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Revista GC - Ed.32 - Novembro 2012
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Energia

Mauá prepara-se para gerar energia

Usina paranaense supera questões ambientais e começa a operar ainda neste ano. Obra empregou método de concreto rampado pela primeira vez no país

Com obras iniciadas em 2008, a Usina Hidrelétrica Mauá, vive os últimos preparativos para iniciar a operação ainda neste ano. Maior empreendimento de energia no Paraná, situada nos municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, a meta é de que a usina esteja em plena operação até o início de 2013.

Com investimento de R$ 1,2 bilhão, a usina Mauá tem capacidade de produzir aproximadamente 361 megawatts, capaz de atender ao consumo de uma população de quase um milhão de pessoas.

A usina foi construída pelo Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, formado pela Copel e Eletrosul, e teve concessão para o empreendimento em outubro de 2006. O canteiro de obras, no entanto, só foi instalado em julho de 2008. O desvio do rio aconteceu quando a barragem começou a ser construída, em setembro de 2009.

Mauá ilustra bem as dificuldades que o país enfrenta para construir e colocar as usinas hidrelétricas em operação, em um cenário atual de crescimento da demanda de energia e ocorrência de falhas de fornecimento, principalmente no Nordeste. A Usina Hidrelétrica Mauá obteve apenas em outubro deste ano a licença do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para operar.  Nos últimos dois anos, várias correções e autorizações ambientais foram feitas durante a fase de instalação da usina, no período de enchimento do reservatório e testes de equipamentos. A licença de operação foi analisada e emitida pelo Grupo Especial de Licenciamento Ambiental (Gela). O presidente do instituto, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, ressaltou em nota que o licenciamento atende às normas. “O processo de licenciamento da Usina Mauá começou de forma errada. Foi conturbado, desgastante e exigiu muitas reuniões técnicas com o Ibama, Iphan, Ministério Público Federal e organizações não governamentais”, explicou.

Segundo o presidente do IAP, o Gela deverá também fiscalizar se todas as exigências legais e ambientais serão cumpridas. Localizada no Rio Tibagi, a nova hidrelétrica deve cumprir nos próximos anos cerca de 50 condicionantes definidas na licença de operação. Entre elas está a necessidade de enviar ao órgão ambiental relatórios mensais das atividades, recomposição total da área alagada, aquisição e definição da área onde será averbada a reserva legal, entre outros.


Com obras iniciadas em 2008, a Usina Hidrelétrica Mauá, vive os últimos preparativos para iniciar a operação ainda neste ano. Maior empreendimento de energia no Paraná, situada nos municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, a meta é de que a usina esteja em plena operação até o início de 2013.

Com investimento de R$ 1,2 bilhão, a usina Mauá tem capacidade de produzir aproximadamente 361 megawatts, capaz de atender ao consumo de uma população de quase um milhão de pessoas.

A usina foi construída pelo Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, formado pela Copel e Eletrosul, e teve concessão para o empreendimento em outubro de 2006. O canteiro de obras, no entanto, só foi instalado em julho de 2008. O desvio do rio aconteceu quando a barragem começou a ser construída, em setembro de 2009.

Mauá ilustra bem as dificuldades que o país enfrenta para construir e colocar as usinas hidrelétricas em operação, em um cenário atual de crescimento da demanda de energia e ocorrência de falhas de fornecimento, principalmente no Nordeste. A Usina Hidrelétrica Mauá obteve apenas em outubro deste ano a licença do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para operar.  Nos últimos dois anos, várias correções e autorizações ambientais foram feitas durante a fase de instalação da usina, no período de enchimento do reservatório e testes de equipamentos. A licença de operação foi analisada e emitida pelo Grupo Especial de Licenciamento Ambiental (Gela). O presidente do instituto, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, ressaltou em nota que o licenciamento atende às normas. “O processo de licenciamento da Usina Mauá começou de forma errada. Foi conturbado, desgastante e exigiu muitas reuniões técnicas com o Ibama, Iphan, Ministério Público Federal e organizações não governamentais”, explicou.

Segundo o presidente do IAP, o Gela deverá também fiscalizar se todas as exigências legais e ambientais serão cumpridas. Localizada no Rio Tibagi, a nova hidrelétrica deve cumprir nos próximos anos cerca de 50 condicionantes definidas na licença de operação. Entre elas está a necessidade de enviar ao órgão ambiental relatórios mensais das atividades, recomposição total da área alagada, aquisição e definição da área onde será averbada a reserva legal, entre outros.

