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Revista GC - Ed.55 - Dezembro 2014
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Balanços e Perspectivas

Perspectivas para 2015 o tom é de otimismo moderado

Líderes de importantes segmentos da construção e das concessões de infraestrutura fazem uma análise do que foi o ano de 2014 e antecipam o que esperam de 2015

Nem para os otimistas nem para os pessimistas. Em que pesem as dificuldades enfrentadas pelo País neste ano, sobretudo no segundo semestre, é necessário destacar as lições tiradas desse período, como faz Íria Doniak, presidente executiva da Associação Brasileira da Construção Industrializada (ABCIC).  Para ela, foi importante para o mercado ser confrontado com metas e cronogramas apertados, no caso das obras para a Copa do Mundo, e outros, levando ao inevitável e necessário desenvolvimento tecnológico e de aprendizado em diversas áreas da construção.

Romeu Ferraz Neto, presidente do Sinduscon/SP, vê o Brasil com desafios e duas lições de casa a cumprir, como melhorar a política econômica, realizar o ajuste, inspirando nova credibilidade e confiança no mercado. Ricardo Pinto Pinheiro, presidente-Executivo da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias – ABCR destaca que as perspectivas positivas para o ano de 2014 em sua área estão se confirmando, a partir do andamento das novas concessões rodoviárias e as perspectivas de nova rodada de concessões para 2015. As concessões se mantém como boa alternativa para o País e, ao lado das Parcerias Público Privadas, podem se consolidar como estratégia de ampliar os investimentos nas demandas de infraestrutura.

Íria Lícia Oliva Doniak

O ano de 2014, como sabemos, foi um ano atípico, pois além das incertezas usualmente presentes em um ano eleitoral, tivemos a realização da Copa do Mundo em nosso País. Embora com impacto negativo sobre as atividades econômicas em si, como demonstram vários economistas, para a Engenharia deixou um legado importante ao possibilitar, pelo desafio de cronogramas ousados e realização de grandes empreendimentos como as arenas, o emprego de diversas tecnologias, incluindo as estruturas pré-fabricadas de concreto que tiveram importante protagonismo neste cenário e também na construção dos aeroportos.

De uma forma conservadora, embora a sondagem de nosso setor realizada anualmente, pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) ainda não tenha sido concluída, podemos dizer que nosso índice de crescimento foi superior ao da construção civil em geral, pelo fato de que o sistema construtivo que representamos, tem sido resposta a baixa produt


Nem para os otimistas nem para os pessimistas. Em que pesem as dificuldades enfrentadas pelo País neste ano, sobretudo no segundo semestre, é necessário destacar as lições tiradas desse período, como faz Íria Doniak, presidente executiva da Associação Brasileira da Construção Industrializada (ABCIC).  Para ela, foi importante para o mercado ser confrontado com metas e cronogramas apertados, no caso das obras para a Copa do Mundo, e outros, levando ao inevitável e necessário desenvolvimento tecnológico e de aprendizado em diversas áreas da construção.

Romeu Ferraz Neto, presidente do Sinduscon/SP, vê o Brasil com desafios e duas lições de casa a cumprir, como melhorar a política econômica, realizar o ajuste, inspirando nova credibilidade e confiança no mercado. Ricardo Pinto Pinheiro, presidente-Executivo da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias – ABCR destaca que as perspectivas positivas para o ano de 2014 em sua área estão se confirmando, a partir do andamento das novas concessões rodoviárias e as perspectivas de nova rodada de concessões para 2015. As concessões se mantém como boa alternativa para o País e, ao lado das Parcerias Público Privadas, podem se consolidar como estratégia de ampliar os investimentos nas demandas de infraestrutura.

Íria Lícia Oliva Doniak

O ano de 2014, como sabemos, foi um ano atípico, pois além das incertezas usualmente presentes em um ano eleitoral, tivemos a realização da Copa do Mundo em nosso País. Embora com impacto negativo sobre as atividades econômicas em si, como demonstram vários economistas, para a Engenharia deixou um legado importante ao possibilitar, pelo desafio de cronogramas ousados e realização de grandes empreendimentos como as arenas, o emprego de diversas tecnologias, incluindo as estruturas pré-fabricadas de concreto que tiveram importante protagonismo neste cenário e também na construção dos aeroportos.

De uma forma conservadora, embora a sondagem de nosso setor realizada anualmente, pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) ainda não tenha sido concluída, podemos dizer que nosso índice de crescimento foi superior ao da construção civil em geral, pelo fato de que o sistema construtivo que representamos, tem sido resposta a baixa produtividade setorial. As demandas podem ter se retraído, no entanto a necessidade de maior velocidade na execução dos empreendimentos existentes tem se mantido.

Pós um ano em que o PIB apresentará possivelmente uma taxa de crescimento próxima a zero, há uma previsão de taxa de crescimento de 1,5% para o próximo ano.  Este fato está associado não somente ao impacto dos acontecimentos de 2014 mas também há outros fatores associados a conjuntura econômica conforme temos visto e ouvido dos economistas em diversos periódicos e eventos mais recentes.

Indiscutivelmente as políticas públicas deverão ser revistas face ao próprio resultado das eleições que demonstra um Brasil claramente dividido, que ensejará maior diálogo e especialmente o atendimento do clamor dos protestos que acompanhamos de uma sociedade, que com exceção dos vandalismos, saiu às ruas clamar especialmente por educação e mobilidade urbana. Uma etapa salutar que, se conduzida de forma a adequada, desembocará nas medidas necessárias para os ajustes da economia.

