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Indústria - mulheres somam 2,5 milhões de trabalhadoras, afirma Abdi

Levantamento revela aumento na proporção feminina de 24,8% para 26,63%.

07/03/2018 23h33 | Atualizada em 08/03/2018 13h00


Um levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) revela que de cada quatro pessoas empregadas da indústria, uma é do sexo feminino. São 2,5 milhões de mulheres nos diferentes ramos da indústria e da construção civil. Em relação às 20 milhões de trabalhadoras no mercado, 12,29% estão nas fábricas. A proporção delas em relação aos homens vem aumentando. Em 2010, o índice de trabalhadoras era de 24,8%. Na última Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, com dados de 2016, o número subiu para 26,63%, segundo avaliação da ABDI.

“As mulheres ocupam cada vez mais postos de liderança e são determinantes para o desenvolvimento da indústria, por serem extremamente qualificadas e dedicadas. Um dos dados que chama a atenção é o avanço delas em setores historicamente dominados por homens, como na indústria extrativa mineral e na construção civil”, defende o presidente da ABDI, Guto Ferreira. Na construção, elas eram 189 mil em 2010 e passaram para 196 mil, seis anos depois. Um aumento de 3%. Na extrativa mineral, o incremento da participação feminina foi ainda maior. Eram 21 mil trabalha

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Um levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) revela que de cada quatro pessoas empregadas da indústria, uma é do sexo feminino. São 2,5 milhões de mulheres nos diferentes ramos da indústria e da construção civil. Em relação às 20 milhões de trabalhadoras no mercado, 12,29% estão nas fábricas. A proporção delas em relação aos homens vem aumentando. Em 2010, o índice de trabalhadoras era de 24,8%. Na última Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, com dados de 2016, o número subiu para 26,63%, segundo avaliação da ABDI.

“As mulheres ocupam cada vez mais postos de liderança e são determinantes para o desenvolvimento da indústria, por serem extremamente qualificadas e dedicadas. Um dos dados que chama a atenção é o avanço delas em setores historicamente dominados por homens, como na indústria extrativa mineral e na construção civil”, defende o presidente da ABDI, Guto Ferreira. Na construção, elas eram 189 mil em 2010 e passaram para 196 mil, seis anos depois. Um aumento de 3%. Na extrativa mineral, o incremento da participação feminina foi ainda maior. Eram 21 mil trabalhadoras, em 2010. Em 2016, 26 mil mulheres atuavam no setor. Um avanço de 23%, segundo o levantamento da ABDI.Uma das fábricas que explicita a importância da mulher na indústria é a Matersol Modas, de Natal, no Rio Grande do Norte. A confecção começou em 1987, quando Maria de Fátima Santos saiu da empresa onde trabalhava para se aventurar como empreendedora. “Com o dinheiro da rescisão, minha mãe comprou três máquinas de costura e material para fazer as primeiras roupas”, relata a filha de Maria e atualmente diretora executiva da Matersol, Déborah Sayonara.

Uma das fábricas que explicita a importância da mulher na indústria é a Matersol Modas, de Natal, no Rio Grande do Norte. A confecção começou em 1987, quando Maria de Fátima Santos saiu da empresa onde trabalhava para se aventurar como empreendedora. “Com o dinheiro da rescisão, minha mãe comprou três máquinas de costura e material para fazer as primeiras roupas”, relata a filha de Maria e atualmente diretora executiva da Matersol, Déborah Sayonara.

Nos primeiros anos, quem ajudava a vender as roupas era Déborah. Ela levava a produção de peças íntimas para a escola. “Nós vivíamos dos rendimentos da minha mãe. Depois de alguns anos buscamos financiamento, tanto para manter como para expandir o negócio”, relata. O sucesso da marca veio aos poucos, a troca do foco inicial de roupas íntimas para moda praia abriu um novo mercado. Atualmente, a Matersol conta com três lojas em Natal, uma em Recife (PE) e outra em Fernando de Noronha (PE). “Já temos um projeto de aumento de produção com a instalação de uma fábrica na cidade vizinha, Monte Alegre (RN),  e a abertura de uma loja em Miami nos Estados Unidos. “Atualmente, temos 75 mulheres trabalhando na fábrica, e esse número deve crescer com a abertura da nova unidade de produção”. Em 30 anos de funcionamento, a pequena confecção, que começou na garagem de casa, se transformou em grande fábrica. São produzidas mil peças por dia em um espaço de 2.000 m².

No ano passado, a Matersol participou do programa Brasil Mais Produtivo (P+B) – parceria do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), ABDI, Senai e Apex – que visa o aumento de produtividade de indústrias do país. O resultado foi o fim do retrabalho e o aumento de eficiência. “De cada dez peças, seis tinham que retornar para ajustes. Agora, com o acompanhamento em cada máquina, o retrabalho não existe mais”, explica Deborah. O B+P fez um trabalho específico na linha de maiôs, mas com o bom resultado a metodologia foi expandida para toda a fábrica. A produção aumentou em 92% na Matersol.

A fábrica é gerenciada exclusivamente por mulheres. Déborah é a diretora executiva, Maria de Fátima Santos, que começou a confecção, é a diretora de produção e a filha de Déborah, Gabriela Beatriz, é a gerente de marketing. O exemplo da Matersol é singular, porque o Nordeste e o Norte são as regiões do Brasil onde ainda existem menos oportunidades de emprego para mulheres na indústria. No Nordeste, de todas as mulheres empregadas, apenas 8,43% trabalham na indústria, e no Norte o índice é menor ainda, 7,41%. Do outro lado da tabela está a região Sul. Nos três estados – Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina – 19% das trabalhadoras estão nas fábricas, conforme a ABDI. No Sudeste são 12% e no Centro-Oeste são 9%.

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