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Revista GC - Ed.50 - Julho 2014
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Edição Especial Número 50

Trecho Leste do Rodoanel

Maior parte do trecho da via é elevada, construída pelo método do cantitraveller

O trecho Leste do Rodoanel Mario Covas, em São Paulo, é um símbolo dos avanços e dificuldades que o país enfrenta no desafio de melhorar sua infraestrutura. Obra de fundamental importância para a logística de transporte, por facilitar o acesso ao trecho sul do Rodoanel e ao Sistema Anchieta-Imigrantes, e consequentemente ao Porto de Santos e ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, foi parcialmente inaugurada no início do mês de Julho, depois de alguns atrasos e adiamentos. Ainda falta um pequeno trecho e ajustes de sinalização, mas o usuário já começa a experimentar os seus benefícios. Só para se ter uma ideia, o Trecho Leste deverá receber 4,8 mil veículos por dia, dos quais 60% e 70% consistem em veículos pesados e sua execução está estimada inicialmente em R$ 3,2 bilhões.

O Trecho Leste é a terceira parte do Rodoanel Mário Covas, rodovia classe zero, só acessível nos pontos de intersecção com outras rodovias. As pistas Sul e Oeste já foram entregues e o anel rodoviário deve ser concluído só em 2016 - quando será finalizado o Trecho Norte, realizado pelo Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), estatal do Governo de São Paulo. Dos 43,5 quilômetros do Trecho Leste, 16,8 quilômetros serão de pontes e viadutos, distância superior à Ponte Rio-Niterói.

O traçado do Trecho Leste cruza as áreas de Mauá, Ribeirão Pires, Suzano, Poa, Itaquaquecetuba, Arujá. A previsão inicial era 36 meses de execução, contados a partir da assinatura do contrato com a Artesp, realizada em março de 2011. Mas a obra acabou sofrendo vários revezes que atrasariam esse cronograma.

Por conta desse atraso, a concessionária SPMar  deverá sofrer multas da Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo), conforme estipulado em contrato. A empreiteira justificou que, após o início das obras, em agosto de 2011, foram identificadas variações geológicas, interferências não cadastradas, como tubulações, adutoras, antenas e alteração que não estavam previstas no projeto original. Alegou ainda a dificuldade para obtenção de autorizações para avanço de frentes de obras por parte de agentes como Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Em razão desses problemas, a SPMar


O trecho Leste do Rodoanel Mario Covas, em São Paulo, é um símbolo dos avanços e dificuldades que o país enfrenta no desafio de melhorar sua infraestrutura. Obra de fundamental importância para a logística de transporte, por facilitar o acesso ao trecho sul do Rodoanel e ao Sistema Anchieta-Imigrantes, e consequentemente ao Porto de Santos e ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, foi parcialmente inaugurada no início do mês de Julho, depois de alguns atrasos e adiamentos. Ainda falta um pequeno trecho e ajustes de sinalização, mas o usuário já começa a experimentar os seus benefícios. Só para se ter uma ideia, o Trecho Leste deverá receber 4,8 mil veículos por dia, dos quais 60% e 70% consistem em veículos pesados e sua execução está estimada inicialmente em R$ 3,2 bilhões.

O Trecho Leste é a terceira parte do Rodoanel Mário Covas, rodovia classe zero, só acessível nos pontos de intersecção com outras rodovias. As pistas Sul e Oeste já foram entregues e o anel rodoviário deve ser concluído só em 2016 - quando será finalizado o Trecho Norte, realizado pelo Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), estatal do Governo de São Paulo. Dos 43,5 quilômetros do Trecho Leste, 16,8 quilômetros serão de pontes e viadutos, distância superior à Ponte Rio-Niterói.

O traçado do Trecho Leste cruza as áreas de Mauá, Ribeirão Pires, Suzano, Poa, Itaquaquecetuba, Arujá. A previsão inicial era 36 meses de execução, contados a partir da assinatura do contrato com a Artesp, realizada em março de 2011. Mas a obra acabou sofrendo vários revezes que atrasariam esse cronograma.

Por conta desse atraso, a concessionária SPMar  deverá sofrer multas da Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo), conforme estipulado em contrato. A empreiteira justificou que, após o início das obras, em agosto de 2011, foram identificadas variações geológicas, interferências não cadastradas, como tubulações, adutoras, antenas e alteração que não estavam previstas no projeto original. Alegou ainda a dificuldade para obtenção de autorizações para avanço de frentes de obras por parte de agentes como Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Em razão desses problemas, a SPMar diz ter solicitado à Artesp prorrogação do prazo de entrega.

Vila elevada construída com sistema portuário

Uma das principais peculiaridades da obra é a ponte de mais 9 km de extensão que se encontra com um viaduto de quase 3 km. Juntos representam quase 1/3 do trecho do Rodoanel Leste. No total são cerca de 12 km de vias suspensas, de um total de 43 km de extensão de todo trecho, passando sobre várzea de rio e áreas urbanas. O trecho foi executado empregando o método do Cantitraveller, comumente empregado na execução de obras portuárias. Trata-se de uma espécie de sistema móvel, equipado com guindaste e ponte rolante, que lança as vigas transversais e longitudinais no solo, consequentemente, como um sistema lego.

Pelo método do encontro leve, a estaca atua como o próprio pilar.  Para a construção do viaduto, foram empregadas peças pré-moldadas de 30 e 50 toneladas, e estacas de 18 a 25 m de comprimentos e 12 toneladas cada uma. Com duas pistas interna e externa de 43 km de extensão, a via tem 40% executada em pavimento de concreto (nas obras de arte) e os outros 60% em pavimento asfáltico convencional.

