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Revista GC - Ed.71 - Julho 2016
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Concreto Hoje

Sub-base de CCR é preferência na pavimentação das rodovias brasileiras

De consistência seca, esse tipo de concreto permite uma aplicação rápida em relação a outras opções, além de apresentar maior durabilidade e resistência à erosão.

Uma tendência que começou a ser empregada no Brasil na década de 1980 hoje se consolida nas principais obras das rodovias brasileiras. Trata-se do concreto compactado a rolo, mais conhecido pela sigla CCR. A afirmação é do líder especialista em pavimentação da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Marcos Dutra de Carvalho, segundo o qual esse tipo de concreto é usado como sub-base na pavimentação de praticamente todas as grandes rodovias do país.

Como exemplo, Carvalho cita as rodovias Castelo Branco, NovaDutra e Imigrantes. “Atualmente, o CCR é uma das melhores alternativas de sub-base para pavimento de concreto simples. Além da aplicação rápida e prática em comparação a outras opções, ele possui maior durabilidade e resistência à erosão”, salienta.

A tecnologia é composta pelos mesmos materiais do concreto convencional, ou seja, cimento, brita, areia, água e, eventualmente, aditivos. A diferença, no entanto, está na dosagem, que faz do CCR um concreto de consistência seca, semelhante à terra úmida, o que permite o seu adensamento com rolos compactadores. Além disso, essa consistência possibilita que novas camadas de concreto sejam lançadas imediatamente após o adensamento da camada anterior, aumentando a velocidade de execução.

Sobre a escolha do tipo de cimento utilizado, o especialista da ABCP explica que não existe nenhuma recomendação específica ou restrição. “Desde que o cimento atenda às normas brasileiras, ele pode ser utilizado na produção”, diz. De acordo com Carvalho, o consumo de cimento gira em torno de 80 kg/m3 a 130 kg/m3, dependendo dos materiais utilizados e da resistência mecânica especificada em projeto.

Segundo artigo publicado no portal da Cimento Itambé em 2009, as britas e areia também devem se adequar às normatizações, com o cuidado de não ultrapassarem o tamanho máximo de 38 mm. Outra preocupação que deve ser levada em consideração é a distribuição de finos adequada para o correto preenchimento dos vazios, uma vez que a boa distribuição granulométrica facilita o trabalho dos equipamen


De consistência seca, esse tipo de concreto permite uma aplicação rápida em relação a outras opções, além de apresentar maior durabilidade e resistência à erosão.

Uma tendência que começou a ser empregada no Brasil na década de 1980 hoje se consolida nas principais obras das rodovias brasileiras. Trata-se do concreto compactado a rolo, mais conhecido pela sigla CCR. A afirmação é do líder especialista em pavimentação da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Marcos Dutra de Carvalho, segundo o qual esse tipo de concreto é usado como sub-base na pavimentação de praticamente todas as grandes rodovias do país.

Como exemplo, Carvalho cita as rodovias Castelo Branco, NovaDutra e Imigrantes. “Atualmente, o CCR é uma das melhores alternativas de sub-base para pavimento de concreto simples. Além da aplicação rápida e prática em comparação a outras opções, ele possui maior durabilidade e resistência à erosão”, salienta.

A tecnologia é composta pelos mesmos materiais do concreto convencional, ou seja, cimento, brita, areia, água e, eventualmente, aditivos. A diferença, no entanto, está na dosagem, que faz do CCR um concreto de consistência seca, semelhante à terra úmida, o que permite o seu adensamento com rolos compactadores. Além disso, essa consistência possibilita que novas camadas de concreto sejam lançadas imediatamente após o adensamento da camada anterior, aumentando a velocidade de execução.

Sobre a escolha do tipo de cimento utilizado, o especialista da ABCP explica que não existe nenhuma recomendação específica ou restrição. “Desde que o cimento atenda às normas brasileiras, ele pode ser utilizado na produção”, diz. De acordo com Carvalho, o consumo de cimento gira em torno de 80 kg/m3 a 130 kg/m3, dependendo dos materiais utilizados e da resistência mecânica especificada em projeto.

Segundo artigo publicado no portal da Cimento Itambé em 2009, as britas e areia também devem se adequar às normatizações, com o cuidado de não ultrapassarem o tamanho máximo de 38 mm. Outra preocupação que deve ser levada em consideração é a distribuição de finos adequada para o correto preenchimento dos vazios, uma vez que a boa distribuição granulométrica facilita o trabalho dos equipamentos de compactação.

O artigo também ressalta que a água é um elemento que precisa ser dosado com bastante cuidado. A umidade ideial para um compactação perfeita é a que não deixa o concreto aderir aos rolos compressores e nem ocasiona a passagem do rolo por muitas vezes. Essa umidade, geralmente, situa-se no intervalo de 5% a 10% e deve ser determinada em laboratório.

Entre as principais normas que devem ser consultadas, a mais importante delas é a DNIT056/2013, que define os parâmetros de dosagem, execução e controle da operação.

Passo a passo

A implantação do CCR no Brasil envolve seis etapas principais: produção em usinas, transporte, descarga, espalhamento, compactação e cura.

“Esse tipo de concreto tem que ser, obrigatoriamente, dosado e misturado em usinas. Isso pode ser feito tanto em usinas comuns de concreto simples e transportado posteriormente em caminhões betoneiras quanto em usinas de solo e transportado em caminhões basculantes”, detalha Carvalho.

Após o transporte, o concreto é descarregado em vibroacabadoras de asfalto, responsáveis pelo espalhamento do material. Posteriormente, a compactação é feita com rolos compressores ou rolos de pneus.

Por último vem a etapa de cura da sub-base que, segundo especificado pela DNIT056/2013, deve ser realizada com pintura asfáltica, utilizando-se emulsão asfáltica catiônica de ruptura rápida ou média. Além de permitir uma boa cura, ela também dispensa o uso de lona plástica.

“Com a sub-base pronta, já é possível executar a placa de concreto”, diz o especialista da ABCP. Ele explica que, nas obras rodoviárias, o concreto simples – também produzido em usinas dosadoras e misturadoras – é transportado por caminhões basculantes até a vibroacabadora de fôrmas-deslizantes, que espalha e compacta o composto.

Modernização

Entre as evoluções da aplicação do CCR no Brasil ao longo dos anos, a principal delas é referente a equipamentos e processo de execução. Isso porque, antigamente, o espalhamento do concreto era feito por motoniveladoras. Hoje, entidades como a ABCP recomendam a substituição por vibroacabadoras de asfalto.

“Com as motoniveladoras era mais difícil ter o controle de nivelamento, o que acarretava ondulações no pavimento”, diz Carvalho. As vibroacabadoras, por sua vez, permitem um controle maior do que foi especificado no projeto inicial, incluindo a espessura ideal e o maior nivelamento. “Essa mudança foi importantíssima, pois quando o concreto de sub-base não é bem nivelado, ele pode gerar problemas de patologia”, conclui.

Outras aplicações

Além da aplicação em rodovias, o CCR também tem seu uso consagrado em barragens. Para ser ter ideia, somente em 1996, já havia mais de 157 barragens de CCR distribuídas em 20 países, segundo dados da Eletrobrás Furnas.

Esse tipo de cimento pode ser empregado, ainda, como sub-base de piso industrial, pavimentação de pistas de aeroportos e de áreas portuárias, entre outros.

 

 

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