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Revista GC - Ed.36 - Abril 2013
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Mobilidade Urbana

Mobilidade urbana em BH

Com quase 2,5 milhões de habitantes e um trânsito cada vez mais caótico, Belo Horizonte passa por uma mudança radical. O andamento de oito obras de mobilidade urbana, do Plano de Aceleração do Crescimento da Copa, está testando a paciência dos belo-horizontinos com a promessa de uma cidade menos sobrecarregada e com mais fluidez no trânsito para população e visitantes no mundial de 2014 e nos anos seguintes. Com 114 anos, há pelo menos meio século a cidade não passava por tamanha transformação. Serão 1,3 bilhão de reais de investimentos, com R$ 1,02 do Governo Federal e o restante como contrapartida da PBH, com a implantação da rede de transporte BRT (Bus Rapid Transit, da sigla em inglês), a criação do Centro de Controle Operacional para gerenciar e aumentar a segurança do trânsito, além de obras no Boulevard Arrudas e trechos das chamadas vias 210 e 710. Enquanto o poder público comemora o que considera um dos maiores passos para um sistema de trânsito mais ágil, eficiente e integrado, especialista diz que as obras feitas para a Copa não resolverão o problema da mobilidade na cidade, que tem mais de 150 gargalos.

A grande estrela das obras da mobilidade urbana estão sendo consideradas as três primeiras linhas do projeto BRT, iniciado em 2008, paralisado e, hoje, em andamento com o financiamento do PAC. A previsão de entrega é para o final deste ano. Os ônibus articulados passarão pelas principais vias da cidade, as avenidas Antônio Carlos, Pedro I, Vilarinho e Cristiano Machado e área central. O diretor de planejamento da empresa de transportes de Belo Horizonte, a BHTrans, Célio de Freitas, diz que o BRT é o elemento central do plano de mobilidade urbana do órgão até 2020, juntamente à extensão do metrô, que devido ao custo e falta de recursos, é inviável neste momento.

No plano de mobilidade urbana da BHTrans, a ideia é a criação de uma rede estrutural envolvendo o metrô e os corredores de ônibus chamados BRTs, à qual será agregada desde o ônibus suplementar até um veículo leve sobre trilhos (VLT), quando este se mostrar viável. “O BRT teve o financiamento do PAC da Copa e com ele daremos um ganho de qualidade no transporte público”, afirma.

O impacto do BRT será, primeiramente, mais visível para o usuário de transpo


Com quase 2,5 milhões de habitantes e um trânsito cada vez mais caótico, Belo Horizonte passa por uma mudança radical. O andamento de oito obras de mobilidade urbana, do Plano de Aceleração do Crescimento da Copa, está testando a paciência dos belo-horizontinos com a promessa de uma cidade menos sobrecarregada e com mais fluidez no trânsito para população e visitantes no mundial de 2014 e nos anos seguintes. Com 114 anos, há pelo menos meio século a cidade não passava por tamanha transformação. Serão 1,3 bilhão de reais de investimentos, com R$ 1,02 do Governo Federal e o restante como contrapartida da PBH, com a implantação da rede de transporte BRT (Bus Rapid Transit, da sigla em inglês), a criação do Centro de Controle Operacional para gerenciar e aumentar a segurança do trânsito, além de obras no Boulevard Arrudas e trechos das chamadas vias 210 e 710. Enquanto o poder público comemora o que considera um dos maiores passos para um sistema de trânsito mais ágil, eficiente e integrado, especialista diz que as obras feitas para a Copa não resolverão o problema da mobilidade na cidade, que tem mais de 150 gargalos.

A grande estrela das obras da mobilidade urbana estão sendo consideradas as três primeiras linhas do projeto BRT, iniciado em 2008, paralisado e, hoje, em andamento com o financiamento do PAC. A previsão de entrega é para o final deste ano. Os ônibus articulados passarão pelas principais vias da cidade, as avenidas Antônio Carlos, Pedro I, Vilarinho e Cristiano Machado e área central. O diretor de planejamento da empresa de transportes de Belo Horizonte, a BHTrans, Célio de Freitas, diz que o BRT é o elemento central do plano de mobilidade urbana do órgão até 2020, juntamente à extensão do metrô, que devido ao custo e falta de recursos, é inviável neste momento.

No plano de mobilidade urbana da BHTrans, a ideia é a criação de uma rede estrutural envolvendo o metrô e os corredores de ônibus chamados BRTs, à qual será agregada desde o ônibus suplementar até um veículo leve sobre trilhos (VLT), quando este se mostrar viável. “O BRT teve o financiamento do PAC da Copa e com ele daremos um ganho de qualidade no transporte público”, afirma.

O impacto do BRT será, primeiramente, mais visível para o usuário de transporte coletivo que verá o seu tempo de viagem de ônibus diminuir em pelo menos 50%. A expectativa é que pelo menos cerca de mil ônibus convencionais deixem de circular no hipercentro e deem espaço para ônibus do BRT, três vezes maiores que os convencionais, mais confortáveis, com espaços adequados para a população idosa e para portadores de necessidades especiais e de obesidade. Aliás, todas essas mudanças e agilidade serão a principal arma do poder público para atrair o motorista de veículos particulares. “Com as vias exclusivas, o BRT terá muito mais agilidade, o que chamará a atenção desse motorista”, afirma Freitas.

Na chamada primeira fase do sistema, estão sendo construídas 36 estações de transferência nos corredores como são chamadas as grandes avenidas-, sendo seis no hipercentro e cinco estações de integração nos bairros.

Nem todos estão tão otimistas com todas as obras. Para o consultor de mobilidade e assuntos urbanos, José Aparecido Ribeiro, a cidade ficou meio século sem as obras que precisava para desenvolver-se e acompanhar a evolução imobiliária e, especialmente, a evolução da indústria automobilística. “Nossas ruas são as mesmas da construção da cidade e a frota de veículos aumenta 10% ao ano. Não temos transporte coletivo que seja apelo para motoristas se tornarem passageiros e a cidade, hoje, possui 150 gargalhos que precisam de obras, não de 'puxadinhos'”, argumenta.

O diretor de planejamento da BHTrans argumenta que estudos do plano de mobilidade urbana da empresa indicam que há 150 intervenções viárias, de diferentes dimensões, para serem realizadas até o ano de 2030.

Para Ribeiro, há obras que não podem esperar tanto tempo e já deveriam estar no pacote para a Copa do Mundo. É o caso da obra do Anel Rodoviário e da integração das principais avenidas, Cristiano Machado, Contorno, Amazonas, Antônio Carlos e Via Expressa, transformando todas elas em vias expressas interligadas, sem interrupção de tráfego. Para ele, só isso consumirá e eliminará metade dos gargalos de BH. “Isso precisa ser feito com urgência”, diz.

 

 

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