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Revista GC - Ed.62 - Agosto 2015
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Editorial

Por uma agenda sustentável para a cadeia da construção

O mês de julho foi marcado pela celebração dos 15 anos de criação do Pacto Global da Organização das Nações Unidas pelo Desenvolvimento Sustentável do Planeta. Em encontro histórico no plenário da ONU, cerca de mil líderes mundiais de empresas, governos e organizações sociais reuniram-se para reafirmar os princípios do acordo, de promover contribuições permanentes e duradouras para a causa da sustentabilidade global. Representantes de grandes corporações ratificaram seu envolvimento na busca de novos modelos de negócios e pela formação de parcerias inovadoras, comprometidas com um futuro melhor para o planeta.

A Rede Brasileira do Pacto Global participou do evento com uma delegação de 22 organizações e 34 profissionais. Com 12 anos de existência e uma sólida parceria com o programa, a Rede Brasileira compartilhou, durante o evento, as tendências e boas práticas de negócios em temas-chave para o futuro da iniciativa. A experiência dos Grupos Temáticos da Rede Brasileira foi destaque em várias atividades da programação.

Exemplo dessa participação, Jorge Soto, diretor de Desenvolvimento Sustentável na Braskem, levou importantes contribuições para a sessão do Caring for Climate on Carbon Pricing, sobre precificação de carbono. Marcos Rossa, superintendente de Sustentabilidade do Grupo Libra, falou sobre o trabalho de capacitação em medidas de integridade, na reunião do Grupo de Trabalho internacional sobre o 10º Princípio Anticorrupção. Já Vanessa Tarantini, da


O mês de julho foi marcado pela celebração dos 15 anos de criação do Pacto Global da Organização das Nações Unidas pelo Desenvolvimento Sustentável do Planeta. Em encontro histórico no plenário da ONU, cerca de mil líderes mundiais de empresas, governos e organizações sociais reuniram-se para reafirmar os princípios do acordo, de promover contribuições permanentes e duradouras para a causa da sustentabilidade global. Representantes de grandes corporações ratificaram seu envolvimento na busca de novos modelos de negócios e pela formação de parcerias inovadoras, comprometidas com um futuro melhor para o planeta.

A Rede Brasileira do Pacto Global participou do evento com uma delegação de 22 organizações e 34 profissionais. Com 12 anos de existência e uma sólida parceria com o programa, a Rede Brasileira compartilhou, durante o evento, as tendências e boas práticas de negócios em temas-chave para o futuro da iniciativa. A experiência dos Grupos Temáticos da Rede Brasileira foi destaque em várias atividades da programação.

Exemplo dessa participação, Jorge Soto, diretor de Desenvolvimento Sustentável na Braskem, levou importantes contribuições para a sessão do Caring for Climate on Carbon Pricing, sobre precificação de carbono. Marcos Rossa, superintendente de Sustentabilidade do Grupo Libra, falou sobre o trabalho de capacitação em medidas de integridade, na reunião do Grupo de Trabalho internacional sobre o 10º Princípio Anticorrupção. Já Vanessa Tarantini, da Secretaria Executiva da Rede Brasileira do Pacto Global, compartilhou ações em prol da promoção dos direitos para todos no mundo do trabalho, independentemente da orientação sexual, e relatou o atual envolvimento da Rede nos debates sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos e Empresas, em fase de elaboração.

O Pacto Global advoga dez Princípios Universais, derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos; da Declaração da Organização Internacional do Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho; da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção. São eles:

As empresas devem apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos reconhecidos internacionalmente;

Devem assegurar-se de sua não participação em violações destes direitos;

Apoiam a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva;

Comprometem-se a eliminar todas as formas de trabalho forçado ou compulsório;

Devem assegurar a abolição efetiva do trabalho infantil;

Comprometem-se a eliminar a discriminação no emprego;

Apoiam a abordagem sobre os desafios ambientais;

Empenham-se em desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental;

Incentivam o desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis;

Devem combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina;

O Brasil e as empresas brasileiras têm muito a contribuir para a agenda de desenvolvimento sustentável, principalmente as que fazem parte da cadeia da construção. Por muitas décadas, esta atividade produtiva foi reconhecida com grande vilã neste cenário, por gerar grandes impactos ambientais, seja pelo elevado consumo de recursos naturais, pela modificação da paisagem, ou pela geração de grande volume de resíduos.

Essa postura tem mudado significativamente, nos últimos anos, o que nos enche de orgulho. A cadeia da construção assumiu o desafio de contribuir para o desenvolvimento do País, gerar empregos, riquezas e qualidade de vida, ao mesmo tempo em que diminui o consumo de energia e de recursos básicos como água e madeira. Empresas e profissionais dedicam-se ao desenvolvimento de tecnologias ecologicamente adaptadas, com base em fontes energéticas renováveis e que permitam a redução da emissão de gases do efeito estufa.

A agenda da construção sustentável inclui, ainda, a adoção, em escala progressiva, da industrialização dos canteiros de obras, o que contribui para a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas, além de assegurar aos profissionais do setor condições mais confortáveis e dignas de trabalho.

Muito está sendo feito, mas há ainda um longo caminho a ser percorrido. Precisamos que mais empresas comecem a enfrentar as reais necessidades de nosso tempo, compreendendo que sociedades saudáveis e mercados prósperos andam lado-a-lado.

Paulo Oscar Auler Neto

Vice-presidente da Sobratema

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