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Revista GC - Ed.67 - Março 2016
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Artigo

Ciclovias Aéreas: segurança e valorização do meio ambiente

Implantação de ciclovia aérea interligando a região do Grande ABC, via Avenida do Estado, fazendo uso das instalações do Expresso Tiradentes e da estrutura de contenção do rio Tamanduateí, perfazendo um total de 24,5km, além da utilização de terrenos em margens de linhas férreas da Cia. Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM - linha-10 Turquesa), interligado por estações bicicletárias.

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

O Ministério das Cidades, por meio do PlanMob, vislumbra alcançar o maior número de cidades possível para mudanças na gestão de políticas de mobilidade urbana, alterando o padrão de urbanização e circulação nos municípios e implementando um processo de desenvolvimento econômico sustentável que garanta a inclusão social.

2 DADOS ESTATÍSTICOS

Na capital de São Paulo, 459.000 motoristas se utilizam do automóvel, que chega a ocupar até 60% dos espaços de circulação e é responsável por até 80% do ruído urbano, sendo que 90% do combustível é consumido somente para transportar seu próprio peso. O sistema viário, somado ao espaço para estacionamento e garagens, ocupa 50% da área da cidade.

A bicicleta é o veículo de transporte mais eficiente para trajetos curtos. Uma pessoa comum, pedalando sem pressa, atinge velocidades entre 15 a 20 km/h.

2.1 Deslocamento pela cidade

Em 2007, 156.482 mil pessoas usavam diariamente a bicicleta como meio de transporte em SP. Hoje, esse número é muito maior. Segundo a Ciclocidade, estima-se o mínimo de 500 mil pessoas utilizando bicicleta para deslocamentos nas ruas ao menos uma vez por semana , sendo 70% do uso para trabalho ida e volta; 96% para trabalho + outros (escola, médico etc.) e 4% para lazer.

No entanto, a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação - SEME, contabiliza 4 milhões de bicicletas na cidade de São Paulo e 700 mil ciclistas de fim de semana .

No caso desta ciclovia aérea, em uma perspectiva de uso moderado com baixa demanda, ligando a Vila Prudente, Ipiranga e Sacomã ao Centro da cidade de São Paulo, pode-se estimar até 2


Implantação de ciclovia aérea interligando a região do Grande ABC, via Avenida do Estado, fazendo uso das instalações do Expresso Tiradentes e da estrutura de contenção do rio Tamanduateí, perfazendo um total de 24,5km, além da utilização de terrenos em margens de linhas férreas da Cia. Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM - linha-10 Turquesa), interligado por estações bicicletárias.

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

O Ministério das Cidades, por meio do PlanMob, vislumbra alcançar o maior número de cidades possível para mudanças na gestão de políticas de mobilidade urbana, alterando o padrão de urbanização e circulação nos municípios e implementando um processo de desenvolvimento econômico sustentável que garanta a inclusão social.

2 DADOS ESTATÍSTICOS

Na capital de São Paulo, 459.000 motoristas se utilizam do automóvel, que chega a ocupar até 60% dos espaços de circulação e é responsável por até 80% do ruído urbano, sendo que 90% do combustível é consumido somente para transportar seu próprio peso. O sistema viário, somado ao espaço para estacionamento e garagens, ocupa 50% da área da cidade.

A bicicleta é o veículo de transporte mais eficiente para trajetos curtos. Uma pessoa comum, pedalando sem pressa, atinge velocidades entre 15 a 20 km/h.

2.1 Deslocamento pela cidade

Em 2007, 156.482 mil pessoas usavam diariamente a bicicleta como meio de transporte em SP. Hoje, esse número é muito maior. Segundo a Ciclocidade, estima-se o mínimo de 500 mil pessoas utilizando bicicleta para deslocamentos nas ruas ao menos uma vez por semana , sendo 70% do uso para trabalho ida e volta; 96% para trabalho + outros (escola, médico etc.) e 4% para lazer.

No entanto, a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação - SEME, contabiliza 4 milhões de bicicletas na cidade de São Paulo e 700 mil ciclistas de fim de semana .

No caso desta ciclovia aérea, em uma perspectiva de uso moderado com baixa demanda, ligando a Vila Prudente, Ipiranga e Sacomã ao Centro da cidade de São Paulo, pode-se estimar até 2.786 pessoas por hora, o que é praticamente o dobro de passageiros transportados no mesmo tempo em uma faixa de trânsito da Avenida do Estado.

