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Revista GC - Ed.34 - Jan/Fev 2013
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Especial Ceará - Desenvolvimento Industrial

Indústrias apostam no Ceará para crescer no mercado nordestino

Investimentos em novas fábricas ou na ampliação de plantas existentes chegam a R$ 13 bilhões, levando muitos novos empregos a 33 municípios em sete macrorregiões

Cerca de  20 empresas estão em negociação com o Governo do Estado para poderem se instalar no Ceará, somando um investimento total da ordem de R$ 13 bilhões, quando estiverem completamente construídas. Os empreendimentos estão sob análise do Conselho Estadual de Desenvolvimento Industrial (Cedin). De acordo com a Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), o Cedin poderá, ou não, aprovar o Protocolo de Intenção dos empreendedores. Caso aprovado, o documento garante às empresas os incentivos fiscais determinados no Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI), que, entre suas regras, garante maior desoneração de impostos a indústrias que se localizarem mais distante da Região Metropolitana de Fortaleza.

Os nomes das empresas não podem ser revelados, pelo fato de elas pertencerem a companhias de capital aberto ou por questões estratégicas. Mas já se sabe que as áreas de atuação dos investidores são bem variadas, envolvendo a indústria da construção, a instalação e operação de usinas eólicas e termelétrica, montadoras de veículos, mineração, indústria química, saneamento, bens de consumo, alimentos, confecções, calçados e tecnologia da informação.

Neste último segmento, inclusive, já chegou a ser divulgado pelo presidente da Adece, Roberto Smith, o interesse de um grupo estrangeiro na instalação de um centro de processamento de dados na região da Praia do Futuro. O empreendimento estaria orçado em R$ 1 bilhão, e integraria a comunicação da América, África e Europa partindo de Fortaleza.

R$ 102,4 milhões em 2011

Em 2011, o Ceará recebeu um volume de investimentos da iniciativa privada de R$ 102,4 milhões, contando somente os valores relativos às empresas que já se instalaram no Estado naquele período. Esses novos empreendimentos geraram 9.629 postos de trabalho. Apesar de o FDI garantir maiores incentivos fiscais para empresas que se instalarem em regiões mais distante da Capital, a maior parte dos investidores que se instalaram, que estão em processo de instalação ou que ainda vão implantar o investimento, pleiteiam localizações na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF): Fortaleza, Itaitinga, Maracanaú, Pacatuba, Pacajus, Horizonte, Aquiraz, e Eusébio.

Além desses, os municípios d


Cerca de  20 empresas estão em negociação com o Governo do Estado para poderem se instalar no Ceará, somando um investimento total da ordem de R$ 13 bilhões, quando estiverem completamente construídas. Os empreendimentos estão sob análise do Conselho Estadual de Desenvolvimento Industrial (Cedin). De acordo com a Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), o Cedin poderá, ou não, aprovar o Protocolo de Intenção dos empreendedores. Caso aprovado, o documento garante às empresas os incentivos fiscais determinados no Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI), que, entre suas regras, garante maior desoneração de impostos a indústrias que se localizarem mais distante da Região Metropolitana de Fortaleza.

Os nomes das empresas não podem ser revelados, pelo fato de elas pertencerem a companhias de capital aberto ou por questões estratégicas. Mas já se sabe que as áreas de atuação dos investidores são bem variadas, envolvendo a indústria da construção, a instalação e operação de usinas eólicas e termelétrica, montadoras de veículos, mineração, indústria química, saneamento, bens de consumo, alimentos, confecções, calçados e tecnologia da informação.

Neste último segmento, inclusive, já chegou a ser divulgado pelo presidente da Adece, Roberto Smith, o interesse de um grupo estrangeiro na instalação de um centro de processamento de dados na região da Praia do Futuro. O empreendimento estaria orçado em R$ 1 bilhão, e integraria a comunicação da América, África e Europa partindo de Fortaleza.

R$ 102,4 milhões em 2011

Em 2011, o Ceará recebeu um volume de investimentos da iniciativa privada de R$ 102,4 milhões, contando somente os valores relativos às empresas que já se instalaram no Estado naquele período. Esses novos empreendimentos geraram 9.629 postos de trabalho. Apesar de o FDI garantir maiores incentivos fiscais para empresas que se instalarem em regiões mais distante da Capital, a maior parte dos investidores que se instalaram, que estão em processo de instalação ou que ainda vão implantar o investimento, pleiteiam localizações na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF): Fortaleza, Itaitinga, Maracanaú, Pacatuba, Pacajus, Horizonte, Aquiraz, e Eusébio.

Além desses, os municípios de Sobral, Iguatu, Itapajé e Jaguaribe também estão sendo visados. Os protocolos de intenção de empreendimentos, quando aprovados, têm prazo de vigência de até dois anos, segundo informou a Adece.

