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Revista GC - Ed.38 - Junho 2013
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Matéria de Capa - Construction Expo 2013

Setor de equipamentos em compasso de espera

O Brasil precisa vencer sua incapacidade política de alavancar, na velocidade necessária, os projetos de investimento, para que as previsões de crescimento do setor de equipamentos se confirmem. A análise é do jornalista econômico britânico e consultor da Sobratema, Brian Nicholson, a respeito do estudo da entidade, apresentado no seminário Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção. A apresentação ocorreu no terceiro e último dia do Construction Congresso.

Em vista do panorama nacional que se apresenta para 2013, os equipamentos para construção da chamada Linha Amarela deverâo ter um crescimento de 13%, principalmente em relação a escavadeiras, motoniveladoras e rolos compressores. Já até 2017, a prospecção indica que o crescimento anual deva ser de cerca de 10%.

Entretanto, mesmo não existindo falta aparente de projetos (já que o déficit de obras para infraestrutura é grande) nem de recursos para investimentos, alguns possíveis fatores internos podem limitar o crescimento esperado para o mercado brasileiro de equipamentos, além da mencionada incapacidade de tocar e gerenciar obras: subinvestimento continuado na infraestrutura; crescimento econômico baixo; e gargalos, como a falta de mão de obra especializada. De fora do Brasil, ocorrências negativas também podem comprometer o desempenho nacional, como a queda na demanda global para commodities e o clima geral de insegurança internacional.

Entre as ações governamentais esperadas, e necessárias, Brian Nicholson aponta o anúncio de um investimento superior a R$ 470 bilhões no programa de construção e melhoria de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, sistemas de óleo e gás e geração e transmissão de energia. Mas, o analista alerta para o fato de que tudo isso pode estar sendo comprometido com as notícias de atrasos nas ações governamentais, como vem ocorrendo, por exemplo, no caso das concessões em geral.

O estudo da Sobratema, realizado em maio de 2013, abrange 39 empresas (21 construtoras e 18 locadoras), em todo o território nacional, representando uma frota total de 15,5 mil máquinas.

Grande porcentagem do segmento de compradores de equipamentos de construção consultados vê com


O Brasil precisa vencer sua incapacidade política de alavancar, na velocidade necessária, os projetos de investimento, para que as previsões de crescimento do setor de equipamentos se confirmem. A análise é do jornalista econômico britânico e consultor da Sobratema, Brian Nicholson, a respeito do estudo da entidade, apresentado no seminário Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção. A apresentação ocorreu no terceiro e último dia do Construction Congresso.

Em vista do panorama nacional que se apresenta para 2013, os equipamentos para construção da chamada Linha Amarela deverâo ter um crescimento de 13%, principalmente em relação a escavadeiras, motoniveladoras e rolos compressores. Já até 2017, a prospecção indica que o crescimento anual deva ser de cerca de 10%.

Entretanto, mesmo não existindo falta aparente de projetos (já que o déficit de obras para infraestrutura é grande) nem de recursos para investimentos, alguns possíveis fatores internos podem limitar o crescimento esperado para o mercado brasileiro de equipamentos, além da mencionada incapacidade de tocar e gerenciar obras: subinvestimento continuado na infraestrutura; crescimento econômico baixo; e gargalos, como a falta de mão de obra especializada. De fora do Brasil, ocorrências negativas também podem comprometer o desempenho nacional, como a queda na demanda global para commodities e o clima geral de insegurança internacional.

Entre as ações governamentais esperadas, e necessárias, Brian Nicholson aponta o anúncio de um investimento superior a R$ 470 bilhões no programa de construção e melhoria de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, sistemas de óleo e gás e geração e transmissão de energia. Mas, o analista alerta para o fato de que tudo isso pode estar sendo comprometido com as notícias de atrasos nas ações governamentais, como vem ocorrendo, por exemplo, no caso das concessões em geral.

O estudo da Sobratema, realizado em maio de 2013, abrange 39 empresas (21 construtoras e 18 locadoras), em todo o território nacional, representando uma frota total de 15,5 mil máquinas.

Grande porcentagem do segmento de compradores de equipamentos de construção consultados vê com ceticismo o impacto das concessões, ainda em 2013, tanto sobre as empresas propriamente ditas como sobre o setor da construção, de acordo com a pesquisa. As fichas de expectativas promissoras estão sendo apostadas maciçamente em 2014.

Entre as construtoras, somente 19% acreditam que o ano de 2013 está perdendo para 2012. Já 44% das locadoras se julgam mais prejudicadas neste ano do que no período anterior. No geral, são as empresas menores (com frota de até 323 equipamentos) que julgam que seu desempenho em 2013 está sendo pior em relação às suas expectativas iniciais.

