetem a tarifa, antes eles precisam ser reconhecidos pela Aneel e que a revisão tarifária é feita a cada quatro ou cinco anos. "A próxima revisão [para a Eletropaulo] está prevista para julho, então, a maioria dos investimentos que afetariam a tarifa [nessa revisão] já foram feitos", disse.

A tarifa da Eletropaulo é uma das mais baixas do país. Os investimentos em ativos usados para distribuir energia (subestações, cabos e postes) e o número de consumidores atendidos são critérios levados em conta pela Aneel para definir a remuneração das distribuidoras.

E a companhia abastece São Paulo, a cidade mais populosa do país, e a região metropolitana, lugares onde a densidade demográfica é alta, ou seja, há muitos consumidores concentrados em um espaço "pequeno". Isso significa que a necessidade de investimentos da distribuidora é menor do que de outras que precisam levar energia a regiões pouco habitadas e de grande extensão territorial, como Mato Grosso ou Amazonas.

Financiamento da compra

Até agora, a Enel comprou 73% das ações da Eletropaulo, mas está preparada financeiramente para adquirir a companhia por completo, garantiu Zarzoli.

De acordo com ele, a transação será financiada via empréstimo-ponte (de curto prazo), com duração de nove a 18 meses, em reais, para evitar risco cambial.

Participação do BNDES e compra da Eletrobras

A Enel não divulgou a nova composição acionária da Eletropaulo. Mas, segundo Zorzoli, o BNDES "seguramente" ao menos reduziu sua participação na empresa ao vender ações no leilão. Ele não disse quantos papéis foram vendidas e não soube responder quanto à fatia da União no negócio.

Perguntado se com a compra da Eletropaulo a Enel irá desistir de avaliar ativos da Eletrobras, Zorzolli disse que não comentaria.

“Não é que a história da Enel acabe com a Eletropaulo, seguimos olhando oportunidades no Brasil, mas não vou fazer comentários específicos”.

O executivo disse ainda que a empresa aposta no crescimento do mercado livre de energia, no qual empresas compram eletricidade diretamente dos fornecedores, e está a atenta a outros negócios como as tecnologias para carros elétricos.

Líder na distribuição

A italiana Enel se tornou líder em distribuição de energia no Brasil ao fechar a compra de 73% da Eletropaulo por R$ 5,552 bilhões. Ao todo, foram negociados 122,7 milhões de ações em oferta pública em leilão realizado na segunda-feira (4) na Bolsa de Valores (B3). O preço por ação, de R$ 45,22, foi definido no dia 30 de maio.

A Eletropaulo tem 167,3 milhões de ações em circulação. Se todos os acionistas tivessem optado por vender seus papéis à companhia italiana, o custo da operação seria de R$ 7,56 bilhões.

Com a transação, a Enel ainda se comprometeu a fazer um aumento de capital na distribuidora paulista de pelo menos R$ 1,5 bilhão.

Para assumir o controle da Eletropaulo, a companhia italiana ofereceu um valor por ação maior do que o proposto pela Neoenergia (R$ 39,53).

Com a compra do controle da Eletropaulo, a Enel adiciona 7 milhões de consumidores à base de clientes no Brasil, que alcança 17 milhões, "acelerando sua trajetória de crescimento nas maiores áreas metropolitanas do mundo", conforme disse a companhia em nota.

Antes da negociação, a liderança em distribuição de Energia era ocupada pela CPFL Energia, da chinesa State Grid.

A briga pela distribuidora, responsável por levar energia a São Paulo e outras 23 cidades da região metropolitana, foi acirrada, com direito a interferência de autoridades na negociação e críticas públicas entre as possíveis compradoras.

O grande interesse na transação se deveu à possibilidade de controlar a companhia, até então de capital pulverizado, e a vantagens operacionais por conta do tamanho, da região abastecida e do perfil do consumidor atendido por ela, segundo especialistas ouvidos pelo G1.

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