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MINERAÇÃO
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Tragédia em Minas impõe mudanças à mineração

Segundo o diretor-presidente do Ibram, Flávio Penido, o setor, desde 2020 até o ano de 2024, vai investir mais de US$ 2,2 bilhões em soluções tecnológicas exclusivamente para a disposição de rejeitos de mineração

Diário do Comércio

28/01/2021 11h00 | Atualizada em 28/01/2021 12h13


No dia 25 de janeiro de 2019, o Brasil e o mundo acompanharam atônitos o rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A tragédia, que completa dois anos, aconteceu poucos anos depois de outra bem semelhante no Estado: o rompimento da barragem de Fundão, na cidade de Mariana, em novembro de 2015.

De lá para cá, o setor de mineração, que segundo profissionais da área, sempre foi bastante tímido na comunicação com a sociedade – apesar de toda a sua importância –, se viu em meio à desconfiança das pessoas e à necessidade de mudar e propor soluções mais seguras para os seres humanos e para o meio ambiente, entre tantas outras questões e demandas.

Mas, afinal, o que mudou após um mar de lama levar 270 vidas em Brumadinho e gerar tantos reflexos sociais, econômicos e ambientais? Como o setor saiu de tudo isso e o que espera daqui para frente?

Várias transformações passaram a ser vistas ao longo dos meses. Em maio de 2019, por exemplo, já foi possível ver movimentos na Mineraç&ati

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No dia 25 de janeiro de 2019, o Brasil e o mundo acompanharam atônitos o rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A tragédia, que completa dois anos, aconteceu poucos anos depois de outra bem semelhante no Estado: o rompimento da barragem de Fundão, na cidade de Mariana, em novembro de 2015.

De lá para cá, o setor de mineração, que segundo profissionais da área, sempre foi bastante tímido na comunicação com a sociedade – apesar de toda a sua importância –, se viu em meio à desconfiança das pessoas e à necessidade de mudar e propor soluções mais seguras para os seres humanos e para o meio ambiente, entre tantas outras questões e demandas.

Mas, afinal, o que mudou após um mar de lama levar 270 vidas em Brumadinho e gerar tantos reflexos sociais, econômicos e ambientais? Como o setor saiu de tudo isso e o que espera daqui para frente?

Várias transformações passaram a ser vistas ao longo dos meses. Em maio de 2019, por exemplo, já foi possível ver movimentos na Mineração Morro do Ipê, com investimentos em tratamento de rejeitos a seco.

Já em junho do ano passado, o jornal Diário do Comércio também anunciou que a Mineração Usiminas (Musa) estava investindo R$ 160 milhões em um sistema moderno de disposição de rejeitos.

Diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Flávio Penido destaca que o setor, desde 2020 até o ano de 2024, vai investir mais de US$ 2,2 bilhões em soluções tecnológicas exclusivamente para a disposição de rejeitos de mineração. Isso leva em conta ações como descaracterização de barragens e procedimentos tecnológicos de maior segurança.

Mas, além disso, afirma ele, várias mudanças ocorreram no setor após a tragédia, como a proibição de novas barragens a montante. Também há normas mais rígidas de monitoramento, com mais inspeções (que também estão mais aprimoradas), e a presença de um maior número de técnicos em segurança de barragens na Agência Nacional de Mineração (ANM), entre outras transformações.

“As empresas também passaram a ter procedimentos mais rigorosos com as barragens. O setor está constantemente trabalhando para mudar processos, melhorar controles, ter operações mais seguras”, diz ele.

Penido também afirma que o segmento conta com tecnologias importantes, que auxiliam em todos os processos. “O setor de mineração, mesmo antes dos rompimentos, nunca foi visto como de alta tecnologia. O segmento é visto pela maior parte dos leigos como aquele que faz buraco, poeira. Mas o setor tem uma inovação e uma tecnologia muito grande”, afirma.

Expectativas

O setor, porém, não vive somente os desafios dos reflexos do rompimento de barragens. Adriano Espeschit, presidente do Conselho Empresarial de Mineração e Siderurgia da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), destaca que, por causa de questões e acontecimentos até mesmo anteriores à tragédia, Minas Gerais acabou perdendo campo para outros estados, como para o Pará.

No entanto, também há ainda muito potencial a ser explorado. “Existem outras ocorrências em Minas Gerais que podem ser estudadas e desenvolvidas caso seja do interesse da sociedade e dos órgãos públicos”, diz.

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