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Leilão surpreende e atrai R$ 5 bi em investimentos

Preços de energias solar e eólica atingem menor valor da história

Folha de São Paulo

11/04/2018 12h43 | Atualizada em 12/04/2018 16h48


Um leilão promovido pelo governo dia 4 de  março para contratar novos projetos de energia ignorou a tensão política dos últimos dias e conseguiu atrair investidores interessados em aportar mais de R$ 5 bilhões na construção de cerca de 1 GW (gigawatt) em novas usinas, além de registrar uma redução recorde nos preços de venda futura dos empreendimentos.

Foram registrados os mais baixos preços da história para a comercialização de energia solar e eólica, ultrapassando marcas vistas ainda no final de 2017, quando essas fontes renováveis já haviam surpreendido especialistas ao alcançar preços inferiores até mesmo aos de hidrelétricas.

"O leilão foi muito bem sucedido. A instabilidade política, o risco político, não influenciou", disse a jornalistas o secretário de Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo, em coletiva de imprensa após o final do evento.

"Curiosamente, isso mostra uma resiliência muito grande. O setor elétrico fez um leilão de sucesso em uma semana talvez um pouco conturbada das notícias. O investidor entrou sabendo o que estava precificando", disse o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Tiago de Barros.

Os projetos do pre

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Um leilão promovido pelo governo dia 4 de  março para contratar novos projetos de energia ignorou a tensão política dos últimos dias e conseguiu atrair investidores interessados em aportar mais de R$ 5 bilhões na construção de cerca de 1 GW (gigawatt) em novas usinas, além de registrar uma redução recorde nos preços de venda futura dos empreendimentos.

Foram registrados os mais baixos preços da história para a comercialização de energia solar e eólica, ultrapassando marcas vistas ainda no final de 2017, quando essas fontes renováveis já haviam surpreendido especialistas ao alcançar preços inferiores até mesmo aos de hidrelétricas.

"O leilão foi muito bem sucedido. A instabilidade política, o risco político, não influenciou", disse a jornalistas o secretário de Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo, em coletiva de imprensa após o final do evento.

"Curiosamente, isso mostra uma resiliência muito grande. O setor elétrico fez um leilão de sucesso em uma semana talvez um pouco conturbada das notícias. O investidor entrou sabendo o que estava precificando", disse o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Tiago de Barros.

Os projetos do pregão precisarão entrar em operação até janeiro de 2022. Os vencedores assinarão contratos de venda da geração às distribuidoras de eletricidade locais por prazos de 20 anos, para projetos eólicos e solares, e 30 anos para usinas hídricas e de biomassa.

COMPETITIVOS

As solares, que responderam por quase 80% da energia negociada no certame, com 806,6 MW (megawatts) em capacidade, praticaram preços entre R$ 117 e R$ 118 por MWh (megawatt hora). Os valores representam deságio de cerca de 60% frente ao teto definido para a fonte e bateram de longe os R$ 143,50 do recorde anterior.

As eólicas, com 114,4 MW em projetos, tiveram deságio de mais de 70%, com a venda da produção futura por R$ 67,60 --contra cerca de R$ 97 no ano passado.

O pregão contratou ainda 61,8 MW em térmicas a biomassa e 41,6 MW em pequenas hidrelétricas, com deságios expressivos de 40% e 30%, respectivamente.

O deságio médio da licitação, se consideradas todas as fontes, foi de 59%.

Antes do certame, consultorias esperavam uma contratação mais próxima à da vistas no ano passado, entre 500 e 600 MW em capacidade. Mas segundo Barros, da Aneel, a capacidade negociada ao final foi maior devido a um foco nos projetos solares, que têm produtividade inferior às demais fontes.

"Mesmo com a demanda baixa, ainda com reflexo da economia desaquecida, a gente viabilizou investimentos em um montante bastante expressivo, o que é razão para comemorar", afirmou.

Azevedo, do Ministério de Minas e Energia, afirmou que a contratação mais expressiva dos empreendimentos solares deve-se a uma recente decisão de não incluir projetos solares no próximo certame, previsto para agosto. Nessa data, vão à negociação projetos A-6, termo que no jargão do setor elétricos que indica que os projetos devem começar a oferecer energia em seis anos. "Chegamos à conclusão de que o leilão A-6 não deve ter solar, então privilegiamos ela no A-4 [entrega de energia em quatro anos]", disse. Ele também disse que o governo procurará priorizar projetos apresentados no Plano Decenal de Energia, de modo a garantir uma maior previsibilidade e atrair os investidores.

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