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Leilões devem gerar R$ 65 bi em obras

Em 2020, estão marcadas nove licitações, que prometem atrair investimentos e novos atores ao país

Valor Econômico

09/01/2020 11h00


Após anos de turbulências, com contratos problemáticos e poucas licitações, o setor de rodovias terá, em 2020, uma nova onda de oportunidades. Estão previstos ao menos nove leilões de concessões rodoviárias que, juntos, poderão contratar R$ 65 bilhões em investimentos para os próximos 30 anos.

O cálculo inclui licitações federais e do Estado de São Paulo previstas para este ano, mas há ainda uma série de programas estaduais em estruturação, que poderão gerar mais projetos.

A mais aguardada delas é a licitação da Nova Dutra, considerada a “joia da coroa” do pacote de concessões federais. A rodovia que conecta São Paulo e Rio de Janeiro é atualmente operada pela CCR, em um contrato que chegará ao fim no início de 2021.

A previsão é que a nova concessão gere R$ 17 bilhões de investimentos na rodovia, que é vista como extremamente atrativa, principalmente devido ao elevado tráfego de passageiros garantido, com risco de demanda quase nulo, segundo analistas.

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Após anos de turbulências, com contratos problemáticos e poucas licitações, o setor de rodovias terá, em 2020, uma nova onda de oportunidades. Estão previstos ao menos nove leilões de concessões rodoviárias que, juntos, poderão contratar R$ 65 bilhões em investimentos para os próximos 30 anos.

O cálculo inclui licitações federais e do Estado de São Paulo previstas para este ano, mas há ainda uma série de programas estaduais em estruturação, que poderão gerar mais projetos.

A mais aguardada delas é a licitação da Nova Dutra, considerada a “joia da coroa” do pacote de concessões federais. A rodovia que conecta São Paulo e Rio de Janeiro é atualmente operada pela CCR, em um contrato que chegará ao fim no início de 2021.

A previsão é que a nova concessão gere R$ 17 bilhões de investimentos na rodovia, que é vista como extremamente atrativa, principalmente devido ao elevado tráfego de passageiros garantido, com risco de demanda quase nulo, segundo analistas.

Outra estrada que deverá atrair interesse é a BR-163, entre Sinop (MT) e Miritituba (PA). O trecho é um importante corredor para o escoamento de grãos do Centro-Oeste e, por isso, também tem movimentação segura.

A rodovia terminou de ser asfaltada em 2019 pelo governo federal, após décadas sem concluir a obra. Agora, a União planeja uma licitação mais “enxuta” para a via, com prazo de dez anos e menos investimentos.

A ideia é um contrato menor, com a previsão de que o projeto da ferrovia Ferrogrão possa sair do papel nos próximos anos – como as duas vias serão concorrentes, será preciso contabilizar isso em uma modelagem futura.

Além do pacote federal e do governo paulista, o mercado deverá acompanhar os programas de desestatização em outros Estados, como Minas Gerais, Paraná (que deverá ser feito em parceria com a União), Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

A atratividade desses pacotes, porém, dependerá da modelagem de cada contrato, segundo avaliação de Marcos Ganut que lidera a área de infraestrutura da consultoria Alvarez & Marsal.

“Alguns editais terão que encontrar formatos mais palatáveis aos investidores, com outorgas menores e mais flexibilidade. Em rodovias em que há maior insegurança no tráfego, será preciso criatividade para atrair o setor privado”, diz Ganut.

Isso pode ocorrer, por exemplo, por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs), em que o governo entra com parte dos recursos, ou pacotes que combinem estradas mais movimentadas com outras menos atrativas, afirma.

A variedade de leilões também deverá abrir espaço para que novos grupos passem a atuar no setor rodoviário. Há uma grande expectativa de que operadores europeus tradicionais - por exemplo, as espanholas Acciona e Ferrovial, a francesa Vinci - e fundos de private equity participem de concorrências nos próximos anos.

Neste ano, houve a estreia de companhias como a Global Logistic Properties (GLP), líder em galpões logísticos no país, que ganhou um leilão rodoviário do governo do Mato Grosso do Sul, em parceria com construtoras locais. A chinesa CCCC (China Communications Construction Company) também arrematou um contrato na Bahia, para operar a ponte Salvador-Itaparica.

Outra tendência que poderá se repetir no país, apontam, são consórcios de empresas locais, de menor porte, principalmente para as concessões estaduais.

Hoje, as principais barreiras para a entrada de novos grupos no mercado de rodovias são a insegurança regulatória e o risco de demanda de passageiros, segundo a advogada Marina Anselmo, sócia do Mattos Filho.

“Existem poucas vias com tráfego conhecido no país, e nos últimos anos vimos muitos casos de concessões que deram errado, justamente por problemas de demanda. É um risco difícil de precificar”, afirma ela.

Apesar das incertezas, Ganut avalia que o mercado tem dado sinais de amadurecimento. “O governo federal fez um papel importante para aumentar a segurança jurídica nos últimos anos. Isso deverá atrair interessados aos leilões”, ressalta.

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