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Revista GC - Ed.0 -
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Energia

Pré-Sal desafia a indústria mundial

“Nossa demanda está levando a capacidade da indústria mundial ao seu limite. Nosso plano de investimentos – que é o maior do mundo – é um programa estratégico e fundamental, que viabiliza o crescimento da Petrobras, da cadeia de fornecedores e do Brasil. E isso, no futuro, será ainda maior.” A declaração, feita pelo presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, em palestra realizada no Clube Militar, no Rio de Janeiro, no final de outubro, dá a exata dimensão do impacto que a expansão da capacidade de produção da empresa causará junto a toda a cadeia de suprimento para a produção de petróleo e gás, nos próximos anos, não só no Brasil, mas em escala internacional.

A afirmação do presidente da Petrobras se respalda no programa de investimentos da estatal, que prevê, segundo sua assessoria de imprensa, a aplicação de recursos da ordem de US$ 174,4 bilhões, nos próximos cinco anos. Só para cobrir as despesas com fornecedores nacionais estão sendo investidos US$ 100,9 bilhões, o que equivale a uma média anual de US$ 20 bilhões. Para atividades de Exploração e Produção, serão destinados US$ 92 bilhões entre 2009 e 2013, sendo US$ 28,9 bilhões para desenvolvimento do Pré-Sal – região que receberá, até 2020, investimentos de US$ 111,4 bilhões.

O plano de negócios da empresa prevê a construção de cinco novas refinarias nos próximos 11 anos, praticamente dobrando a atual capacidade de refino no Brasil. São elas a refinaria Abreu e Lima (Pernambuco), Clara Camarão (Rio Grande do Norte), Premium I (Maranhão) e Premium II (Ceará), e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que juntas exigirão um volume de recursos de aproximadamente US$ 47,8 bilhões.

As refinarias Premium I e II terão capacidade para produzir 600 mil e 300 mil barris/dia, respectivamente. A Abreu e Lima, que está sendo construída em parceira com a estatal venezuelana PDVSA, adicionará 200 mil barris diários à capacidade de refino da Petrobras. A Clara Camarão, por sua vez, contribuirá com 30 mil barris/dia, enquanto o Comperj terá capacidade para refinar 150 mil barris/dia.

Está prevista ainda a contratação de 156 embarcações (navios-sondas e plataformas), no período entre 2009 e 2013, além da compra de 28 sondas novas, sete das quais


“Nossa demanda está levando a capacidade da indústria mundial ao seu limite. Nosso plano de investimentos – que é o maior do mundo – é um programa estratégico e fundamental, que viabiliza o crescimento da Petrobras, da cadeia de fornecedores e do Brasil. E isso, no futuro, será ainda maior.” A declaração, feita pelo presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, em palestra realizada no Clube Militar, no Rio de Janeiro, no final de outubro, dá a exata dimensão do impacto que a expansão da capacidade de produção da empresa causará junto a toda a cadeia de suprimento para a produção de petróleo e gás, nos próximos anos, não só no Brasil, mas em escala internacional.

A afirmação do presidente da Petrobras se respalda no programa de investimentos da estatal, que prevê, segundo sua assessoria de imprensa, a aplicação de recursos da ordem de US$ 174,4 bilhões, nos próximos cinco anos. Só para cobrir as despesas com fornecedores nacionais estão sendo investidos US$ 100,9 bilhões, o que equivale a uma média anual de US$ 20 bilhões. Para atividades de Exploração e Produção, serão destinados US$ 92 bilhões entre 2009 e 2013, sendo US$ 28,9 bilhões para desenvolvimento do Pré-Sal – região que receberá, até 2020, investimentos de US$ 111,4 bilhões.

O plano de negócios da empresa prevê a construção de cinco novas refinarias nos próximos 11 anos, praticamente dobrando a atual capacidade de refino no Brasil. São elas a refinaria Abreu e Lima (Pernambuco), Clara Camarão (Rio Grande do Norte), Premium I (Maranhão) e Premium II (Ceará), e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que juntas exigirão um volume de recursos de aproximadamente US$ 47,8 bilhões.

As refinarias Premium I e II terão capacidade para produzir 600 mil e 300 mil barris/dia, respectivamente. A Abreu e Lima, que está sendo construída em parceira com a estatal venezuelana PDVSA, adicionará 200 mil barris diários à capacidade de refino da Petrobras. A Clara Camarão, por sua vez, contribuirá com 30 mil barris/dia, enquanto o Comperj terá capacidade para refinar 150 mil barris/dia.

