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Precisamos falar das obras paradas no País

DCI

15/03/2018 09h06 | Atualizada em 15/03/2018 13h43


Em 2018, o Projeto Avançar, lançado pelo Governo Federal para a conclusão de 7.439 obras paralisadas, deverá constituir-se na principal fonte de investimentos em infraestrutura, considerando-se o alerta feito pelo presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, de que, a partir de abril, muitos organismos públicos terão limitações para solicitar financiamentos, devido à legislação relativa às eleições. A retomada desses empreendimentos pode contribuir para a revitalização da construção de grandes estruturas, abalada pela Operação Lava-Jato.

O investimento total previsto para 2018 é de R$ 130,97 bilhões, provenientes do Orçamento Geral da União, Caixa Econômica Federal/Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), BNDES e empresas estatais do setor de energia, em especial a Petrobras. É interessante observar que o setor de petróleo e gás, epicentro das denúncias de corrupção, é o que receberá o maior aporte, de R$ 45,16 bilhões. Logo em seguida, está infraestrutura em geral (R$ 24,12 bilhões), habitação (R$ 15,91 bilhões), geração de energia e política social, com R$ 9 bilhões cada. A área da defesa terá R$ 8,9 bilhões; saneamento, R$ 7,39 bilhões; mobilidade urbana, R$ 6,61 bilhões; transmissão de e

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Em 2018, o Projeto Avançar, lançado pelo Governo Federal para a conclusão de 7.439 obras paralisadas, deverá constituir-se na principal fonte de investimentos em infraestrutura, considerando-se o alerta feito pelo presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, de que, a partir de abril, muitos organismos públicos terão limitações para solicitar financiamentos, devido à legislação relativa às eleições. A retomada desses empreendimentos pode contribuir para a revitalização da construção de grandes estruturas, abalada pela Operação Lava-Jato.

O investimento total previsto para 2018 é de R$ 130,97 bilhões, provenientes do Orçamento Geral da União, Caixa Econômica Federal/Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), BNDES e empresas estatais do setor de energia, em especial a Petrobras. É interessante observar que o setor de petróleo e gás, epicentro das denúncias de corrupção, é o que receberá o maior aporte, de R$ 45,16 bilhões. Logo em seguida, está infraestrutura em geral (R$ 24,12 bilhões), habitação (R$ 15,91 bilhões), geração de energia e política social, com R$ 9 bilhões cada. A área da defesa terá R$ 8,9 bilhões; saneamento, R$ 7,39 bilhões; mobilidade urbana, R$ 6,61 bilhões; transmissão de energia elétrica, 3,97 bilhões; e universalização do acesso à energia elétrica, R$ 730 milhões.

Esse aporte de recursos é expressivo, mas ainda muito distante da real demanda do País. Segundo estudo da consultoria Inter.B, o Brasil precisa investir anualmente 5,5% do PIB para recuperar sua infraestrutura e realizar novos empreendimentos. Porém, a destinação de recursos a essa finalidade recuou 20% nos últimos dois anos, chegando, em 2016, a R$ 105,9 bilhões, o equivalente a 1,7% do PIB. A consultoria estima que em 2017 o montante tenha fechado em R$ 113,5. Em 2018, deverá alcançar 135,9 bilhões.

Portanto, é comparativamente expressivo o investimento anunciado pelo governo específico para a conclusão de empreendimentos já iniciados. Por isso, espera-se que, ao contrário de muitos programas e empreendimentos adiados ou paralisados, o Projeto Avançar realmente seja concretizado, dando início à revitalização de um setor decisivo para a recuperação da economia brasileira.

Não existe empreendimento mais caro do que os paralisados, depois de consumirem dinheiro público. A precariedade da infraestrutura deve-se, em muito, ao problema da interrupção e adiamento de obras, que se agravou devido ao envolvimento de construtoras nas denúncias e processos criminais apurados pela Operação Lava Jato.

Fica claro que não basta o fim da impunidade, sinalizado com a prisão e condenação de políticos e empresários. É fundamental um choque de eficiência, planejamento e produtividade na administração pública, para que o Estado torne-se mais eficiente e capaz de devolver o dinheiro dos impostos à sociedade, na forma de bons serviços e obras. A cultura da ineficiência e excesso de burocracia, responsável em grande parte pela paralisação de obras, não pode mais fazer parte do Brasil que almejamos!

José Henrique Bravo Alves é VP comercial da Locar Guindastes e Transportes

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