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Sabesp intensifica aplicação de pipe jacking no Projeto Tietê

Prevendo uma expansão do uso de perfuratrizes MTBM, empresa lança mão de microtúneis em obras de interceptação e coleta de esgotos

Da redação

20/03/2019 09h35 | Atualizada em 20/03/2019 16h54


Devido à extensão e complexidade das obras subterrâneas, a Sabesp está intensificando a aplicação da cravação de tubos (pipe jacking) no âmbito do projeto de despoluição do rio Tietê, que corta diversos municípios da Grande São Paulo, incluindo a capital.

A empresa tem empregado máquinas perfuratrizes MTBM (Microtunneling Boring Machines) desde a introdução desses equipamentos no Brasil – a partir de 1994 – e, agora, prevê uma expansão ainda maior do uso da tecnologia.

Segundo Flavio Durazzo, especialista da Superintendência de Gestão de Projetos Especiais da Sabesp, trata-se de uma tendência irreversível devido a alguns fatores em evidência, como obras em grandes centros urbanos, questões ambientais e demandas de diâmetros diferenciados, de acordo com as extensões das obras.

Com o início da Etapa 4 do Projeto Tietê, vários projetos estão sendo desenvolvidos, assim como novas licitações, que deverão ser publicadas no curto prazo. E todos esses empreendimentos de interceptação e coleta de esgotos utilizarão o sistema de microtúneis.

Segundo o engenheiro da Sabesp, as obras de túneis normalmente variam de 300 mm a 2.500

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Devido à extensão e complexidade das obras subterrâneas, a Sabesp está intensificando a aplicação da cravação de tubos (pipe jacking) no âmbito do projeto de despoluição do rio Tietê, que corta diversos municípios da Grande São Paulo, incluindo a capital.

A empresa tem empregado máquinas perfuratrizes MTBM (Microtunneling Boring Machines) desde a introdução desses equipamentos no Brasil – a partir de 1994 – e, agora, prevê uma expansão ainda maior do uso da tecnologia.

Segundo Flavio Durazzo, especialista da Superintendência de Gestão de Projetos Especiais da Sabesp, trata-se de uma tendência irreversível devido a alguns fatores em evidência, como obras em grandes centros urbanos, questões ambientais e demandas de diâmetros diferenciados, de acordo com as extensões das obras.

Com o início da Etapa 4 do Projeto Tietê, vários projetos estão sendo desenvolvidos, assim como novas licitações, que deverão ser publicadas no curto prazo. E todos esses empreendimentos de interceptação e coleta de esgotos utilizarão o sistema de microtúneis.

Segundo o engenheiro da Sabesp, as obras de túneis normalmente variam de 300 mm a 2.500 mm, sendo que no futuro as de menor diâmetro (de 300 a 600 mm) tendem a ter ampla utilização em obras de saneamento, pois a infraestrutura de intercepção de esgotos – com diâmetros maiores, em grandes centros – está adiantada, enquanto o sistema de coleta que envolve diâmetros menores (necessários em áreas mais afastadas do centro da cidade) já não permite mais a abertura de valas a céu aberto.

“As utilizações dos diâmetros maiores estarão restritas a centros urbanos ainda com saneamento básico incipiente”, diz ele. “Assim, acredito que no futuro próximo haverá grande demanda de MTBMs para fechamento da malha do sistema de esgotamento sanitário das grandes cidades. O sistema pode ser utilizado inclusive na execução de futuras redes e interligações de pequenos diâmetros.”

No caso dos MTBMs de 300 a 600 mm, a empresa está utilizando dois tipos de máquinas para cravação de tubos: o sistema de lama (Slurry System/SPB Shield) e a perfuração guiada com rosca helicoidal (Auger System/Guided Boring Machine). No caso dos MTBMs acima de 600 mm, a empresa utiliza exclusivamente as máquinas lameiras.

Cases de eficiência

Um bom exemplo da eficiência da tecnologia é a execução do sistema de microtúnel com cravação de tubos empregado no Contrato 49412/13, que envolve a execução do Interceptor ITi-7 em NATM (concreto projetado), do Interceptor ITa 1-J (com cravação de tubos de 1.800 mm) e dos coletores Anhangabaú e Baseball (com cravação de tubos de 1.200 mm), além da Estação Elevatória Nova Piqueri.