Construído este cenário, cremos será para nosso setor um período de manutenção de patamares já conquistados, considerando que para quebrar a inércia do segundo semestre há que pelo menos se trabalhar para reconquistar pelo menos em mais um. Não podemos esquecer que a construção civil tem um impacto importante sobre o PIB, que o programa habitacional vem evoluindo gradativamente e deve ser mantido. No entanto o que poderá efetivamente destravar e acelerar o processo é o investimento na infraestrutura, necessário inclusive para que o agronegócio – outro setor relevante – não perca em logística o que brilhantes trabalhos ao longo de décadas conquistaram em termos de produtividade no campo.

Tenho participado de diversos fóruns que vem debatendo o assunto e por anos consecutivos gerando propostas para a melhoria do setor da construção civil. Estudos recentes demonstram que o País vem perdendo competitividade por dois fatores principais: a taxa tributária e o câmbio. O primeiro deles, tem afetado diretamente a construção civil em alguns casos a bitributação e em outros a falta de isonomia tem impedido o desenvolvimento da industrialização, necessária para que haja a efetiva melhoria da produtividade.

Outros fatores já destacados em diversas análises e que merecem a atenção, dizem respeito a imprevisibilidade das obras, recente publicação do DECONCIC-FIESP, que recomendo a leitura, faz uma análise da responsabilidade com o investimento insistindo em aspectos já conhecidos como morosidade burocrática, qualificação de mão de obra entre outros (http://www.fiesp.com.br/?temas=observatorio-da-construcao).

Todos conhecemos os cenários, diagnósticos vem sem traçados ao longo de anos, vivemos em meio a previsões e possibilidades.  O que precisamos efetivamente é  de um “breakthrough”, um irrompimento que nos leve  a sair desta condição para ações efetivas.

Romeu Ferraz Neto

Para a construção, o ano de 2014 deverá fechar com um crescimento baixo, entre 0 e 1%, em comparação a 2013. A desaceleração da atividade do setor, que vinha desde 2012, prosseguiu no ano passado e também neste. Esta desaceleração foi mais acentuada no segmento imobiliário, com menos lançamentos e vendas em relação ao ano passado. O mesmo aconteceu nos segmentos de construção industrial e comercial, que sofreram a retração dos investimentos sentida por toda a economia em 2014.

O segmento de infraestrutura manteve-se registrando algum crescimento, em função das obras esportivas e de ampliação de aeroportos e construção de hidrelétricas, entre outras. Também o setor de habitação popular teve algum avanço, com o prosseguimento da construção das moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Dentro da expectativa de que a política econômica sofrerá um forte ajuste, em 2015 a construção ainda deverá registrar um desempenho semelhante ao de 2014. É provável que os investimentos voltem gradativamente, se o início do novo mandato da presidente Dilma Rousseff trouxer elementos de confiança.

Como a construção é uma atividade de longo prazo, a expectativa em relação a 2015 é de repetir o desempenho de 2014. O mercado imobiliário deverá continuar andando de lado, enquanto infraestrutura e habitação popular podem ter algum crescimento.

O governo tem basicamente duas lições de casa. Precisa melhorar a política econômica, realizando o ajuste, entregando o superávit que prometer, inspirando credibilidade, combatendo a inflação. E precisa adotar medidas microeconômicas, de modo a oxigenar o ambiente de negócios. Isso significa um comprometimento dos governos da União, dos Estados e dos Municípios, em desburocratizarem e agilizarem os processos de licenciamentos de empreendimentos. Significa estimular a produtividade na construção, mediante estímulos tributários à industrialização do setor, acompanhado de investimentos massivos em qualificação de mão de obra.

A evolução da construção depende fundamentalmente da confiança dos investidores e das famílias. Na medida em que essa confiança for se recuperando, a construção estará preparada para voltar a crescer de forma expressiva. Entretanto, numa perspectiva mais ampla, é preciso que o governo não descuide das reformas tão necessárias para o País, como a política, a tributária, a trabalhista e a previdenciária. Estamos há mais de 20 anos batendo nessa tecla, e o próximo governo terá uma chance histórica de realizá-la.

Ricardo Pinto Pinheiro

A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias – ABCR destaca que as perspectivas positivas para o ano de 2014 vem se confirmando. As concessões de rodovias continuam sendo a melhor alternativa para o País, que tem enormes desafios de investimento em infraestrutura, educação, saúde e segurança. O modelo também tem se apresentado como a opção para atender à crescente demanda gerada pelo aumento do nível de renda do brasileiro, que gera mais tráfego de pessoas e mercadorias e a consequente saturação das rodovias, sendo a principal alternativa utilizada para escoamento da produção agrícola brasileira.

Em agosto de 2014, as 53 concessionárias que formam a ABCR administravam 16.344 quilômetros de rodovias concedidas, número que deverá chegar a 19.302 quilômetros até o final deste ano, com o ingresso de mais quatro trechos. Para o próximo ano, está prevista a chegada de mais cinco concessões, ampliando em 2.738 quilômetros e superando assim a marca dos 20 mil quilômetros de rodovias concedidas no País. Nesse momento, a ABCR será composta por 62 empresas associadas, administrando 22.040 quilômetros de rodovias em doze estados da federação.

O ano de 2015 será também marcado pela relicitação da Ponte Rio-Niterói, primeira concessão realizada no país há 20 anos.  A renovação do contrato da ponte definirá uma tendência de administração desse modal. Há também boas perspectivas para o uso das PPPs como forma de alavancar ainda mais o setor, na medida em que os governos estaduais e municipais consigam equacionar os problemas fiscais ainda presentes nas maiorias das administrações.

A ABCR acredita que o caminho para se obter melhorias no sistema está no equilíbrio cada vez maior das relações entre os usuários de rodovias, poderes concedentes e empresas concessionárias, intermediadas por agências reguladoras como forma de desenvolver o modelo de concessão de rodovias mais adequado para o País.

 

 

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