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Revista GC - Ed.31 - Outubro 2012
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Métrica Industrial

Big Brother high tech nas Copas

Fifa exige infraestrutura de tecnologia da informação e telecomunicações de alta tecnologia e com extrema redundância nos estádios para eventos de 2013 e 2014

O Brasil tem dois grandes desafios nos próximos anos na área de futebol: a Copa do Mundo, que acontece em 2014, e a Copa das Confederações, a ser realizada em 2013. Pouco lembrada, essa última funciona como um teste para o principal evento e, detalhe, deveria usar os mesmos estádios que estão sendo construídos para o megaevento.

Além da exigência de arenas modernas e de obras de mobilidade urbana para levar e trazer milhares de torcedores, a Fédération Internationale de Football Association, mais conhecida como Fifa, tem uma cartilha especialmente dedicada aos padrões de telecomunicações e tecnologia de informação (TIC). Isso mesmo: a entidade determina como devem ser as chamadas redes locais (nos estádios) e como precisa ser a interligação e as características da infraestrutura que liga as arenas ao mundo externo, ou seja, as redes externas ou WAN. E não apenas isso: os detalhes se estendem às salas técnicas dentro do estádio e às instalações de apoio, como sistema de condicionamento de ar e de combate a incêndios.

Redigida pelo Comitê Organizador Local (COL), com suporte da Fifa, a cartilha tem o nome oficial de Recomendações Técnicas – Infraestrutura de Tecnologia da Informação e Telecomunicações para Estádios de Futebol e foi lançada em fevereiro do ano passado. Segundo o documento, as recomendações devem ser seguidas para que seja criada uma plataforma de rede altamente disponível e que suporte a convergência de todos os sistemas de TIC numa rede integrada de cabeamento. Um exemplo é a compatibilidade de todos os diferentes equipamentos de dados, voz, vídeo e multimídia. A facilidade de gerenciamento de conexões e dos processos de manutenção é outra característica que deve marcar essa infraestrutura comum. A proteção para instalação em ambientes agressivos, a redundância e alta disponibilidade são outros requisitos, ao lado da facilidade de instalação, de acréscimos ou mesmo de substituição de equipamentos, além é claro, da garantia de segurança e desempenho do sistema.

A principal diretriz do documento é a criação de uma rede central, ligada a conexões de alto desempenho, com redundância e alta disponibilidade, ou seja, que possua caminhos alternativos caso uma das “estradas da informação” deixe de funcionar. Não s


O Brasil tem dois grandes desafios nos próximos anos na área de futebol: a Copa do Mundo, que acontece em 2014, e a Copa das Confederações, a ser realizada em 2013. Pouco lembrada, essa última funciona como um teste para o principal evento e, detalhe, deveria usar os mesmos estádios que estão sendo construídos para o megaevento.

Além da exigência de arenas modernas e de obras de mobilidade urbana para levar e trazer milhares de torcedores, a Fédération Internationale de Football Association, mais conhecida como Fifa, tem uma cartilha especialmente dedicada aos padrões de telecomunicações e tecnologia de informação (TIC). Isso mesmo: a entidade determina como devem ser as chamadas redes locais (nos estádios) e como precisa ser a interligação e as características da infraestrutura que liga as arenas ao mundo externo, ou seja, as redes externas ou WAN. E não apenas isso: os detalhes se estendem às salas técnicas dentro do estádio e às instalações de apoio, como sistema de condicionamento de ar e de combate a incêndios.

