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Revista GC - Ed.66 - Jan/Fev 2016
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Concreto Hoje

Seguindo em bloco para um futuro concreto

Alvenaria estrutural apresenta queda de 20% em 2015, mas setor tem projeções positivas para o futuro, principalmente acerca da normatização para pavimentos permeáveis de concreto.

Programa Minha Casa, Minha Vida, um dos principais consumidores da tecnologia da construção por blocos de concreto

A Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto (Bloco Brasil) estima que há uma capacidade nominal de produção de 1 bilhão de peças por ano. Nos últimos seis anos, somente o programa Minha Casa, Minha Vida – um dos principais consumidores dessa tecnologia na década – consumiu 450 milhões de blocos anualmente. O outro grande mercado para a tecnologia é o setor imobiliário de investimentos individuais ou privados, principalmente para imóveis da classe média social. Esse teria consumido 90 milhões de bloco por ano.

Segundo o consultor técnico da Bloco Brasil, o arquiteto Carlos Alberto Tauil, esse mercado, denominado como o de Alvenaria Estrutural de Blocos de Concreto, foi se firmando em São Paulo a partir dos anos 1970, principalmente com a utilização em obras de habitação popular como as Cohabs e os CDHUs. “Nos últimos 10 anos, porém, ele se desenvolveu em outras regiões, como nos estados do Sul, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Centro-Oeste e no Nordeste. A tecnologia foi levada a esses estados por empresas imobiliárias de São Paulo e pelo programa Minha Casa, Minha Vida”, diz.

Em 2015, a exemplo de todo o setor da construção civil – que fechou o ano com queda de 8%, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) – o setor de alvenaria estrutural de blocos de concreto também não foi bem. A queda foi ainda pior do que a de todo o setor da construção, chegando a 20%. Mas há projeções positivas para o futuro.

Isso porque, de acordo com o arquiteto, o aumento do consumo de peças de concreto para pavimentos permeáveis deve alterar o mix de produtos fabricados pelas empresas associadas à BlocoBrasil. Isso, claro, para aqueles que tenham esses produtos devidamente certificados. Para o setor, seria uma espécie de incursão em um novo mercado, oportunidade essa aberta pela aprovação da nova norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em junho de 2015.

Para Cláudio Oliveira, gerente de indústria, inovação e sustentabilidade da Associação Brasileira de Cimento e Portland (ABCP) e coordenador da co


Programa Minha Casa, Minha Vida, um dos principais consumidores da tecnologia da construção por blocos de concreto

A Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto (Bloco Brasil) estima que há uma capacidade nominal de produção de 1 bilhão de peças por ano. Nos últimos seis anos, somente o programa Minha Casa, Minha Vida – um dos principais consumidores dessa tecnologia na década – consumiu 450 milhões de blocos anualmente. O outro grande mercado para a tecnologia é o setor imobiliário de investimentos individuais ou privados, principalmente para imóveis da classe média social. Esse teria consumido 90 milhões de bloco por ano.

Segundo o consultor técnico da Bloco Brasil, o arquiteto Carlos Alberto Tauil, esse mercado, denominado como o de Alvenaria Estrutural de Blocos de Concreto, foi se firmando em São Paulo a partir dos anos 1970, principalmente com a utilização em obras de habitação popular como as Cohabs e os CDHUs. “Nos últimos 10 anos, porém, ele se desenvolveu em outras regiões, como nos estados do Sul, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Centro-Oeste e no Nordeste. A tecnologia foi levada a esses estados por empresas imobiliárias de São Paulo e pelo programa Minha Casa, Minha Vida”, diz.

Em 2015, a exemplo de todo o setor da construção civil – que fechou o ano com queda de 8%, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) – o setor de alvenaria estrutural de blocos de concreto também não foi bem. A queda foi ainda pior do que a de todo o setor da construção, chegando a 20%. Mas há projeções positivas para o futuro.

Isso porque, de acordo com o arquiteto, o aumento do consumo de peças de concreto para pavimentos permeáveis deve alterar o mix de produtos fabricados pelas empresas associadas à BlocoBrasil. Isso, claro, para aqueles que tenham esses produtos devidamente certificados. Para o setor, seria uma espécie de incursão em um novo mercado, oportunidade essa aberta pela aprovação da nova norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em junho de 2015.

Para Cláudio Oliveira, gerente de indústria, inovação e sustentabilidade da Associação Brasileira de Cimento e Portland (ABCP) e coordenador da comissão responsável pelo desenvolvimento dessa normatização na ABNT (CB18), “a norma preenche uma lacuna ao estabelecer os requisitos mínimos exigíveis ao projeto, especificação, execução e manutenção de pavimentos permeáveis de concreto, sejam eles construídos com revestimentos de peças de concreto intertravadas, placas de concreto ou pavimento de concreto moldado in loco”. “A norma estabelece as diretrizes para a correta utilização dos sistemas permeáveis a base de cimento, que aumentam as áreas permeáveis nas cidades, ajudando a minimizar a ocorrência de enchentes. Afinal, elimina a água de escoamento superficial e permite que as águas das chuvas possam se infiltrar no solo e abastecer o lençol freático”, disse ele, em entrevista para o informativo da Bloco Brasil em setembro do ano passado.

Contra concorrentes, como o setor de pré-fabricados de concreto, Tauil ressalta que as alvenarias estruturais podem dispensar a utilização de equipamentos de grande porte, como gruas e guindastes. “Em contraponto, se o processo for paletizado, esses equipamentos podem vir à cena para otimizar a movimentação dos blocos, em consonância com a movimentação necessária para escadas, lajes e vergas pré-fabricadas usadas em conjunto com a alvenaria estrutural em obras”, diz ele. “Porém, no sistema pré-fabricado de concreto, é indispensável a utilização de equipamentos de grande porte para movimentação das peças que, geralmente, pesam entre 3 e 20 toneladas. O mesmo não é regra para a alvenaria estrutural”, completa.

O arquiteto reconhece, no entanto, que, atualmente, a maioria das indústrias de blocos de concreto paletizam os blocos e, portanto, vêm ampliando o uso de equipamentos para transporte desses materiais em obra. “A tendência é que as obras de alvenaria estrutural reduzam o contingente de mão de obra de serventes nos canteiros para o transporte de blocos nos próximos anos”, diz.

Com esse cenário e essas projeções, a Bloco Brasil diz reunir uma centena de associados, provenientes de 12 estados brasileiros e que têm sua qualidade atestada para o mercado graças à necessidade de que todas devem possuir a qualificação (Selo de Qualidade) da ABCP.

 

 

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