Para o superintendente do consórcio, “a grande maioria das 50 condicionantes colocadas na lista de operação são aderentes com o projeto básico ambiental da usina. O IAP não está exigindo nada que ele não exigiria normalmente”, explica Sérgio Luíz Lamy. Contudo, dois dos condicionantes devem ser discutidos com o IAP, segundo o superintendente: “Um deles foi uma surpresa: a criação de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). O empreendimento tem operado um Cetas provisório até o enchimento do reservatório. Depois disso não há mais nenhuma interferência da obra aos animais”, afirma Lamy. A segunda é a exigência de fazer uma averbação de reserva legal, que o superintendente afirma que o consórcio não está obrigado a fazer de acordo com a legislação.

O consórcio já tinha duas autorizações anteriores que permitiam seguir as etapas. “Eu tinha a autorização para encher o reservatório fechando as comportas dos túneis de desvio dos rios desde o dia.

28 de junho”, revela o superintendente Sérgio Luiz Lamy. A etapa seguinte foi, segundo ele, aguardar o reservatório atingir a cota mínima operacional, o que só ocorreu no inicio de outubro. Então o Cruzeiro do Sul recebeu do IAP a autorização para testar os geradores. “Temos cinco unidades geradoras, três de capacidade maior que ficam numa ‘Casa de Força Principal’ e duas unidades em outra ‘Casa de Força Complementar”, explica Lamy.

O enchimento da barragem levou mais tempo que o esperado pelo consórcio, o que só permitiu os testes apenas das turbinas menores usando o volume morto (aquele abaixo da cota mínima operacional). O objetivo é de colocar as três unidades maiores em operação entre novembro e dezembro, e em janeiro iniciar a operação da segunda unidade pequena. A primeira a funcionar é a Unidade Geradora 1, da Casa de Força Principal, seguida pela Unidade 1 da Casa de Força Complementar (que vai gerar 11 dos 361 megawatts da potência instalada total do empreendimento). A expectativa é de que as três unidades geradoras da Casa de Força Principal e as duas da Casa de Força Complementar estejam funcionando 90 dias depois da primeira.

O desvio do rio Tibagi pelos dois túneis foi feito em setembro de 2009. A partir disso, foi possível manter sem água o local, no leito do rio, onde começou a ser erguida a barragem depois da construção de duas ensecadeiras (uma à jusante e outra à montante) e do bombeamento da água remanescente. A construção da barragem, que havia sido iniciada no mês anterior na margem direita do rio, foi concluída em março de 2011, com a aplicação de mais de 630 mil toneladas de concreto compactado com rolo (CCR). A construção do vertedouro, iniciada em julho de 2010, foi concluída em maio de 2011.

O reservatório da UHE Mauá terá uma área de 84 km². A utilização desse lago será definida pelo Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial (Pacuera), de acordo com a avaliação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Por sua vez, mais de 170 mil plantas já foram resgatadas pelo Programa de Salvamento e Conservação da Flora da Usina Hidrelétrica Mauá.  Já foram resgatados mais de 1.100 quilos de sementes e frutos, além de 170 mil plantas, representando aproximadamente 700 espécies. As plantas são levadas para estufas no horto e posteriormente replantadas na área de preservação permanente da usina. Parte desse material foi levado para a Universidade Estadual de Maringá (UEM), com a qual o Consórcio Energético Cruzeiro de Sul firmou convênio para o replantio e registro científico sobre a flora da região.

Inovação

São cinco unidades geradoras no total: três na casa de força principal, que somam 350 megawatts de potência instalada, e duas que somam 11 megawatts de potência instalada na casa de força secundária, construída junto à barragem e que vai gerar energia a partir da vazão remanescente mantida à jusante.  A energia gerada na Usina Mauá será disponibilizada no Sistema Interligado Nacional (SIN) através de uma subestação, operando em 230 mil volts e duas linhas de transmissão, que a conectam às subestações Figueira e Jaguariaíva, no Paraná. A concessão para construção e exploração da UHE Mauá pertence ao Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, formado pela Copel — Companhia Paranaense de Energia, majoritária com 51% de participação, e pela Eletrosul Centrais Elétricas, estatal federal do grupo Eletrobrás que detém os 49% restantes. As empresas respondem juntas pelo investimento de R$ 1,5 bilhão nesse empreendimento.

Um dos diferenciais do projeto, destaca Sergio Luiz Lamy, é a instalação da casa de força principal a cerca de 2 km distância em linha reta da barragem. Para levar a água do reservatório até a casa de força principal e aproveitar uma queda bruta de aproximadamente 120 m, foi construído um circuito composto de tomada d’água, túnel de adução escavado em rocha com 1.900 m de comprimento, câmara de carga e três condutos forçados no trecho final.  A barragem de Mauá serve como ponte entre as duas margens do rio, ligando os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira.

