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ENERGIA
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Marco do setor elétrico pode incentivar energia limpa

Novo Código Brasileiro de Energia Elétrica representa uma oportunidade para a modernização das regras do sistema elétrico do país

Assessoria de Imprensa

22/10/2020 11h00 | Atualizada em 22/10/2020 12h04


Por João Pedro Correia Neves*

Mais do que nunca, a atenção de investidores, governos e consumidores está voltada para questões que envolvem sustentabilidade e responsabilidade corporativa. Desse modo, a discussão sobre a matriz energética e os desafios de investimentos no setor se tornam peça fundamental na engrenagem da nova economia circular.

O debate no Congresso Nacional para a construção de um novo marco legal para o setor energético desponta como uma iniciativa promissora, que o mercado aguarda há anos. Ainda caminhando à passos iniciais na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, o novo Código Brasileiro de Energia Elétrica representa uma grande oportunidade para a modernização das regras do sistema elétrico do país, com a participação efetiva da sociedade na sua formulação.

Após décadas lidando com a complexidade de inúmeras leis conflitantes, da burocracia estatal, da dificuldade de acesso à crédito e da imprevisibilidade regulatória, temos a chance de criar um novo regulamento que aproveita todo o potencial vantajo

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Por João Pedro Correia Neves*

Mais do que nunca, a atenção de investidores, governos e consumidores está voltada para questões que envolvem sustentabilidade e responsabilidade corporativa. Desse modo, a discussão sobre a matriz energética e os desafios de investimentos no setor se tornam peça fundamental na engrenagem da nova economia circular.

O debate no Congresso Nacional para a construção de um novo marco legal para o setor energético desponta como uma iniciativa promissora, que o mercado aguarda há anos. Ainda caminhando à passos iniciais na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, o novo Código Brasileiro de Energia Elétrica representa uma grande oportunidade para a modernização das regras do sistema elétrico do país, com a participação efetiva da sociedade na sua formulação.

Após décadas lidando com a complexidade de inúmeras leis conflitantes, da burocracia estatal, da dificuldade de acesso à crédito e da imprevisibilidade regulatória, temos a chance de criar um novo regulamento que aproveita todo o potencial vantajoso do Brasil como nação verde e ajuda a incentivar um ambiente de negócios mais próspero.

O excesso de burocracia e a falta de clareza nas normas que regem o sistema energético do Brasil inibem o apetite dos investidores. De nada adianta a vantagem competitiva na disponibilidade de fontes limpas, se não houver segurança jurídica. A quantidade de leis, decretos e portarias sobre um mesmo assunto formam um conjunto imenso de regulamentos de difícil compreensão e que incita contestações na justiça, desperdiçando recursos e tempo.

Transparência, eficiência e visão de longo prazo devem ser os parâmetros norteadores do código em discussão. O anteprojeto apresentado pelo Deputado Lafayete Andrada (Republicanos/MG) consolida muitos desses avanços – embora haja espaço para ajustes e evoluções no texto – e abre uma oportunidade para darmos um tratamento estritamente técnico às novas regras, com um Estado que cumpra seu papel regulador e garantidor da previsibilidade jurídica.

Outro fator que merece atenção é o incentivo à microgeração e Geração Distribuída. Diferentemente da geração centralizada, pela qual grandes usinas produzem a energia que chega ao consumo final, a Geração Distribuída tem foco na autoprodução. A vantagem deste modelo é a eficiência e a diminuição de desperdícios, já que grande parte da energia gerada é consumida no próprio local, o que evita perdas técnicas na distribuição de energia, que no modelo convencional, viaja por vários quilômetros pela rede de transmissão.

O papel social também deve ser contemplado no novo código. A Geração Distribuída e as fontes limpas podem contribuir na universalização do acesso à eletricidade, ao estimular a construção de plantas geradoras em pequenos municípios. É preciso lembrar que em um país socialmente desigual como o Brasil, muitas comunidades isoladas ainda não são atendidas pelo Sistema Interligado Nacional (SIN).

Ao mesmo tempo em que difunde a energia sustentável, as usinas de Geração Distribuída podem ajudar famílias de baixa renda, já que a energia produzida pelas plantas poderá ser adquirida pela distribuidora local em troca de recursos para manutenção de programas sociais.

O debate em torno do novo Código de Energia está apenas começando. São mudanças importantes que vão guiar o planejamento energético pelas próximas décadas. A construção desse ordenamento deve ser coletivo e priorizar as matrizes de fontes limpas, o que tornará nossa economia mais resiliente e a sociedade mais sustentável, além de contribuir para um ambiente propício à inovação tecnológica, ao empreendedorismo e com mais investimentos.

*João Pedro Correia Neves é presidente da RZK Energia

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