Redigida pelo Comitê Organizador Local (COL), com suporte da Fifa, a cartilha tem o nome oficial de Recomendações Técnicas – Infraestrutura de Tecnologia da Informação e Telecomunicações para Estádios de Futebol e foi lançada em fevereiro do ano passado. Segundo o documento, as recomendações devem ser seguidas para que seja criada uma plataforma de rede altamente disponível e que suporte a convergência de todos os sistemas de TIC numa rede integrada de cabeamento. Um exemplo é a compatibilidade de todos os diferentes equipamentos de dados, voz, vídeo e multimídia. A facilidade de gerenciamento de conexões e dos processos de manutenção é outra característica que deve marcar essa infraestrutura comum. A proteção para instalação em ambientes agressivos, a redundância e alta disponibilidade são outros requisitos, ao lado da facilidade de instalação, de acréscimos ou mesmo de substituição de equipamentos, além é claro, da garantia de segurança e desempenho do sistema.

A principal diretriz do documento é a criação de uma rede central, ligada a conexões de alto desempenho, com redundância e alta disponibilidade, ou seja, que possua caminhos alternativos caso uma das “estradas da informação” deixe de funcionar. Não se imagina, por exemplo, a queda na transmissão da imagem por causa do rompimento de uma fibra óptica porque haverá outra rede ativa. A redundância também deve acontecer fora do estádio, que precisa ser atendido por mais de uma rede externa de telecomunicações, o que significa que várias operadoras devem fazer parte da estrutura. Como apoio a esse ambiente deve haver ainda uma infraestrutura elétrica, predial, de climatização, de prevenção e combate a incêndio e de segurança de acesso, todas regidas por um acordo de nível de serviço ou SLA, da sigla em inglês.

A arquitetura de rede interna ou local baseia-se em uma estrutura de três camadas: Núcleo (área primária), Distribuição (área secundária) e Acesso (área de usuários). Para os equipamentos e plataformas de tecnologia da informação e de transmissão de imagens, devem ser previstos ambientes separados, com um espaço exclusivo para telecomunicações dedicadas a equipamentos de rede (comutação, transmissão, roteadores, switches, firewalls, etc). Para facilitar a comunicação foram criadas nomenclaturas especiais e sinalização visual indicando as salas como PTA para Primary Tecnical Area (Área Técnica Primária), STA para Secondary Tecnical Area (Área Técnica Secundária), LTA para Local Technical Area (Área Técnica Local) e SC para Switch Gabinet (Gabinete Externo da TIC).

Explicando, de forma menos técnica: o nível primário capilariza as conexões para as áreas organizacionais dentro do estádio, criando a rede principal.  Cada conexão será feita por cabos de fibras ópticas e de cobre, com as terminações sendo finalizadas nas salas de núcleo (PTA) ou nas salas de distribuição (STA). O nível secundário distribui a rede, que se estende verticalmente dentro dos estádios, e permite a ligação entre vários pisos. Nas salas STA, os cabos tem terminação e são distribuídos através de conexões de manobras. O nível terciário cobre as áreas de trabalho horizontalmente, interligando equipamentos como impressoras e antenas wireless, as quais criam redes locais para dispositivos móveis, entre outros recursos.

Do lado de fora do estádio, a cartilha também estipula os requisitos para o acesso da WAN, que entra pela arena por meio de cabos ópticos e metálicos, instalados em dutos subterrâneos. E detalhe: sempre com redundância. Esses acessos, denominados de primário, permitirão a interligação da rede da operadora responsável com a sala PTA-1. Já a ligação secundária, vai interligar outra rede da operadora à outra estação ou PTA-2. Ou seja, deverá haver dois acessos externos independentes, cada um deles atendido por uma estação diferente, reforçando a segurança em caso de acidente com alguma das redes externas.

A infraestrutura adicional inclui a climatização das salas técnicas, para as quais deverão ser fornecidos condicionadores de ar do tipo precisão, de expansão direta e com capacidade compatível para atendimento à carga térmica da sala técnica. Para combate a incêndio serão instalados detectores de fumaça, conforme as legislações locais e recomendações internacionais de segurança. Uma sala de controle predial e de segurança vai centralizar o gerenciamento desses sistemas adicionais, além de monitorar a rede de câmeras do circuito fechado ou CFTV. Em resumo: dentro e fora do campo, a comunicação deve ser clara e redundante.

 

 

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