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Instituições multilaterais ampliam sua atuação em infraestrutura

A atuação vai da oferta de crédito à participação em emissões de dívida no mercado

Valor Econômico

16/08/2018 09h14 | Atualizada em 16/08/2018 13h24


Enquanto o BNDES reduziu os desembolsos para o financiamento de projetos de infraestrutura, os organismos multilaterais têm ampliado a presença no segmento no Brasil.

O Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar, que tem como acionista a Atlantic Energias Renováveis, fez no fim de julho a primeira emissão de debêntures que contou com a garantia do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor de R$ 105 milhões.

Os papéis vão pagar IPCA mais 5,9548%, com vencimento em 2031. “Essa estrutura teve um efeito bastante positivo para o custo da operação e para a demanda do papel”, diz Marcelo Girão, chefe de project finance do Itaú BBA, que foi o assessor financeiro desse projeto. O Itaú trabalha em mais uma operação para um projeto de energia solar, com a garantia do BID.

O BID ainda poderá participar da emissão de debêntures de infraestrutura da Ecorodovias para financiar o leilão de concessão do trecho Norte do Rodoanel de São Paulo. Essa alternativa ainda está em estudo, uma vez que não foi definido se o empréstimo-ponte para o projeto será refinanciado via emissão de dívida ou crédito bancário.

A compra de debêntures no mercado e a c

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Enquanto o BNDES reduziu os desembolsos para o financiamento de projetos de infraestrutura, os organismos multilaterais têm ampliado a presença no segmento no Brasil.

O Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar, que tem como acionista a Atlantic Energias Renováveis, fez no fim de julho a primeira emissão de debêntures que contou com a garantia do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor de R$ 105 milhões.

Os papéis vão pagar IPCA mais 5,9548%, com vencimento em 2031. “Essa estrutura teve um efeito bastante positivo para o custo da operação e para a demanda do papel”, diz Marcelo Girão, chefe de project finance do Itaú BBA, que foi o assessor financeiro desse projeto. O Itaú trabalha em mais uma operação para um projeto de energia solar, com a garantia do BID.

O BID ainda poderá participar da emissão de debêntures de infraestrutura da Ecorodovias para financiar o leilão de concessão do trecho Norte do Rodoanel de São Paulo. Essa alternativa ainda está em estudo, uma vez que não foi definido se o empréstimo-ponte para o projeto será refinanciado via emissão de dívida ou crédito bancário.

A compra de debêntures no mercado e a concessão do crédito para projetos de infraestrutura também estão no radar do BID.

Outra instituição multilateral interessada em financiar o setor no Brasil é o Novo Banco de De- senvolvimento (NDB), conhecido como Banco do Brics. O NDB anunciou em janeiro uma parceria comercial com o Santander para financiar projetos de infraestrutura. Em três anos de funcionamento da instituição, foram aprovados quatro projetos para o Brasil, que somam US$ 621 milhões.

No primeiro semestre, o volume total de financiamento de projetos no país cresceu 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Para o ano, a expectativa é que fique próximo aos US$ 18,284 bilhões de 2017, segundo dados da Dealogic — o dado inclui as debêntures de infraestrutura emitidas com garantia dos acionistas dos projetos com o objetivo de levantar recursos para investimentos.

Para o chefe de project finance do BTG no Brasil, Gustavo Fava, o volume de financiamento de projetos neste ano não deve ter o mesmo crescimento de 2017, que foi de 78% em relação a 2016, segundo a Dealogic. “O número de leilões e concessões realizados entre 2016 e 2017 foi menor que nos anos anteriores”, diz. Em geral, o financiamento dos projetos começa a ser aprovado um ano depois da assinatura dos contratos.

Por outro lado, a agenda das eleições não deve ter grande impacto para as operações de financiamento de projetos, segundo o gerente-executivo da área de project finance do BNP Paribas, Thiago Sendelbach. “A decisão de investimento das empresas já está tomada.” Girão, do Itaú BBA, lembra que o primeiro semestre foi um pouco mais aquecido que em 2017, com as companhias tentando se antecipar diante da incerteza eleitoral.

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