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Revista GC - Ed.60 - Junho 2015
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Linha do Tempo

Túnel do tempo

Ao longo dos seus 20 anos de existência, a feira M&T Expo foi ao mesmo tempo agente e difusor dos avanços da tecnologia em equipamentos para a Construção e Mineração no Brasil. Consolidando-se como a maior vitrine destes setores na América Latina , o evento cumpriu a missão de disseminar informações qualificadas, tornando-se o principal ponto de encontro para os profissionais dos setores, tais como representantes dos fabricantes de equipamentos e fornecedores de serviços, distribuidores, locadores, gestores de frotas e empresas, prestadores de serviço ou usuários de máquinas.

Paralelamente ao processo de consolidação da M&T Expo como principal feira de negócios e vitrine para lançamentos e inovações tecnológicas, aconteciam, no Brasil, ao longo dessas duas décadas, grandes obras de infraestrutura e da Construção Imobiliária, que incorporavam, em seus canteiros, as novidades em tecnologia, alcançando, com elas, melhores índices de produtividade, mais rapidez, menores custos e diminuindo os impactos ambientais, entre outras vantagens.

Na linha do tempo a seguir, veja o que acontecia no cenário da Indústria da Construção no Brasil, enquanto a M&T Expo crescia e aparecia.

1998 - Expansões do Metrô de São Paulo

A rede do Metrô de São Paulo, que entrou em operação oficialmente em setembro de 1974, transporta cerca de 4,7 milhões de passageiros/dia em 78,7 km de rede, 61 estações e 150 trens. São seis linhas, ligadas por 67 estações (61 operadas totalmente pelo Metrô, quatro operadas totalmente pela ViaQuatro, e duas estações operadas pelo Metrô e pela ViaQuatro: Luz e República). Compõem o sistema as linhas 1-Azul (Jabaquara - Tucuruvi), 2-Verde (Vila Prudente - Vila Madalena), 3-Vermelha (Corinthians-Itaquera - Palmeiras-Barra Funda), 4-Amarela (Luz-Butantã), 5-Lilás (Capão Redondo - Adolfo Pinheiro) e 15-Prata (Vila Prudente - Oratório).

Desde que foi inaugurado, o sistema está em constante expansão, tendo como objetivo atender ao crescimento da metrópole. Um desses momentos mais significativos de expansão aconteceu em 1998 quando cinco novas estações foram entregues ao público. A extensão da Linha 1-Azul, na zona norte, entrou em funcionamento, em abril daquele ano


Ao longo dos seus 20 anos de existência, a feira M&T Expo foi ao mesmo tempo agente e difusor dos avanços da tecnologia em equipamentos para a Construção e Mineração no Brasil. Consolidando-se como a maior vitrine destes setores na América Latina , o evento cumpriu a missão de disseminar informações qualificadas, tornando-se o principal ponto de encontro para os profissionais dos setores, tais como representantes dos fabricantes de equipamentos e fornecedores de serviços, distribuidores, locadores, gestores de frotas e empresas, prestadores de serviço ou usuários de máquinas.

Paralelamente ao processo de consolidação da M&T Expo como principal feira de negócios e vitrine para lançamentos e inovações tecnológicas, aconteciam, no Brasil, ao longo dessas duas décadas, grandes obras de infraestrutura e da Construção Imobiliária, que incorporavam, em seus canteiros, as novidades em tecnologia, alcançando, com elas, melhores índices de produtividade, mais rapidez, menores custos e diminuindo os impactos ambientais, entre outras vantagens.

Na linha do tempo a seguir, veja o que acontecia no cenário da Indústria da Construção no Brasil, enquanto a M&T Expo crescia e aparecia.

1998 - Expansões do Metrô de São Paulo

A rede do Metrô de São Paulo, que entrou em operação oficialmente em setembro de 1974, transporta cerca de 4,7 milhões de passageiros/dia em 78,7 km de rede, 61 estações e 150 trens. São seis linhas, ligadas por 67 estações (61 operadas totalmente pelo Metrô, quatro operadas totalmente pela ViaQuatro, e duas estações operadas pelo Metrô e pela ViaQuatro: Luz e República). Compõem o sistema as linhas 1-Azul (Jabaquara - Tucuruvi), 2-Verde (Vila Prudente - Vila Madalena), 3-Vermelha (Corinthians-Itaquera - Palmeiras-Barra Funda), 4-Amarela (Luz-Butantã), 5-Lilás (Capão Redondo - Adolfo Pinheiro) e 15-Prata (Vila Prudente - Oratório).