Outro case deu-se com a ampliação do sistema de interceptação dos esgotos do Sistema Barueri, principalmente em função dos acréscimos de vazões de esgotos gerados na parte de jusante da Bacia do Rio Tamanduateí, que não poderão ser absorvidas pelo sistema atualmente existente.

Como destaca Durazzo, o maior desafio enfrentado no empreendimento ficou por conta da geologia local e da necessidade de detecção de inúmeras interferências, que não puderam ser mapeadas com a documentação das inúmeras concessionárias envolvidas devido à idade avançada das instalações.

A liberação das obras pela CET também representou um grande desafio, que foi superado pela tecnologia. “Em regiões onde o subsolo tem baixa resistência e compacidade, areias lavadas fofas ou argilas orgânicas muito moles, com elevado nível do lençol freático, a utilização do sistema de microtúnel com MTBM de frente balanceada garante a estabilidade da frente de escavação e minimiza os recalques em superfície”, afirma o especialista.

Assim, concluiu-se pela necessidade de implantação dos interceptores Tamanduateí-1 (ITa-1J) na margem esquerda do rio Tamanduateí, trecho de jusante, e Tietê-7 (ITi-7), na margem esquerda do rio Tietê, com início na área onde se situa a Estação Elevatória de Esgotos Tamanduateí, até o ponto de conexão à jusante, com a unidade mais favorável do sistema de interceptação existente do Sistema Barueri.

Pelo projeto, está prevista ainda a implantação do Coletor-Tronco Anhangabaú e respectivas interligações, para eliminação de lançamentos provisórios de esgotos nas Bacias TA-01 – Luz, TA-03 – Córrego Anhangabaú˙ e TA-05 – Córrego Atacado, além de permitir a desativação de tubulações que atualmente se encontram assentadas abaixo dos imóveis da região, propiciando sua interligação ao Coletor-Tronco Anhangabaú.

Também foi executado o Coletor-Tronco Estádio de Baseball, que interligará o Coletor-Tronco Estádio de Baseball existente ao ITi-7, permitindo desativar a EEE Barra Funda. Já a execução do interceptor Ita-1 J permitirá a desativação da EEE Dom Pedro II.

Características

As obras do Interceptor ITa- 1J, Coletor-Tronco Anhangabaú e Coletor-Tronco Baseball, com suas respectivas interligações, serão implantadas em uma região urbana com elevada densidade de ocupação, especialmente no que se refere ao trânsito de veículos e acesso de pessoas.

Nessa área, há uma grande concentração de interferências, tanto de instalações subterrâneas de várias concessionárias de serviços públicos, com ênfase para a galeria de canalização do rio Tamanduateí e o córrego Anhangabaú, como das instalações do Metrô, incluindo o trecho aéreo da linha Norte-Sul e da Estação Armênia.

“A geologia encontrada pelo interceptor e ramais de interligação no seu caminhamento pela Avenida do Estado é típica, com aterro superficial de material lançado muito mole”, explica Durazzo.

Durazzo: tendência de túneis de menor diâmetro

“Para elevar o nível do terreno da região de várzea nas margens do rio (sujeita a inundação), sob esse aterro encontra-se uma camada de aluvião e, sob este, temos a camada de sedimento terciário da bacia de São Paulo.”

Os solos aluvionares são constituídos por argilas orgânicas moles e muito moles, com resistência muito baixa a penetração, ocorrendo frequentemente SPT = 0 (Standart Penetration Test) e areias argilosas ou siltosas, em geral com compacidade fofa, eventualmente com ocorrência de pedregulhos.

“Toda essa situação favoreceu a utilização do sistema de microtúnel com cravação de tubos e a utilização de MTBM lameira, que agiliza a execução das obras ao escavar em condições críticas de geologia, com alto grau de precisão, induzindo recalques superficiais mínimos, eliminando a necessidade de rebaixamento de lençol freático e tratamentos do solo, além de proporcionar maior segurança à obra, propriedades e operários”, finaliza Durazzo.

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