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Grupos hoteleiros buscam prédios históricos para retrofit

No Brasil, burocracia ainda trava esse tipo de investimento imobiliário, que é comum em países como Portugal, Espanha e Estados Unidos.

Altair Santos /Jornal Massa Cinzenta

27/07/2017 08h19 | Atualizada em 27/07/2017 12h02


Grandes grupos hoteleiros buscam prédios que são patrimônios históricos para transformá-los em novas unidades de suas redes. A tendência é mundial, sem excluir o Brasil. Em São Paulo, o edifício que já abrigou o hospital Matarazzo vai virar um hotel seis estrelas, agregando centro cultural, cinemas, teatro e restaurantes. O projeto, chamado de Cidade Matarazzo, pretende criar o complexo hoteleiro mais luxuoso do país.

Allard, que em 2011 adquiriu o prédio de 27 mil m2 – construído em 1904 -, para aplicar seu know-how em retrofit. É o primeiro investimento no Brasil e a ideia é aplicar nas edificações do hospital Matarazzo uma reforma semelhante à que ocorreu no Royal Monceau, em Paris. O prédio, inaugurado em 1928, para ser o hotel das celebridades, foi comprado pelo grupo Allard e transformado no mais luxuoso complexo hoteleiro da capital francesa.

No Brasil, o principal empecilho para o retrofit de prédios históricos está na burocracia. A maioria é tombada pelo patrimônio histórico e qualquer intervenção arquitetônica exige que se passe por um longo processo de autorização. No caso do hospital Matarazzo, a demora para que as obras começassem levou cinco anos. As intervenções

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Grandes grupos hoteleiros buscam prédios que são patrimônios históricos para transformá-los em novas unidades de suas redes. A tendência é mundial, sem excluir o Brasil. Em São Paulo, o edifício que já abrigou o hospital Matarazzo vai virar um hotel seis estrelas, agregando centro cultural, cinemas, teatro e restaurantes. O projeto, chamado de Cidade Matarazzo, pretende criar o complexo hoteleiro mais luxuoso do país.

Allard, que em 2011 adquiriu o prédio de 27 mil m2 – construído em 1904 -, para aplicar seu know-how em retrofit. É o primeiro investimento no Brasil e a ideia é aplicar nas edificações do hospital Matarazzo uma reforma semelhante à que ocorreu no Royal Monceau, em Paris. O prédio, inaugurado em 1928, para ser o hotel das celebridades, foi comprado pelo grupo Allard e transformado no mais luxuoso complexo hoteleiro da capital francesa.

No Brasil, o principal empecilho para o retrofit de prédios históricos está na burocracia. A maioria é tombada pelo patrimônio histórico e qualquer intervenção arquitetônica exige que se passe por um longo processo de autorização. No caso do hospital Matarazzo, a demora para que as obras começassem levou cinco anos. As intervenções de retrofit no prédio iniciaram em abril de 2016 e devem ser concluídas no final de 2018.

Outro exemplo de patrimônio histórico transformado em hotel de luxo está na Bahia. Em Salvador, o Convento do Carmo foi adquirido pelo grupo Pestana e transformado no mais requintado complexo hoteleiro da capital baiana. No coração do Pelourinho – centro histórico de Salvador -, o Pestana Convento do Carmo tem 79 leitos e a preocupação do retrofit foi preservar integralmente a arquitetura do prédio, construído no século 16.

Fora do Brasil

Em Portugal, a degradação de 30 mosteiros declarados patrimônios históricos no país levou o governo a lançar um programa de concessões para que a iniciativa privada adquirisse os prédios e pudesse preservar a arquitetura, transformando-os em pousadas e hotéis. A iniciativa rendeu 150 milhões de euros aos cofres públicos e garantiu a manutenção de estruturas que o governo não tinha mais condições de sustentá-las.

É comum na Europa, e também nos Estados Unidos, programas que incentivam a iniciativa privada a adquirir prédios para preservá-los. O governo norte-americano, através do Advisory Council on Historic Preservation, concede até 20% de créditos fiscais para quem investir na reforma de edificações históricas.

Os dados mais recentes revelam que, anualmente, as obras de retrofit movimentam quase US$ 7 bilhões nos Estados Unidos. Boa parte dos investidores em retrofit de prédios históricos pertence ao setor hoteleiro. Hoje, o país que mais dá incentivos para que esse tipo de edificação seja adquirido pela iniciativa privada é a Espanha.

Um programa destinado para esse fim já conseguiu salvar 40 construções dos séculos 15, 16 e 17. Em média, este modelo de negociação imobiliária não sai por menos de 10 milhões de euros, mesmo com os incentivos fiscais ofertados pelo governo espanhol.

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