Desde que foi inaugurado, o sistema está em constante expansão, tendo como objetivo atender ao crescimento da metrópole. Um desses momentos mais significativos de expansão aconteceu em 1998 quando cinco novas estações foram entregues ao público. A extensão da Linha 1-Azul, na zona norte, entrou em funcionamento, em abril daquele ano, com a inauguração de três estações: Jardim São Paulo, Parada Inglesa e Tucuruvi. Em novembro de 1998, o Metrô completou a extensão da Linha 2-Verde na zona oeste, com a abertura das paradas Sumaré e Vila Madalena.

Na década de 2000, a Linha 2 foi expandida gradualmente para o leste. Em 2002 foi inaugurado o trecho inicial da Linhas 5-Lilás, predominantemente elevado, operando no trecho Largo Treze - Capão Redondo. Entre 2003 e 2006, duas paradas entraram em operação: Santos-Imigrantes e Chácara Klabin, ambas na zona sul. Em 2007, os trilhos chegavam à Estação Alto do Ipiranga; e em 2010, à Estação Sacomã, à Estação Vila Prudente, e à Estação Tamanduateí.

Também em 2010, em 25 de maio, foi inaugurada a Linha 4-Amarela, embora ainda incompleta, com o início da operação de duas estações: Faria Lima -Paulista. Ao longo do ano seguinte foram inauguradas as estações Butantã e Pinheiros, além das integrações nas estações República e Luz, ampliando a Linha 4. A inauguração da primeira estação da extensão da Linha 5 na direção nordeste foi prevista para 2012, mas só aconteceria em fevereiro de 2014, com a abertura da Estação Adolfo Pinheiro.

Nesse momento, está em execução a expansão da Linha 5- Lilás, que ligará o Largo Treze, no bairro de Santo Amaro, à Chácara Klabin. O trecho está sendo executado pelo Consórcio Heleno & Fonseca - TIISA e terá 11,5 km. Será composto por: via permanente em túneis duplos e singelos, escavados nos métodos NATM e Shield, 11 estações (Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin, Campo Belo, Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin), 13 poços, um estacionamento de trens sob o Parque das Bicicletas, um pátio de estacionamento e manutenção (Guido Caloi), uma subestação primária e 26 novos trens.

Este trecho se integrará com a Linha 1-Azul, na Estação Santa Cruz, e com a Linha 2-Verde na Estação Chácara Klabin e com a futura Linha 17-Ouro na Estação Campo Belo.

Com a entrada em operação comercial do trecho Adolfo Pinheiro - Chácara Klabin, a Linha 5-Lilás terá uma demanda estimada de 771.110 passageiros/dia e contará com 34 trens em operação no pico, proporcionando um intervalo médio de 125 segundos entre trens (59% inferior ao intervalo atual de 307 segundos).

2002 - Rodoanel Mário Covas

O Rodoanel Mário Covas é uma autoestrada de aproximadamente 180 km, duas pistas e seis faixas, que está sendo construída em torno do centro da Região Metropolitana de São Paulo.  Ele tem a finalidade de aliviar o intenso tráfego de caminhões oriundos do interior do estado e das diversas regiões do país e que hoje cruzam as duas vias urbanas marginais da cidade (Pinheiros e Tietê), provocando graves congestionamentos. Sua execução foi dividida em quatro trechos, Oeste, Sul, Leste e Norte. Mais de 75% da via foi entregue até o momento.

Trecho Oeste - Inaugurado em 11 de outubro de 2002, tem 32 km de extensão. Corta as rodovias Bandeirantes, Anhanguera, Castelo Branco e Raposo Tavares. Em 11 de março de 2008 ocorreu o leilão de concessão, sendo vencido pelo Consórcio Integração Oeste, composto pela Companhia de Concessões Rodoviárias(CCR) e Equipav. O contrato prevê investimentos da ordem de R$ 804 milhões ao longo dos 30 anos. Foi criada a empresa CCR RodoAnel para administrar o trecho, com o início da operação ocorrendo em dezembro de 2008.