A principal inovação técnica da obra foi o método de lançamento de concreto compactado com rolo (CCR) que aumentou a produtividade na execução da barragem.  “A barragem da Usina Mauá foi construída em tempo recorde graças a este método, que consiste na aplicação do material por meio de rampas com declividade de 7% a 10% e formas com 2,4 m (que é a altura de cada um dos degraus que formam a barragem) para cada bloco da construção, com extensão média de 20 m. Dessa maneira, o tamanho da área de espalhamento e compactação do concreto foi limitado, aumentando o intervalo de tempo entre as camadas e proporcionando mais tempo para secagem do concreto, o que dispensou o uso de argamassa colante”, disse Lamy.

Segundo o superintendente, em razão da grande extensão da barragem a inovação proporcionou economia de tempo e dinheiro. “Se o concreto fosse lançado em camadas inteiras na horizontal, uma após a outra, o processo seria mais lento e teríamos mais gastos com a argamassa”, afirma ele. O CCR é um tipo de concreto menos fluido que o convencional, pois possui menor quantidade de água e cimento e, por isso, precisa ser adensado por rolos compactadores a cada aplicação. Equipamentos modernos também agilizaram a instalação das juntas plásticas de contração colocadas entre os blocos de concreto da barragem. Uma escavadeira hidráulica com placa vibratória acoplada foi utilizada para inserir essas juntas sem que fosse preciso retirar parte do concreto já aplicado. “A opção pelo método não foi exatamente por uma questão de dificuldade, mas sim para otimizar o trabalho. A distância para se lançar uma camada inteira na horizontal e só depois subir a forma era muito grande, desperdiçaria tempo e elevaria muito os gastos com argamassa colante”, informou Lamy. O método rampado de lançamento de CCR é de origem chinesa e a Usina Hidrelétrica de Mauá foi a primeira obra a utilizá-lo no Brasil. Um dos cuidados exigidos em sua aplicação é a colocação  de formas de 2,4 m dos dois lados da barragem e na altura do degrau que está sendo rampado, informa o engenheiro.

Projetos ambientais

A usina tem diversos programas sociais em andamento. Por exemplo, uma equipe de engenheiros agrônomos está coordenando o trabalho de preparo do solo para o plantio das safras deste ano nas comunidades que fazem parte do Projeto Básico Ambiental (PBA) da Usina Hidrelétrica Mauá para a questão indígena. Serão 425 hectares plantados nas oito terras indígenas: Mococa, Queimadas, Apucaraninha, São Jerônimo, Barão de Antonina, Posto Velho, Laranjinha e Pinhalzinho. A expectativa é de que a produção alcance cerca de 80 toneladas, que serão utilizadas para o consumo das famílias e formação de um banco de sementes, além da comercialização do excedente. O engenheiro agrônomo Gilberto Shingo, que coordena o trabalho, conta que a definição das culturas (feijão, milho e arroz) foi feita pelos próprios indígenas, em oficinas realizadas em todas as comunidades. Para a execução do trabalho, o consórcio fornece as sementes e contrata equipamentos e mão de obra, que inclui pessoas das próprias terras indígenas. “São utilizados métodos orgânicos de produção agrícola com o objetivo de melhorar as condições de saúde e nutrição das famílias”, acrescenta o agrônomo. Cada terra indígena formou um comitê gestor que vai acompanhar o trabalho para aplicar também nas próximas safras as orientações técnicas recebidas”.

O plantio faz parte do Programa de Apoio às Atividades Agropecuárias. Além dele, o PBA inclui programas como o de articulação de lideranças indígenas, vigilância e gestão territorial, recuperação de áreas degradadas e proteção de nascentes, melhoria da infraestrutura, fomento à cultura e às atividades de lazer, monitoramento da fauna e da qualidade da água. Além dos engenheiros agrônomos, a equipe do Consórcio Cruzeiro do Sul conta com antropólogos para desenvolver os programas. No processo que culminou com a elaboração do PBA, cada família definiu de quais programas gostaria de participar. “Mas a produção de alimentos vai contemplar todas as famílias por meio da agricultura coletiva”, ressalta Shingo. Além do acompanhamento técnico, o Projeto Básico Ambiental prevê a compra de equipamentos para que as comunidades indígenas possam desenvolver as atividades agropecuárias.