Ainda em 2011, o estado do Ceará aprovou 219 pleitos de empresas, referentes ao Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI). Neles, as empresas se comprometem a fazer investimentos da ordem de R$ 3,6 bilhões, na instalação de novas plantas ou ampliação de unidades existentes. Os projetos, alguns já em implantação, tiveram o seu Protocolo de Intenções acatado pelo Conselho de Desenvolvimento Industrial (Cedin), que aponta que, entre estes, 101 são referentes a novos empreendimentos. O restante se refere a ampliações. O governo projeta que, com as novas indústrias, haja uma geração de mais de 15 mil empregos diretos.

Os investimentos deverão beneficiar 33 municípios em sete macrorregiões. De acordo com o Governo do Estado, os projetos que envolvem recursos mais vultosos se referem ao segmento de energia alternativa, que terá em torno de R$ 1,7 bilhão. Os maiores são a Kroma Investimentos e Participação Ltda., que fará um aporte de R$ 380 milhões na sua instalação em São Gonçalo do Amarante, gerando 160 empregos.

Ali próximo, em Caucaia, dentro do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), está sendo construída pela Aeris Energy uma fábrica de pás para geradores eólicos. O protocolo apontado pelo Governo do Estado informa, nessa planta, um investimento de R$ 80 milhões, capaz de gerar 340 novos postos de empregos.

Com volumes de investimentos bem menores que os projetos energéticos, mas com maior capacidade de geração de empregos, as empresas calçadistas aparecem também como interessadas em abrir novas plantas na região. A Melbros Indústria e Comércio de Calçados Ltda., por exemplo, investirá R$ 40,9 milhões na instalação de sua fábrica em Tauá, um empreendimento que deverá recrutar 950 novos empregados. O mesmo acontecerá com a Coopershoes Cooperativa de Calçados e Componentes Joanetense Ltda., que gerará 766 vagas com um aporte de R$ 28,6 milhões na sua futura unidade em Morada Nova.

Polo metal-mecânico em Sobral

Sobral, com cerca de 200 mil habitantes, é a quarta economia do estado com um PIB de R$ 2,34 bilhões. A cidade é líder em trabalhadores com carteira assinada no interior do Ceará e possui a quarta maior arrecadação em ICMS do estado, atrás de Fortaleza, Maracanaú e Caucaia, na Região Metropolitana da Capital. Tal posição é resultado da instalação, na cidade, de um polo metal-mecânico, que se encontra em franco desenvolvimento. O polo tem como carro-chefe a fábrica de veículos da TAC Motors, resultado de investimentos da ordem de R$ 200 milhões. A empresa já discute com a Prefeitura a ampliação da fábrica com a construção de uma Pista de Testes Off Road, destinada a aprimorar o design de um jipe 4x4 diesel.

Atualmente, a TAC Motors gera mais de 120 postos de trabalho e tem produção mensal de 60 veículos. O Stark 4x4 Diesel, modelo produzido em Sobral, vem se destacando nos principais eventos nacionais, como o Salão do Automóvel de São Paulo. A perspectiva da montadora é de que, quando funcionar plenamente, irá gerar 300 empregos diretos.

Até o fim do ano, cinco novos empreendimentos no ramo, incluindo uma nova Fábrica de Cimento Poty Votorantim no distrito de Aprazível, integrarão o complexo. Além dela, a fábrica da marca Hope, de roupas intimas, já está se instalando na cidade.

A nova fábrica de cimentos terá capacidade para a produção de dois milhões de toneladas do insumo por ano, com um investimento programado de R$ 700 milhões, devendo começar a operar em 2015 abastecendo o mercado regional. A nova unidade irá gerar cerca de 1200 postos de trabalho durante a construção, além de 800 empregos, diretos e indiretos, quando começar a operar.  O empreendimento faz parte do projeto da empresa para atender à crescente demanda, por conta da descentralização e também interiorização do consumo de cimento no País.

Sobral é destaque, ainda, no comércio exterior, sendo o único município do interior que se aproxima da Capital nas exportações do estado, de acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para atraiar os empreendimentos para o município, a Secretaria de Tecnologia e Desenvolvimento Econômico (STDE) de Sobral oferece inúmeros benefícios e facilidades para os investidores. Além dos incentivos, o governo municipal ainda disponibiliza o terreno com a infraestrutura de água, esgoto e luz pronta, cedendo-a à indústria, além de galpões que podem ser usados como sede provisória enquanto as sedes permanentes são construídas.

Esse modelo foi criado em 2001, por meio da lei do Programa do Desenvolvimento Econômico de Sobral (Prodecom) e trata de possibilitar acesso a incentivos municipais e financiamentos, redução de impostos, construção civil e montagem industrial necessária. Com o desenvolvimento do Polo, a cidade ganha não apenas em geração de emprego e arrecadação, como também eleva os índices gerais no parâmetro estadual.

 

 

 

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