Trecho Sul - As obras do Trecho Sul deveriam ter sido iniciadas em 2003, com o cronograma prevendo a entrega da circunferência completa em 2008. Mas uma série de contratempos envolvendo questões ambientais e políticas fizeram com que o contrato de licitação fosse assinado apenas em 2011. Assim, em 27 de abril de 2006, o DERSA assinou o contrato com os cinco consórcios que venceram a licitação para a execução das obras do trecho sul.

Com extensão de 57 km o custo total da obra foi orçado na época em R$ 3,46 bilhões e inaugurada em 1º de abril de 2010.

Trecho Leste  - Com 37,7 km, o Trecho Leste foi inaugurado em 3 de julho de 2014. Ele faz a ligação entre as rodovias que servem à Baixada Santista com a rodovia Ayrton Senna e desafogou o tráfego das Avenidas das Juntas Provisórias, Anhaia Melo e Salim Farah Maluf, que passam pelos bairros do Ipiranga, Vila Prudente e Tatuapé em São Paulo. Restando 5,8 km em obras do trecho entre a Rodovia Ayrton Senna e a Via Dutra, o Techo Leste terá um total de 43,5 km de extensão.1

As obras foram iniciadas em agosto de 2011, e totalmente executadas pela iniciativa privada, por meio da concessionária SPMar.

Trecho Norte - Com as obras iniciadas em 11 de março de 2013, o trecho prevê acesso à Rodovia Fernão Dias e ligação exclusiva com o Aeroporto de Guarulhos e servirá para retirar da Marginal Tietê os veículos que partem de Minas Gerais, do Vale do Paraíba e do Rio de Janeiro para o Sul do país.

O Trecho Norte ficou com a licitação atrasada por muito tempo por causa do financiamento do BID que exigiu várias modificações no edital de licitação, gerando  inúmeros recursos dos concorrentes e questionamentos dos órgãos de auditoria. Em dezembro de 2012 o BID liberou o primeiro desembolso para o governo paulista. A primeira parcela totaliza US$ 3,37 milhões do empréstimo de US$ 1,15 bilhão destinados à obra e, de acordo com nota a DERSA, será utilizada para ressarcir gastos com o projeto da estrada. As obras devem terminar em 2016 caso não ocorram mais questionamentos na justiça. Estima-se que pelo Rodoanel Norte passarão diariamente 65 mil veículos sendo 30 mil caminhões.

2002 - Segunda Pista da Imigrantes

No começo dos anos 70 a construção da rodovia Imigrantes vinha para acabar com o sufoco que era o trânsito da Rodovia Anchieta. Ligando São Paulo a Santos, com cerca de 70km de extensão,  a Imigrantes tornou-se importante canal de conexão entre a capital paulista, o Porto de Santos e o polo petroquímico de Cubatão. A obra da Imigrantes consistiu na construção de 4 pistas para o litoral e 4 pistas para a capital no trecho de planalto, e 3 pistas somente para subida no trecho de serra. Na época, alegou-se falta de verba para fazer as pistas de descida no trecho de serra. Durante muitos anos, foi adotado o sistema de utilizar as 3 pistas de serra para ter o sentido, conforme a tendência maior de fluxo de tráfego. No começo funcionou, mas ao longo dos anos a medida mostrou-se ineficiente e insustentável.

A saída era a construção da segunda pista da Imigrantes, e para contornar o problema da falta de recursos, o caminho adotado foi o da privatização. Cerca de 2 mil operários trabalharam em três turnos, para entregar a obra no verão de 2002, cinco meses antes do prazo contratual. São 21 km na parte de serra, com um desnível de 730 metros, que consumiu cerca de R$ 700 milhões, sem aumento de pedágio, segundo a Ecovias, concessionária responsável pela obra e administração das estradas Anchieta - Imigrantes.

O empreendimento gerou um aumento da capacidade de trafégo em aproximadamente 25%, com cerca de 10 mil veículos/hora. A nova pista descendente ganhou mais extensão em túneis e menor para viadutos, gerando mais economia e rapidez.

Foi um grande desafio de engenharia, que compreendeu a construção de três túneis (3.146 m, 3.005 m e 2.080 m), totalizando 8.231 m, além de 9 viadutos, somando 4.270 m de extensão.