Concreto: método inovador é usado pela primeira vez no Brasil

A barragem da usina Mauá foi construída por meio do método de concreto rampado, metodologia há mais de 10 anos empregada na China, mas inédita no Brasil até então, no volume em que a técnica foi empregada nesta obra. O sistema consiste em criar uma base inicial de grande extensão da barragem, que permitirá a execução das demais etapas (montagem de formas, concretagem, tratamento da superfície) de maneira contínua, sequencial e em escala volumétrica. “É quase uma linha de produção”.

O engenheiro Osvaldo Albuquerque, gerente da VGMC/ Copel Geração e Transmissão S.A, explica que a empresa já tinha tentado empregar essa metodologia numa outra barragem, no município de Candói-PR, na UHE Santa Clara. “Mas não foi possível, porque esse modelo de concretagem necessariamente precisa ser definido desde a fase de projeto. No caso de Santa Clara, os projetos já estavam prontos e não foi possível reverter o processo”, explica. Albuquerque acredita que o sistema reduza o tempo total de execução da barragem em 30% e permita uma economia de 85% do volume de argamassa utilizada na ligação entre as camadas contíguas.  Outro diferencial é a qualidade da face da barragem, porque reduz o número de juntas horizontais em cerca de oito vezes.

A praça de lançamento da barragem chegou a ter  500 m de extensão, com base variando de 7,5 a 50 m de largura. Se fosse executada por meio do sistema convencional de concreto compactado com rolo, utilizando-se formas de 90 cm por exemplo, o lançamento levaria aproximadamente 10 horas ou mais entre camadas, necessitando, por isso, da execução de camada de argamassa de dois centímetros para fazer a ligação com a próxima camada de concreto.

Pelo método do concreto rampado, foram empregadas formas de 2,40 m de altura, tanto na montante quanto na jusante da praça de lançamento, permitindo a execução contínua de volume equivalente a oito camadas de concreto, em comparação com o método convencional. O processo, assim executado permite a antecipação da montagem das formas, propiciando uma execução contínua sem paralisações, comuns no método convencional.

As camadas foram lançadas, espalhadas e compactadas em rampa de aproximadamente 10%. Com isso, as camadas foram executadas num período menor que 2 horas em média entre si, eliminando, desta forma, a necessidade de lançamento de argamassa de ligação. Segundo Albuquerque, o uso do concreto rampado não exige algo mais que projetos específicos voltados a utilização do método e mudança de cultura na sua execução. “No começo, houve alguma resistência, mas depois de perceber as vantagens, a construtora assimilou rapidamente a mudança e tivemos um ótimo desempenho”.

Camargo Corrêa inicia as obras da maior hidrelétrica da Colômbia

A construtora Camargo Corrêa deu início às obras da Usina Hidrelétrica de Ituango, considerada a maior obra de infraestrutura da Colômbia. Quando concluído, o empreendimento vai aumentar capacidade de geração de energia instalada na Colômbia em 17%. Com capacidade para gerar 2,4 mil megawatts (MW), a hidrelétrica não é apenas o maior projeto de infraestrutura já realizado na Colômbia, mas é também um dos principais da América do Sul.

O contrato entre o Consórcio CCC Ituango (Construtora Camargo Corrêa, Conconcreto e Conisa) e EPM (Empresas Públicas de Medellín), para a construção da UHE de Ituango, foi formalizado em 9 de novembro, mas as obras já haviam começado desde o dia 1º de outubro, graças à ordem de início antecipada, concedida pela empresa. A medida é permitida porque não há mudanças no contrato após o anúncio do consórcio vencedor. O contrato com o Consórcio CCC Ituango é de R$ 1,1 bilhão. O valor total do empreendimento, incluindo maquinário e outras despesas, deve superar R$ 3 bilhões. A conclusão é prevista para dezembro de 2018.

“Ituango representa mais um avanço internacional da Construtora Camargo Corrêa. Hoje, a Construtora está presente na América Latina, com operações na Argentina, Venezuela, Peru e Colômbia, e na África, com projetos em Moçambique e Angola”, afirma Dalton Avancini, gerente-geral da EPM. A usina ficará no Rio Cauca, a 180 km de Medellín.

Esta é a segunda hidrelétrica que a Camargo Corrêa constrói na Colômbia. A primeira, também em parceria com a Conconcreto e a Conisa, foi a Hidrelétrica de Porce III, de 600 MW, concluída no início do ano passado. Outra obra realizada pela Camargo Corrêa no país foi a PTAR (Planta de Tratamento da Águas Residuais), de San Fernando.

 

 

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