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Revista GC - Ed.56 - Jan/Fev 2015
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Entrevista

No topo da cadeia da tecnologia

O Sirius será a única máquina do tipo na América Latina e apenas a segunda no Hemisfério Sul, além de uma na Austrália. Mais do que isso, suas especificações técnicas deverão colocá-la na linha de frente das melhores fontes de luz síncrotron do mundo. O Sirius será a máquina de maior brilho na sua classe de energia.

A energia operacional do Sirius será de 3 bilhões de elétrons-volts (GeV), comparada ao bem mais modesto 1,37 bilhão de elétrons-volts do UVX. Isso, associado a uma série de outras especificações técnicas da máquina (como a configuração de magnetos ao redor do anel), permitirá produzir feixes de fótons (luz) muito mais brilhantes do que os atuais. Uma vantagem crucial é que será possível produzir um tipo de raio X mais energético, conhecido como “duro”, capaz de penetrar materiais mais espessos – algo que a máquina atual tem dificuldade de fazer. O limite de energia dos fótons nas linhas de luz do Sirius será de 250 mil elétrons-volts (KeV), comparado a 30 mil elétrons-volts no UVX, que é um limite inferior de energia dos raios X duros.

Outro grande diferencial da máquina será a sua baixa emitância, uma característica relacionada ao tamanho da fonte e ao diâmetro do facho de luz gerado por ela, que será de 0,28 nanômetro-radiano (nm.rad), comparado a 100 nanômetros-radianos do UVX. É a menor emitância de qualquer fonte de luz síncrotron em operação ou sendo projetada no mundo, segundo Oscar Vigna

Para entender a diferença, de uma forma geral, pode-se pensar numa comparação entre o facho de luz produzido por uma lanterna e o feixe produzido por um apontador laser: a energia (quantidade de fótons) pode até ser a mesma, mas o brilho do laser é muito maior.

Uma lanterna tem uma área grande e a luz se abre grande. Para objetos pequenos a ponteira a laser tem uma área pequena e é perfeita para iluminar objetos pequenos a uma grande distância. Isso denominarmos de brilho. Sendo a área e a abertura angular menores, maior será o brilho. Isso abre perspectiva para estudarmos materiais como fármacos, cimento, petróleo, arqueologia, em escalas nanométricas. Trará a possibilidade de pesquisas que hoje não podem ser feitas no Brasil em qualquer área do conhecimento.

A expectativa, po


O Sirius será a única máquina do tipo na América Latina e apenas a segunda no Hemisfério Sul, além de uma na Austrália. Mais do que isso, suas especificações técnicas deverão colocá-la na linha de frente das melhores fontes de luz síncrotron do mundo. O Sirius será a máquina de maior brilho na sua classe de energia.

A energia operacional do Sirius será de 3 bilhões de elétrons-volts (GeV), comparada ao bem mais modesto 1,37 bilhão de elétrons-volts do UVX. Isso, associado a uma série de outras especificações técnicas da máquina (como a configuração de magnetos ao redor do anel), permitirá produzir feixes de fótons (luz) muito mais brilhantes do que os atuais. Uma vantagem crucial é que será possível produzir um tipo de raio X mais energético, conhecido como “duro”, capaz de penetrar materiais mais espessos – algo que a máquina atual tem dificuldade de fazer. O limite de energia dos fótons nas linhas de luz do Sirius será de 250 mil elétrons-volts (KeV), comparado a 30 mil elétrons-volts no UVX, que é um limite inferior de energia dos raios X duros.

Outro grande diferencial da máquina será a sua baixa emitância, uma característica relacionada ao tamanho da fonte e ao diâmetro do facho de luz gerado por ela, que será de 0,28 nanômetro-radiano (nm.rad), comparado a 100 nanômetros-radianos do UVX. É a menor emitância de qualquer fonte de luz síncrotron em operação ou sendo projetada no mundo, segundo Oscar Vigna

Para entender a diferença, de uma forma geral, pode-se pensar numa comparação entre o facho de luz produzido por uma lanterna e o feixe produzido por um apontador laser: a energia (quantidade de fótons) pode até ser a mesma, mas o brilho do laser é muito maior.

Uma lanterna tem uma área grande e a luz se abre grande. Para objetos pequenos a ponteira a laser tem uma área pequena e é perfeita para iluminar objetos pequenos a uma grande distância. Isso denominarmos de brilho. Sendo a área e a abertura angular menores, maior será o brilho. Isso abre perspectiva para estudarmos materiais como fármacos, cimento, petróleo, arqueologia, em escalas nanométricas. Trará a possibilidade de pesquisas que hoje não podem ser feitas no Brasil em qualquer área do conhecimento.

A expectativa, portanto, é que o Sirius atraia ainda mais pesquisadores estrangeiros para o Brasil; e não apenas da América Latina, mas também dos EUA e da Europa. Cerca de 20% dos usuários do UVX já são estrangeiros.

Curiosidades Sobre a Luz Sincrotron

Luz síncrotron é um tipo de radiação eletromagnética que permite a observação da estrutura interna dos materiais. Ela é emitida por elétrons em velocidade próxima a da luz quando a sua trajetória é desviada por um campo magnético.

Saúde

Na saúde, pesquisas feitas com luz síncrotron serão fundamentais para a identificação de proteínas e unidades intracelulares complexas, etapa importante para o desenvolvimento de novos medicamentos.

Agricultura

A luz síncrotron poderá ser usada para análise de solo, para o desenvolvimento de fertilizantes mais eficientes e baratos e ao mesmo tempo menos agressivo ao meio ambiente.

 

 

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