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Revista GC - Ed.18 - Agosto 2011
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Editorial

É preciso repensar as nossas cidades

Cerca de 82% da população brasileira vive hoje em cidades. De um país eminentemente rural para esse país urbano que conhecemos hoje, o Brasil deu um salto longo e rápido demais para as suas pernas. Foi na década de 1950, com a intensificação do processo de industrialização, que esse salto ocorreu. Até então, somente 36% habitavam em espaços urbanos.

Tal crescimento, de forma acelerada e sem o planejamento adequado, gerou o inchaço das cidades, com graves problemas sociais, econômicos e culturais, que se acentuam à medida em que o tempo avança. Nesse cenário, de um modo geral, pedestres e ciclistas disputam espaço com um número cada vez maior de automóveis, numa convivência pouco pacífica. Faltam saneamento, abastecimento de água, empregos, habitação digna para todos, ruas pavimentadas, transporte público de qualidade, acesso rápido e confortável a escolas, universidades, centros de lazer, hospitais, polos geradores de empregos. Em contrapartida sobram insegurança, violência, congestionamentos, poluição, estresse e lixo – apenas para citar alguns dos principais problemas.

Para piorar a situação, esse processo de urbanização parece não ter freio, se confundindo com o que entendemos como progresso. Hoje, a população mundial supera 7 bilhões de pessoas, sendo que as cidades abrigam cerca de 3,6 bilhões desse contingente. Daqui a 15 anos o planeta terá 8 bilhões de habitantes, dos quais, 5 bilhões estarão morando nas cidades. Estima-se que, em todo o mundo, cerc


Cerca de 82% da população brasileira vive hoje em cidades. De um país eminentemente rural para esse país urbano que conhecemos hoje, o Brasil deu um salto longo e rápido demais para as suas pernas. Foi na década de 1950, com a intensificação do processo de industrialização, que esse salto ocorreu. Até então, somente 36% habitavam em espaços urbanos.

Tal crescimento, de forma acelerada e sem o planejamento adequado, gerou o inchaço das cidades, com graves problemas sociais, econômicos e culturais, que se acentuam à medida em que o tempo avança. Nesse cenário, de um modo geral, pedestres e ciclistas disputam espaço com um número cada vez maior de automóveis, numa convivência pouco pacífica. Faltam saneamento, abastecimento de água, empregos, habitação digna para todos, ruas pavimentadas, transporte público de qualidade, acesso rápido e confortável a escolas, universidades, centros de lazer, hospitais, polos geradores de empregos. Em contrapartida sobram insegurança, violência, congestionamentos, poluição, estresse e lixo – apenas para citar alguns dos principais problemas.

Para piorar a situação, esse processo de urbanização parece não ter freio, se confundindo com o que entendemos como progresso. Hoje, a população mundial supera 7 bilhões de pessoas, sendo que as cidades abrigam cerca de 3,6 bilhões desse contingente. Daqui a 15 anos o planeta terá 8 bilhões de habitantes, dos quais, 5 bilhões estarão morando nas cidades. Estima-se que, em todo o mundo, cerca de 200 mil pessoas deixam os campos, todos os dias, rumo às cidades.

Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, a preocupação é mais acentuada, uma vez que muitas das nossas cidades já enfrentam situações precárias em vários aspectos e um contingente adicional de pessoas, em tão pouco tempo, pode gerar um colapso urbano sem precedentes, de natureza ambiental, social e infraestrutural.

Segundo o IBGE, a população brasileira, de 193 milhões de pessoas, passará para 216 milhões daqui a 20 anos. Se hoje cerca de 165 milhões de brasileiros vivem nas cidades, em 2030 seremos 195 milhões.

Nossas cidades estão preparadas para absorver esse crescimento, assegurando qualidade de vida para todos? É óbvio que não.

Portanto, independentemente das medidas que possam ser adotadas para deter o êxodo rural, é urgente que repensemos nossas cidades, definindo que núcleos urbanos queremos para o futuro próximo.

É indispensável que os gestores públicos adotem uma postura responsável frente ao problema do crescimento populacional, deixando de empurrá-lo para debaixo do tapete. Mas nós da Sobratema acreditamos que podemos dar a nossa contribuição a esse processo. Para isso, no dia 18 de outubro estaremos promovendo, em São Paulo, o II Sobratema Fórum – Brasil Infraestrutura – Cidades.

A ideia é reunir especialistas de notório saber nas áreas do planejamento urbano, economia, construção e gestão pública, entre outras, na busca de reflexões, soluções, propostas e até mesmo oportunidades de negócios, que possam desfazer os principais gargalos da infraestrutura nas cidades brasileiras.

A grade de palestras abordará temas como: “Caos urbano e cidadania”, “Infraestrutura viária e transporte público”, “As cidades brasileiras e o meio ambiente”, “Habitação nos grandes centros urbanos brasileiros” e “Comunicação – redes urbanas”, entre outros.

Planejar em médio e longo prazos nunca foi a principal característica da gestão pública brasileira, mas precisamos mudar essa postura, adotando ações que integrem prefeituras, governos dos estado, União, entidades privadas e universidades. É a qualidade de vida das próximas gerações que está em jogo. É a sua chance de conhecer em detalhes as oportunidades em infraestrutura que se abrem nas cidades brasileiras nos próximos anos.

 

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