Os volumes totais de serviços e materiais desta obra resultaram em grandes números:

Concreto utilizado: 380.000 m³

Aço utilizado:23.350 ton

Fôrmas 595.000 m²

Escavação a céu aberto: 800.000 m³

Escavação subterrâneas em rocha: 1.260.000 m³

2008 - Shopping Cidade Jardim

Inaugurado em 2008, o Shopping Cidade Jardim faz parte do projeto Parque Cidade Jardim idealizado pela incorporadora JHSF. O centro comercial, de alto luxo, fica dentro de um conjunto de grandes dimensões, composto também por três torres comerciais, uma torre de uso misto e nove torres com apartamentos residenciais.  Nesse sentido, o empreendimento é identificado como o primeiro desenvolvido dentro dos conceitos de multiuso.

O complexo foi erguido pela construtora Hochtief em um terreno de 80 mil m², na Marginal Pinheiros, antes pertencente à Eletropaulo, adquirido por R$ 12 milhões. Só na construção do shopping foram investido R$ 250 milhões, sendo que R$ 74,3 milhões financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), repassados pelos bancos Alfa e Unibanco à empresa Shopping Cidade Jardim S.A.

O Shopping Cidade Jardim tem cinco andares. Planejado pelo arquiteto Arthur Casas, foi inspirado no Bal Harbour de Miami, com grandes áreas ao ar livre, muitos jardins até com árvores nativas que chegam a 18 metros de altura, vários bancos e muitos vasos. Por ter área aberta o shopping não tem ar condicionado. Para compensar existem muitos ventiladores de teto espalhados pelos corredores. Nesta área aberta, todas as lojas estão voltadas para o jardim. São dois vãos livres de 300 metros cada um, com dois grandes jardins no centro. No total são 180 lojas.

O prédio abriga também o Empório Fasano, uma mistura de mini-mercado e conveniências, no estilo Empório Santa Maria e a Casa Santa Luzia.

Outra inovação é que o shopping não tem praça de alimentação, mas em compensação abriga o que há de melhor na gastronomia, como um restaurante Gero da rede Fasano, um restaurante Due Cuochi Cocina num ambiente quase todo envidraçado, Lanchonete da Cidade, uma casa de chá e doces de Isabella Suplicy, Chocolat du Jour, Mil Frutas, entre outros.

Um andar inteiro abriga a academia Reebok Sports Club, com capacidade para mais de 3.000 alunos, que conta com uma pista de atletismo de 250 metros e duas piscinas. Dois pavimentos no subsolo abrigam o estacionamento com 1.400 vagas. Cada vaga tem 2,70 metros de largura, 20 centímetros a mais que a medida-padrão.

2008 - Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira

A ponte Octávio Frias de Oliveira, localizada na cidade de São Paulo (SP), faz parte do Complexo Viário Real Parque e é um dos mais famosos cartões-postais da cidade. Formada por duas pistas estaiadas em curvas independentes, de 60º, que cruzam o rio Pinheiros, no bairro do Brooklin, a obra de arte é única ponte estaiada do mundo com duas pistas em curva conectadas a um mesmo mastro. Sua inauguração aconteceu em maio de 2008, após três anos de construção.

A obra ficou a cargo da construtora OAS, envolvendo 420 funcionários, trabalhando em dois turnos. O projeto é de autoria de Catão Francisco Ribeiro, tendo como arquiteto o paulista João Valente Filho. Sua execução custou aproximadamente R$ 184 milhões, para a construção do complexo em si, e mais R$ 40 milhões para a sinalização viária, drenagem e pavimentação. A obra foi viabilizada através da venda de CEPACs (Certificados de Adicional de Construção) das regiões próximas.

Erguidas em concreto armado protendido, as alças foram moldadas por meio de formas deslizantes. A obra consumiu aproximadamente 58.700 m3 de concreto, o equivalente à carga de 7.340 caminhões betoneiras.

Entre os desafios técnicos encontrados no projeto, há a complexidade da distribuição de cargas entre os muitos estais e as seções das pistas de geometria curva. Nos elementos de fixação de cada um dos estais foram instaladas células de carga, capazes de monitorar as forças aplicadas aos mesmos, permitindo ajustar as tensões mecânicas de montagem, equilibrando a ponte adequadamente e não sobrecarregando os cabos durante a construção. As pontes foram projetadas para suportar ventos de até 250 quilômetros por hora.