Assim, seria possível o transporte de 13.000 pessoas/dia, que comparado ao Expresso Tiradentes, que transporta 80.000 pessoas/dia, é um grande ganho, visto que a bicicleta é um meio individual de transporte e o outro é um meio coletivo.

3 UM PROJETO INOVADOR

Diante do exposto, há a necessidade de se criar um ambiente seguro para o usuário e o transporte cicloviário na cidade de São Paulo. A exemplo de outras cidades no mundo, a bicicleta tem ganhado inúmeros adeptos nas grandes metrópoles, mas o enfoque deve prevalecer em criar soluções seguras e customizadas.

Por que não utilizar as estruturas físicas existentes nas grandes cidades para a execução de uma via segura para o uso de bicicletas?

Essa é a pretensão do trabalho Ciclovias Aéreas que, aliado a dados estatísticos demonstrados neste relatório e demais prescrições estabelecidas no SeMob, procura construir um novo conceito.

O projeto contempla equipamentos como bancos, floreiras, bancas de revistas, bebedouros, locais de manutenção de bikes, sinalização adequada e orientação aos ciclistas, iluminação, funcionalidade 24 horas, câmeras de segurança com central monitorada pela Policia Militar/Guarda Municipal e agentes percorrendo de bicicleta toda a ciclovia, garantindo a segurança e a integridade do patrimônio.

3.1 Vantagens

Integração intermunicipal com o trecho Expresso Tiradentes (Pedro II até a estação Sacomã) e sua interligação com a ciclovia aérea junto à Avenida do Estado, atendendo diretamente as cidades de São Caetano do Sul, Santo André e Mauá e indiretamente as cidades de São Bernardo do Campo, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra integrando-as à capital paulista.

O sistema será composto de módulos que seriam removidos do local e posteriormente reinstalados após serviços de manutenção, não causando danos ambientais ao rio e às suas margens.

4 BENEFÍCIOS

Aumento do desempenho da circulação viária;

Contribuição ao meio ambiente;

Acessibilidade ao transporte municipal;

Redução dos índices de congestionamentos e acidentes;

Redução das emissões de gases dos automotores;

Redução do tempo na realização de percursos;

Aumento de vagas no transporte público;

Transporte econômico;

Recreação;

Turismo;

Segurança;

Saúde e bem estar;

Redução do índice de acidentes de trajeto. (100.230 casos em 2011)

A implantação da ciclovia aérea não atrapalha a mobilidade de pedestres e veículos, bem como não causa desvalorização de imóveis ou quaisquer outros transtornos à população.

Neste estudo formaliza-se a integração da população de cidades, com estações bicicletárias intermediárias entre as estações de trem, promovendo melhor acesso a alguns bairros.

A proposta de ciclovia aérea representará um novo marco na cidade de São Paulo e região do Grande ABC, permitindo passeios ciclísticos e de mobilidade urbana, promoção do turismo ambiental, respeito ao ciclista e inclusão no rol de cidades amigas da bicicleta como: Amsterdã, Copenhague, Bogotá, Curitiba, Montreal, Barcelona e Pequim.

5 CONCLUSÃO

A demanda pelo transporte ciclístico existe e o primeiro passo antes de desenvolver o projeto, deve ser a elaboração de pesquisas que informem sobre a demanda cativa e reprimida por este tipo de transporte.

A ciclovia aérea atende a premissa de que deve servir ao lazer, esporte e meio de locomoção para o trabalho, conforme prescrições estabelecidas no Plano Diretor de Transporte e da Mobilidade do Ministério das Cidades. Este é um projeto harmonioso que visa contemplar a segurança da ciclovia, a valorização do meio ambiente, a revitalização do rio e suas margens e a coibição da construção indevida nestas margens.

6 BIBLIOGRAFIA

Caderno de Ref. para Elaboração de Plano de Mobilidade Urbana. Secr. Nac.  de Transp. e da Mobil. Urbana. Ministério das Cidades.

Direito de Construir - 11ª Edição, 2013 - Hely Lopes Meirelles

Lei Municipal nº 14.266, de 06/02/2007

Lei Estadual nº 10.095, de 26/11/1998

Lei Federal nº 12.587, de 3/1/ 2012

 

(*) Valmir Chervenko é Arquiteto, Urbanista e Perito, graduado pela Universidade Mogi das Cruzes (SP) em 1991 e Desenhista Industrial pela Faculdade de Desenho Industrial de Mauá (SP) em 1986.

 

 

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