Um dos marcos do cronograma deu-se com respeito ao trecho em túnel Santa Luzia, na região do município de Ribeirão Pires, que teve mais 90% das escavações realizadas por detonação em rocha. Sozinha, a construção alcança o volume de um milhão de tonelada de pedra e terra retiradas.

São duas pistas de 1.080 metros de comprimento cada e três faixas de rolagem por sentido. A construção do Túnel Santa Luzia permitiu desviar o traçado do Parque da Gruta Santa Luzia, região da nascente do Rio Tamanduateí. Além disso, a implantação do túnel reduziu em 200 mil metros quadrados a supressão vegetal – o equivalente a 50 campos de futebol. A pedreira era uma área degradada, passível de ser recuperada com a implantação da obra. Toda brita resultante das detonações e escavações, cerca de um milhão de tonelada, é utilizada na construção do Trecho Leste, reduzindo o trânsito de caminhões na região da obra e consequente emissão de poluentes pelas ruas das cidades próximas.

Além disso, a água captada na nascente dentro da frente de obra do túnel, outorgada pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), é utilizada no resfriamento das brocas das perfuratrizes da escavação do Túnel. Essa água é tratada e reutilizada para a mesma atividade, formando um ciclo fechado. Estima-se que já foram economizados mais de 35 milhões de litros d’água com esse processo. Do ponto de vista ambiental, ainda é possível citar a redução das áreas necessárias de empréstimo e bota-fora de material excedente, uma vez que o bota-fora está sendo feito dentro da faixa de domínio das futuras pistas.

A Concessionária SPMAR, responsável pela gestão do Trecho Sul do Rodoanel Mario Covas, recebeu o certificado de sistema de gestão de qualidade ISO 9001 (NBR ISO 9001:2008), concedido pela Internacional Certification Network. Para alcançar essa conquista, a SPMAR passou por uma rigorosa auditoria da Fundação Vanzolini que avaliou criteriosamente todos os processos que compõem o seu Sistema de Gestão da Qualidade: operações do Sistema de Fiscalização de Trânsito e Transporte, Sistema de Pedágio, Sistema Viário e Segurança e Conforto dos Usuários.  Durante os 6 meses de avaliação foram envolvidos cerca de 360 funcionários de todas as áreas da concessionária. O certificado válido até 14 de fevereiro de 2016 reforça o trabalho prestado há exatos dois anos, baseado principalmente na satisfação dos usuários, por meio de serviços com o mais alto padrão de segurança e conforto.

O Trecho Leste deve receber 48 mil veículos por dia quando iniciar operação, em seus 43,5 quilômetros de extensão. O traçado inicia na interligação com o Trecho Sul na saída da Avenida Papa João XXIII (em Mauá) e termina na Rodovia Presidente Dutra (em Arujá), interligando as Rodovias João Afonso de Souza Castellano (SP-066), Ayrton Senna (SP-070) e Presidente Dutra (BR-116). Em conexão com o Trecho Sul e o Sistema Anchieta-Imigrantes também viabilizará uma ligação mais rápida e eficiente com o Porto de Santos e o Aeroporto Internacional de Guarulhos. Também passa a ser uma alternativa para desafogar tráfego no Corredor Jacú-Pêssego, que liga a zona leste da capital à região do ABC. A estimativa é que a redução no tempo de viagem pelas novas pistas seja de cerca de uma hora no horário de pico.  Estima-se que entre 60% e 70% desse fluxo sejam de veículos pesados. Por isso a importância não só para o desenvolvimento econômico do estado, mas também para o trânsito da Região Metropolitana de São Paulo, que deixará de receber tráfego com origem e destino nos sistemas rodoviários interligados pelo Rodoanel. O Trecho Leste cortará os municípios de Arujá, Itaquaquecetuba, Mauá, Poá, Ribeirão Pires e Suzano.

Rodoanel Norte a caminho

Enquanto isso, o Trecho Norte do Rodoanel, iniciado em março do ano passado, avança rumo à Serra da Cantareira. O trecho cruzará uma grande parte de Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), em especial: Santana do Parnaíba, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha, Caieiras, Mairiporã, Santa Isabel, Arujá, Guarulhos e São Paulo. Quando pronto, representará uma importante via de tráfego pesado autônoma. O valor total do empreendimento, a cargo da Dersa, é de R$ 5,6 bilhões incluindo as desapropriações.

A licitação internacional do Rodoanel Norte foi a maior em andamento no País entre 2011 e 2013. O certame seguiu as normas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que participou do financiamento com R$ 2 bilhões. A obra tem também R$ 1,72 bilhão do PAC e o restante do Tesouro do Estado.

A rodovia terá 44 km de extensão e interligará os trechos Oeste e Leste do Rodoanel. Ele inicia na confluência com a Avenida Raimundo Pereira Magalhães, antiga estrada Campinas/São Paulo (SP-332), e termina na interseção com a rodovia Presidente Dutra (BR-116). O trecho prevê acesso à rodovia Fernão Dias (BR-381), além de uma ligação exclusiva de 3,6 km para o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Lote 1 - Consórcio Mendes Júnior/Isolux Corsán - R$ 647.611.591,06

Lote 2 - Construtora OAS Ltda - R$ 604.170.644,64

Lote 3 - Construtora OAS Ltda - R$ 601.140.442,61

Lote 4 - Acciona Infraestructuras S/A - R$ 788.021.820,59

Lote 5 - Consórcio Construcap/Copasa - R$ 646.340.371,22

Lote 6 - Acciona Infraestructuras S/A - R$ 619.219.894,43

 

 

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