No total, cada sentido da ponte tem 290 m de comprimento. Sob o mastro em "X", que suporta os estais, se cruzam três vias em níveis diferentes: as duas pistas suspensas da ponte e a via marginal de manutenção, no nível do solo. A torre tem 138 m de altura, o equivalente a um prédio de 46 andares.

2010 - Cidade Administrativa de BH

Concebido pelo genial Oscar Niemeyer, o projeto da Cidade Administrativa Tancredo Neves, em Belo Horizonte (MG), combina beleza, leveza, funcionalidade e sustentabilidade. Estimado originalmente em R$ 500 milhões, as obras custaram, no final das contas, cerca de R$ 1,2 bilhão. São cinco edificações principais – Palácio do Governo, dois prédios onde ficarão as secretarias de Estado, centro de convivência e auditório – além de unidades de apoio para equipamentos, estacionamentos e dois lagos artificiais. São 804 mil m2 de área total e mais de 310 mil m2 de área construída.

Para efeito de execução, o empreendimento foi dividido em três lotes, sob a responsabilidade de três consórcios, constituídos por nove construtoras. O Lote 1, formado pelas empresas Camargo Corrêa, Santa Bárbara e Mendes Júnior, ficou com a tarefa de executar a terraplenagem, drenagem superficial, irrigação, redes externas e pavimentação, além da Praça Cívica, do auditório com 4 mil m2. O prédio principal desse lote é o Palácio do Governo, composto por quatro pavimentos, subsolo, cobertura e heliponto, medindo 147,5 m x 26,60m, totalizando 21 mil m2. O projeto é arrojado e foi considerado um desafio em termos de cálculo estrutural, já que foi concebido com um vão livre de 147 m, suspensos por tirantes protendidos, o que faz dele o maior vão livre do mundo, em obra do gênero.

O Lote 2, que inclui  um dos prédios das secretarias, ficou sob a responsabilidade do consórcio composto pela Queiroz Galvão, OAS e Norberto Odebrecht. O projeto do prédio, de volumetria curva, tem 15 andares mais cobertura, com extensão de 240 m no eixo médio e largura de 25 m nas extremidades a 32 m no eixo central, somando com 116 m2.

As construtoras Andrade Gutierrez, Via Engenharia e Barbosa Mello constituíram o terceiro consórcio, responsável pelas obras do Lote 3. Nele estão o segundo prédio das secretarias e o centro de convivência. Situado entre os dois prédios das secretarias, o centro, com três pavimentos, tem 4,5 mil m2 de área, onde foram instalados um posto de abastecimento integrado ao cidadão, posto médico, postos bancários, agência dos Correios, lanchonetes e lojas de conveniência.

2010 - Cenpes da Petrobras

Usando o aço como elemento de destaque, o projeto de ampliação do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) da Petrobras, localizado na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, é um dos maiores complexos voltados para pesquisa aplicada do mundo.  A cargo da Zanettini Arquitetura, o projeto buscou ampliar o centro, dos 122 mil m²  originais, para 305 mil m² . O centro ganhou capacidade para 227 laboratórios, com enfoque para as áreas petrolíferas, biotecnologica e de meio ambiente.

O Núcleo de Visualização Colaborativo (NVC) é um dos ambientes criados para desenvolvimento de estudos, projetos e pesquisas com simulação tridimensional. O projeto inclui um amplo Centro de Convenções, com capacidade para a realização de grandes eventos.

O complexo está dividido em 23 prédios projetados dentro dos conceitos de ecoeficiencia. O projeto arquitetônico privilegiou o maior aproveitamento possível de áreas de sombra e ventilação, para menor consumo de energia elétrica e de carga de ar condicionado. No teto, aberturas translúcidas e venezianas direcionais em cada dependência, com inclinação calculada, permitem a captação da  luz solar e ventilação natural. Quando alcançado o nível ideal de iluminação natural internamente, apagam-se automaticamente as luzes artificiais, mantendo-se o mesmo padrão de claridade. A geração energética é 40% independe contando com uma usina de coogeração de energia a gás natural, cuja capacidade final será de 15 megawatts.