Está prevista ainda a contratação de 156 embarcações (navios-sondas e plataformas), no período entre 2009 e 2013, além da compra de 28 sondas novas, sete das quais tiveram seus editais para compra publicados no dia 16 de outubro. Outras 19 sondas serão fretadas, desde que sejam construídas no Brasil.

O programa, no entanto, tem um grande desafio a ser superado: a capacidade instalada da indústria de bens e serviços, insuficiente para atender às demandas previstas pela estatal. Para superar essas limitações, a Petrobras poderá recorrer a algumas vantagens competitivas já identificadas, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento da cadeia de suprimentos. Graças à sua capacidade de alavancagem e ao volume de compras envolvido, a empresa poderá, por exemplo, firmar contratos de longo prazo com os fornecedores, o que se traduz em garantia para captação de investimentos.

Poderá, ainda, antecipar contratos, dar suporte a fornecedores estratégicos, captar recursos e atrair novos parceiros. Tudo isso alicerçado num programa agressivo de licitações para enfrentar os desafios de produção dos próximos anos.

Recursos humanos

O presidente da Petrobras destacou ainda a necessidade de investimentos em recursos humanos. “É possível que, no futuro, tenhamos algumas limitações de mão de obra, porque o volume de demanda por técnicos especializados vai crescer. É necessário investir em treinamento, em novas indústrias e densificar a cadeia produtiva, para que o pré-sal possa se desenvolver com a rapidez adequada”, afirmou Gabrielli. Ele ressaltou o papel do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp l). De acordo com estimativas da Petrobras, pelo menos 247 mil pessoas terão que ser treinadas até 2013, para atender ao programa de crescimento da empresa.

Carlos Maurício de Paula Barros, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), reconhece que a carência por profissionais qualificados neste setor, principalmente para cargos de alto escalão e média gerência, já está sendo sentida no Brasil, tanto para atividades conhecidas como upstream (exploração, perfuração e produção) quanto para downstream (transporte, distribuição e comercialização), equipamentos e construção.

“Trata-se de uma área muito aquecida nas várias regiões produtoras do mundo, e agora ainda mais no Brasil”, afirma.

Ele lembra que a indústria de petróleo e gás, no Brasil, passou ao largo da crise e das oscilações de preço no mercado internacional, e continua sendo o setor que mais cresce, com projetos de longo prazo e expectativas criadas principalmente a partir da descoberta das reservas na linha do pré-sal. Para o presidente da Abemi, o profissional brasileiro tem boa formação e flexibilidade, o que é fundamental em um mercado onde operam empresas multinacionais. Mas ainda temos grande carência de pessoas com experiência profissional elevada.

“A formação técnica ainda está centralizada na Petrobras. Por isso, a atuação de contratações, principalmente para média e alta gerência, se estende a profissionais brasileiros que vivem em outros países e também a executivos de outras nacionalidades. Acredito que o número de brasileiros preparados para as funções demandadas pelo setor só tende a crescer. Essa é uma tendência mundial. Vinte anos atrás, o mercado internacional era dominado por engenheiros britânicos e americanos. Hoje a aposta das empresas é na força de trabalho local”, garante.

De acordo com pesquisa realizada pela Abemi, até 2012, 130 mil pessoas serão capacitadas na área, das quais 90% somente no Estado do Rio de Janeiro. “Ainda assim, mesmo com uma ampla oferta de profissionais em cada um dos mercados domésticos, é preciso ter em mente que é da própria natureza do negócio intercambiar pessoal qualificado nas diversas regiões do mundo. Nenhum país é capaz de atender a todas as suas necessidades apenas com talentos domésticos e, nesse setor, é fundamental a disponibilidade para trabalhar em operações internacionais. Para isso o domínio do idioma Inglês e habilidades interpessoais são necessárias”, aconselha dirigente.

Desenvolvimento tecnológico

Outro grande desafio a ser transposto, para a consolidação do plano de negócios da Petrobras, é o desenvolvimento tecnológico. Sergio Gabrielli destaca a importância do investimento em tecnologia: “É fundamental que nossa área trabalhe na fronteira tecnológica. Nesta fronteira mundial, trabalhamos com o nosso Centro de Pesquisas, mas criamos 38 redes temáticas envolvendo mais 70 instituições de pesquisa no Brasil inteiro, com cerca de 422 convênios para pesquisas. Mais do que dar condições para os pesquisadores, estamos montando laboratórios de primeiro mundo nas universidades”.

Ele voltou a fazer uma veemente defesa da adoção da política de conteúdo nacional aplicada pela estatal e afirmou que a companhia apenas garante empregos no Brasil em setores da indústria que terão uma \"curva de aprendizado\" até atingir padrões internacionais de competitividade.

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