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Revista GC - Ed.69 - Maio 2016
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Concreto Hoje

Setor de pré-fabricados passa por período de acomodação

Indústrias do setor diminuíram a capacidade de produção, adequando a produtividade na mesma medida da redução da demanda do mercado

Até 2012, o setor de pré-fabricados de concreto cresceu. O maior destaque foi nos cinco anos anteriores a esse, quando o incremento superou a taxa média de 10%. Para 2013, a expectativa era positiva, assim como para os anos subsequentes. Mas não foi o que ocorreu, como mostra a sondagem mais recente da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), publicada no Anuário de 2015 da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic).

O estudo avalia dados de 2014, quando a produção de pré-fabricados chegou a 1,03 milhão de metros cúbicos, representando redução de 3,2% em relação ao ano anterior. Em 2015 o número foi certamente menor ainda, adianta Íria Doniak, presidente da Abcic, e para este ano as projeções também não são positivas.

Na sondagem da FGV, que deve trazer os resultados consolidados de 2015 somente no segundo semestre deste ano, há o contraponto de que a produção da indústria de pré-fabricados de concreto caiu menos que a de outros mercados do setor. Afinal, o índice feito pela própria instituição medindo a cadeia de materiais de construção como um todo, apresentou queda de quase 6% (praticamente o dobro do pré-fabricado) no período.

Assim como ocorreu em todo o setor da construção, também houve redução na capacidade de produção instalada na indústria de pré-fabricados, que passou de 1,678 milhão de m³/ano em 2013 para 1,635 milhão m³/a em 2014. Isso, aliás, demonstra que o setor trabalha com adequação de produtividade quase que instantânea e na mesma medida da redução da demanda.

Concentração e oportunidades

Mesmo com a redução geral no mercado de pré-fabricados, a produção medida nas empresas maiores do setor, que fabricam mais de 100 mil m³, cresceu 7,7% em média. As menores da cadeia, com produção de até 10 mil³, também cresceram, transparecendo que as duas pontas da cadeia produtiva sofreram menos. Portanto, foram as empresas de tamanho médio (de 100 a 500 empregados e que representam 61% do setor) as responsáveis pela queda geral nos números de 2014.

Resultado em escala

A queda na produção reflete o menor consumo de cimento nesse mercado, fechado, 10,7% menor que o registrado no ano anterior, chegando a 379,3


Até 2012, o setor de pré-fabricados de concreto cresceu. O maior destaque foi nos cinco anos anteriores a esse, quando o incremento superou a taxa média de 10%. Para 2013, a expectativa era positiva, assim como para os anos subsequentes. Mas não foi o que ocorreu, como mostra a sondagem mais recente da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), publicada no Anuário de 2015 da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic).

O estudo avalia dados de 2014, quando a produção de pré-fabricados chegou a 1,03 milhão de metros cúbicos, representando redução de 3,2% em relação ao ano anterior. Em 2015 o número foi certamente menor ainda, adianta Íria Doniak, presidente da Abcic, e para este ano as projeções também não são positivas.

Na sondagem da FGV, que deve trazer os resultados consolidados de 2015 somente no segundo semestre deste ano, há o contraponto de que a produção da indústria de pré-fabricados de concreto caiu menos que a de outros mercados do setor. Afinal, o índice feito pela própria instituição medindo a cadeia de materiais de construção como um todo, apresentou queda de quase 6% (praticamente o dobro do pré-fabricado) no período.

Assim como ocorreu em todo o setor da construção, também houve redução na capacidade de produção instalada na indústria de pré-fabricados, que passou de 1,678 milhão de m³/ano em 2013 para 1,635 milhão m³/a em 2014. Isso, aliás, demonstra que o setor trabalha com adequação de produtividade quase que instantânea e na mesma medida da redução da demanda.

Concentração e oportunidades

Mesmo com a redução geral no mercado de pré-fabricados, a produção medida nas empresas maiores do setor, que fabricam mais de 100 mil m³, cresceu 7,7% em média. As menores da cadeia, com produção de até 10 mil³, também cresceram, transparecendo que as duas pontas da cadeia produtiva sofreram menos. Portanto, foram as empresas de tamanho médio (de 100 a 500 empregados e que representam 61% do setor) as responsáveis pela queda geral nos números de 2014.

Resultado em escala

A queda na produção reflete o menor consumo de cimento nesse mercado, fechado, 10,7% menor que o registrado no ano anterior, chegando a 379,3 mil toneladas anuais. Todavia, o estudo deixa claro que o menor consumo de cimento não está totalmente associado à baixa do mercado, pois houve mudanças no processo tecnológico que levaram as empresas a reduzir o uso do insumo enquanto ampliavam o consumo de aço em 12,6% no mesmo ano.

Exatamente: o perfil de mudança tecnológica na produção do pré-fabricado de concreto tem favorecido diretamente a demanda de aço, que é o principal concorrente do pré-fabricado de concreto quando produzido em forma de perfis e utilizado como estrutura de edificações. Esse, claro, não é o mesmo uso crescente relatado pela FGV, que envolve especificamente as cordoalhas, fios e vergalhões de aço.

Em relação a 2013, a produção de concreto armado – que utiliza mais aço – aumentou, passando de 40,5% para quase 45% da representatividade das peças pré-fabricadas produzidas no Brasil. Portanto, a sondagem mostra que o concreto protendido vem perdendo espaço, apesar de continuar sendo a maioria dos 1,03 milhão de m³ produzidos pelas empresas de pré-fabricado associadas à Abcic em 2014.

Os investimentos realizados em 2014 e a previsão de investimentos para os anos seguintes também caíram na indústria de pré-fabricados de concreto. Enquanto em 2013 as empresas entrevistadas apontavam intenção de investir até 15,5% mais no ano seguinte, em 2014 essa expectativa ficou, na média, zerada.

Infraestrutura puxa queda

Não é possível descolar o setor de pré-fabricados de concreto dos investimentos em infraestrutura pesada, assim como ocorre com outros indicadores da construção civil. Na avaliação da FGV, aliás, a queda do setor está atrelada ao término das obras para a Copa do Mundo e de outros grandes projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), assim como à redução da capacidade de investimentos do governo federal.

Os índices do setor de pré-fabricados são claros nesse sentido, mostrando que o fornecimento para o mercado de infraestrutura, que chegou a ser o terceiro mais importante para o setor na expectativa para 2014, passou a ser o sexto em nível de importância quando se mediu expectativa para 2015. E foi o que a sondagem constatou, ao apurar que Infraestrutura e Obras Especiais representaram pouco mais de 8% no volume de pré-fabricado distribuído naquele momento.

As obras de shopping centers, por sua vez, tomaram a dianteira do setor, representando mais de 30% da distribuição de pré-fabricados realizados durante 2015. O setor habitacional, por outro lado, se manteve com a menor participação da cadeia, com 5,3%.

 

 

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