A predominância do aço traz vantagens no que diz respeito às questões de impacto ambiental global das construções. Isto porque o tempo superior de vida útil de estrutura de aço, em comparação às soluções alternativas, somado às possibilidades de reutilização e reciclagem, minimiza o impacto ambiental de sua energia incorporada. Considerando as vedações das edificações, os painéis pré-moldados de concreto com fechamento externo, os painéis duplos de drywall com manta sintética interna nas vedações internas e as coberturas protegidas por placas sanduíche de alumínio pré-pintado em cores claras, preenchidas com material de proteção térmica, foram especificados com base em seu desempenho térmico e sua compatibilidade com o sistema estrutural. Os ganhos no conforto interno e na economia de energia pela redução do uso de ar condicionado é mais uma vantagem ambiental proporcionada pela conjugação destes materiais.

2011 - Teleférico do Alemão

A montagem do sistema de teleférico no Rio de Janeiro em cinco morros/estações do Complexo do Alemão marcou uma época na história da Engenharia brasileira, destacando o seu papel como provedora de soluções capazes de melhorar a qualidade de vida nas cidades, promovendo a inclusão social. São seis estações, completando 3,4 km a partir da estação ferroviária de Bonsucesso: Morro do Adeus, Morro da Baiana, Morro do Alemão, Itararé e Fazendinha. O percurso entre os pontos extremos, antes percorrido em 1 hora e meia, a pé,  passou a ser feito em cerca de 20 minutos. O serviço é realizado por 152 cabines, que atendem a 30 mil pessoas/dia.

Parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a obra foi executada pelo consórcio Rio Melhor, liderado pela construtora Norberto Odebrecht, que inclui ainda as empresas OAS e Delta. O sistema é operado pela Supervia, que já opera o sistema ferroviário local, em regime de concessão. As estações têm bilheteria, roletas e funcionários para apoiar o embarque, já que as cabines não chegam a parar nos pontos. Quando chegam à estação, elas mantêm a velocidade reduzida e passam bem devagar. As cabines têm capacidade para 10 pessoas: oito sentadas e duas em pé, e circularão com velocidade de 5m/s numa altura média de 30 metros, equivalente a um prédio de 10 andares. Apesar da altitude, o transporte é considerado seguro e só é paralisado em casos de condições climáticas desfavoráveis, como ventos fortes e tempestade.

Todo o sistema dos teleféricos é fornecido pela empresa francesa Pomagalski (Poma). Mas o modelo de implantação, e principalmente, a experiência de implantar um sistema de transporte de massa deste tipo numa comunidade carente e violenta, a partir desse conjunto de intervenções, veio de Medelín, na Colômbia. A inovação brasileira, entretanto, está na dimensão do sistema, 3,5 km implantados de uma só vez, com trajeto em curva, e na integração à estação ferroviária de Bonsucesso. Além de reduzir em  três quartos o tempo para o vencimento do trajeto, o sistema permitirá maior integração dessas comunidades, o que por si só já é um fator de  maior desenvolvimento social.

2011 - Ponte sobre o Rio Negro

Mais do que uma obra de engenharia, a ponte sobro o Rio Negro é importante indutor de desenvolvimento econômico e social, e de integração da Região Metropolitana de Manaus. Com ela, os 30 municípios vizinhos da capital do estado do Amazonas passaram a compartilhar de todos os benefícios que decorrem do projeto da Zona Franca de Manaus, permitindo a geração de emprego e renda para milhares de pessoas. Antes, a área do Polo Industrial de Manaus (PIM) era de 10 mil m2. Com a construção da ponte, inaugurada em outubro de 2011, esse território passou para 101 mil m2.

O custo do projeto foi de R$ 574 milhões, sendo 70% financiados pelo BNDES e 30% bancados pelo governo do estado do Amazonas. No valor estão relacionados os custos de desapropriação e de urbanização dos acessos nas duas margens.

Maior ponte brasileira sobre água doce e segunda maior do mundo entre as pontes estaiadas, a estrutura, com 3.600 m de extensão, foi construída pelo Consórcio Rio Negro, formado pelas construtoras Camargo Corrêa e Construbase. Em toda a sua estrutura, com 73 vãos, foram colocadas 246 estacas escavadas e 213 vigas pré-moldadas. Para a construção da parte submersa, foi consumido um volume de concreto equivalente ao estádio do Maracanã. O mesmo volume de concreto foi destinado para a parte sobre as águas do rio.

A extensão do trecho estaiado, no vão central, é de 400 m, dividido em duas seções de 200 m, com vão livre de 55 m de altura, uma de cada lado do mastro principal, concebido para segurar os estais. Esse mastro, por sua vez, tem 185 m de altura (equivalente a um prédio de 60 andares) a partir do nível de água. Esse trecho central é sustentado por 104 estais, em formato de diamante.