No que toca às causas que vêm provocando os atrasos em obras públicas, as empresas apontam principalmente as dificuldades no licenciamento, seguidas de problemas na liberação de verbas e na licitação.

Questionadas sobre a contratação de serviços para obras (estádio, mobilidade urbana, aeroportos, etc.) relacionadas com os grandes eventos esportivos que se realizarão no Brasil (Copa 2014 e Olimpíada 2016), a maioria das empresas (47%) afirma que os efeitos ainda são poucos. Só as grandes organizações, que detêm as maiores frotas de equipamentos, dizem ter conseguido muitos contratos decorrentes dessas obras.

Comparada com a expectativa do setor no início de 2013, a demanda para equipamento de construção, até agora, tem sido menor que a esperada, marcantemente para as pequenas empresas (com frota média de 239 máquinas), e maior, para as grandes (frota de mais de 640 equipamentos).

Rental, um mercado em expansão

O setor de locação de máquinas e equipamentos para construção, composto por cerca de cinco mil empresas, está em contínuo crescimento no mercado brasileiro. Segundo estimativas da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção) do total de máquinas para a indústria da construção civil que circulam pelos canteiros de obras no País, 30% se destina ao mercado de locação. “Há 10 anos este mercado representava 15%”, diz Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema.

Segmento novo, com cerca de 40 anos no máximo e responsável por aproximadamente 100 mil empregos diretos, o setor rental é extremamente importante para o País. Ele movimenta um volume de R$ 3,5 bilhões por ano, quando o tamanho do mercado está avaliado em R$ 6 bilhões. “Atualmente, o rental chega a representar cerca de 70% da frota de elevadores e plataforma em utilização nas obras brasileiras”, contabiliza Daniel.

Segundo Daniel, que é presidente da empresa Escad, uma das maiores no Brasil no segmento de locação, o rental na cadeia da construção tem crescido sempre acima do PIB brasileiro. “Cerca de 50% dos equipamentos vendidos na Bahia têm sido para suprir a demanda do rental”, completa Artur Luiz Brandão Vieira, presidente da Associação Baiana de Empresas Locadoras de Máquinas e Equipamentos (Abelme). Em Minas Gerais, a média de crescimento tem sido da ordem de 10% ao ano, percentagem não alcançada nos anos 2011 e 2012. Já os empresários do estado de Pernambuco têm expectativa de que as obras do PAC paradas nos dois últimos anos voltem a andar para desafogar os pátios das empresas que estão superestocadas.

No entender dos presidentes das várias entidades que compõem o segmento, o bom desempenho do rental, nada mais é do que o reflexo das vantagens que a locação de máquinas oferecem, quando comparadas à compra de equipamentos. Entre elas, a disponibilização do valor que seria gasto em máquinas e encargos adicionais, a oferta de equipamentos de acordo com o volume de trabalho, fazendo com que os gastos com eles sejam proporcionais à demanda, e à responsabilidade de manutenção, que fica a cargo da locadora.

As vantagens que o aluguel de equipamentos pesados proporciona, portanto, é transformada e verificada no dia a dia dos negócios. A certeza de ter a máquina em tempo integral é o maior atrativo. Não bastasse, junta-se aos benefícios a proteção contra as instabilidades da economia brasileira. Em um momento de forte oscilação do dólar, com interferências do governo brasileiro e do cenário internacional, quem importa maquinário fica refém do câmbio. A moeda americana tem se valorizado em relação ao real. O empreendedor que comprar uma máquina terá, além do risco de seu próprio negócio, a incerteza da cotação do dólar. Aumento da capacidade de financiamento, controle de custos, utilização de equipamentos adequados e apoio do locador também são apontados como vantagem para quem vai alugar.

As empresas da área estão reunindo ideias de profissionais ligados ao setor para agregar conhecimento de negócios e ficar mais perto de mercados maduros, como o do Reino Unido, onde a porcentagem de maquinário alugado em relação ao total chega a 80%. No Brasil, esta parcela está em 30%, embora o setor possua equipamentos de ponta e não deixando nada a desejar quando comparados aos mercados internacionais. “Pelo fato de sermos locadores, temos condições de oferecer equipamentos de última geração. Os países que mais têm evoluído têm sido a Alemanha e Estados Unidos”, explica Marco Aurélio de Cerqueira, presidente do Sindicato das Empresas Locadoras de Equipamentos, Máquinas, Ferramentas e Serviços Afins do Estado de Minas Gerais (Sindileq-MG).

 

 

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