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Governo quer concessões de ferrovias para ampliar transporte de passageiros

A ideia é conectar cidades polo que contam com ligações deficientes ou até mesmo sobrecarregadas

O São Gonçalo/Poder 360

17/01/2024 11h33 | Atualizada em 17/01/2024 11h33


O atual governo está elaborando um pacote de regras para "ressuscitar" o transporte de passageiros por trilhos. Uma das principais alternativas em estudo é realizar concessões para construção e operação de ferrovias exclusivas para locomoção humana. A regulamentação funcionará como complemento do Marco das Ferrovias.

A Política do Transporte Ferroviário de Passageiros foi colocada em consulta pública pelo Ministério dos Transportes, que recebeu contribuições até o dia 9 de janeiro.

Mais de 200 sugestões já foram enviadas. A ideia é que o texto final seja publicado via decreto presidencial nos próximos meses.

Além das concessões, o governo pretende usar investimentos dos contratos existentes de ferrovias de carga na forma de contrapartida. Para isso, pode repactuar concessões vigentes para incluir projetos de trens de passageiros como obrigações. Aportes públicos também devem ser feitos para viabilizar trechos menos atrativos economicamente.

O principal desafio é fazer com que os projetos sejam atrativos aos investi

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O atual governo está elaborando um pacote de regras para "ressuscitar" o transporte de passageiros por trilhos. Uma das principais alternativas em estudo é realizar concessões para construção e operação de ferrovias exclusivas para locomoção humana. A regulamentação funcionará como complemento do Marco das Ferrovias.

A Política do Transporte Ferroviário de Passageiros foi colocada em consulta pública pelo Ministério dos Transportes, que recebeu contribuições até o dia 9 de janeiro.

Mais de 200 sugestões já foram enviadas. A ideia é que o texto final seja publicado via decreto presidencial nos próximos meses.

Além das concessões, o governo pretende usar investimentos dos contratos existentes de ferrovias de carga na forma de contrapartida. Para isso, pode repactuar concessões vigentes para incluir projetos de trens de passageiros como obrigações. Aportes públicos também devem ser feitos para viabilizar trechos menos atrativos economicamente.

O principal desafio é fazer com que os projetos sejam atrativos aos investidores. Para isso, o modelo de concessão proposto inclui a possibilidade de as operadoras explorarem comercialmente espaços nas estações e imóveis nos seus entornos e na faixa de domínio da linha férrea. Há também a opção de venda de naming rights (direitos de nome) dos trechos e estações.

Há ainda a receita com tarifas, que será regulada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O valor dos bilhetes para os passageiros será fixado e reajustado observando o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos e a modicidade tarifária.

Além do modelo de concessão, a proposta do governo inclui a possibilidade de um regime de autorização a operadores privados. Ou seja, se uma empresa quiser construir e operar determinada rota não prevista pelo governo, poderá ter autorização para isso. Esse formato não teria leilões nem fixação de tarifas pela ANTT, mas exigiria regras mínimas de prestação de serviço.

A política elaborada pelo governo não traz distinções de trens de média ou alta velocidade, decisão que deve ficar a cargo do investidor.

Trechos em estudo – Diversos projetos de trens de passageiros estão em fase de estudo de viabilidade pelo governo. De acordo com informações do Poder360, 7 deles estão mais avançados. São trechos de, em média, 100 km de extensão ligando grandes municípios e regiões metropolitanas. Ainda não estão definidos quais são os modelos e quais demandarão recursos públicos.

A ideia é ligar cidades polo que contam com ligações deficientes ou até mesmo sobrecarregadas. A maior ferrovia seria para ligar Sobral a Fortaleza, no Ceará, com mais de 200 km de extensão. As demais seriam no Maranhão, Bahia, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul:

O modelo de ferrovias do Brasi foi sendo abandonado no final do último século, principalmente pela falta de demanda de lucratividade. Isso levou à escassez de investimentos em melhorias na malha e nas locomotivas, que foram ficando defasadas. Restaram somente as rotas em que empresas viram oportunidade de exploração turística, como na Serra Gaúcha e em cidades históricas mineiras.

Atualmente, apenas duas ferrovias fazem transporte regular de passageiros no Brasil: as estradas de ferro EFVM (Vitória a Minas) e EFC (Carajás).

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