A largura total da ponte é de 20,70 m, onde estão dispostas quatro faixas de tráfego duas em cada pista, além de faixa de passeio para pedestres em ambos os lados da pista. Justamente no trecho estaiado, a largura é um pouco menor da ordem de 20,60 m, por conta da colocação dos estais.

2012 - UHE Santo Antonio

A Usina Hidrelétrica Santo Antônio (UHE), localizada no rio Madeira, a 7 km de Porto Velho (RO) começou a gerar energia no dia 30 de março de 2012, nove meses antes do cronograma original, com o acionamento de duas das 50 turbinas do tipo Bulbo. O empreendimento, a cargo da Santo Antônio Energia, teve como mérito a adoção de um modelo racional e sustentável de implantação de usina hidrelétrica, levando-se em consideração os impactos ambientais e sociais de um empreendimento de tal porte.

Santo Antonio foi concebido como usina a fio d´agua, que elimina a necessidade de um reservatório, reduzindo significativamente a necessidade de alagamento de áreas, no caminho inverso ao das usinas de Tucuruí (PA) e Itaipu (PR). O reservatório da usina tem aproximadamente 421,56 km², com a cota de 71,3 m, área pouco maior que a inundada naturalmente nas cheias do próprio rio. Para obter o máximo aproveitamento do potencial dos recursos hídricos com o mínimo impacto na região, a resposta foi a utilização da turbina do tipo Bulbo. Essas unidades geradoras oferecem alta eficiência por ficarem completamente submersas e são capazes de lidar com as grandes variações no fluxo de água, comuns na região Amazônica.

O projeto básico da Hidrelétrica Santo Antônio foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 2008, e sua construção foi iniciada em setembro do mesmo ano, pela Santo Antônio Energia, empresa que venceu a licitação para implantar o empreendimento e operá-lo ao longo da concessão de 35 anos.

A Hidrelétrica Santo Antônio terminou o ano de 2013 com 1.139 MW de capacidade instalada, contando com 16 turbinas em operação, frente a 626 MW de capacidade instalada e nove turbinas em operação em 2012. O volume vendido passou de 4.267 GWh em 2012 para 12.593 GWh em 2013.  Ao final de 2013, com cinco anos de construção e 21 meses de operação comercial, a Hidrelétrica Santo Antônio atingiu a marca de quatro milhões de megawatts hora (MWh) gerados, energia suficiente para o consumo de mais de cinco milhões de brasileiros.

2012 - Torre de TV Digital

Erguida na região do Colorado, em Brasília, a Torre de TV Digital, um dos últimos projetos do genial Oscar Niemeyer, resgata o melhor da tradição do arquiteto e da própria cidade. Com desenho inspirado na flor do cerrado e altura de 120m, a torre é um novo ponto turístico e mais alto mirante da cidade.

Em cada lado da torre foi instalada uma cúpula de vidro. Na mais alta, a 80m do chão, há um restaurante com vista panorâmica. A outra, a 60m, é uma galeria para exposições. Um espelho d’água e uma rampa de acesso em curva foram instalados à frente do prédio. Ao redor do monumento há um complexo de lazer com seis lojas para atender as necessidades dos visitantes. Três elevadores e uma escada compõem a estrutura de acesso. O edifício conta  com projeto de iluminação artística externa, que valorizar os detalhes do projeto.

No total, a torre alcança 182 m de altura, sendo 120 m de estrutura de concreto (equivalente a um edifício de 60 andares), 50m em estrutura metálica e 12 m referentes à antena de transmissão. A obra, iniciada em junho de 2009, foi executada pela Mendes Júnior e pela Atrium Empreendimentos Imobiliários, e foi concluída em 13 meses.

A fundação do edifício está a 13,4 m de profundidade com 240 estacas, em que foram empregados 2 mil m3 de concreto. A execução de atividades em paralelo exigiu a fabricação de plataformas de trabalho metálicas estruturadas de forma a garantir a segurança dos trabalhadores. Por suas características, o projeto exigiu um controle de qualidade rigoroso durante a sua execução no que se refere às tolerâncias executivas, com permanente acompanhamento topográfico. Para fundações foram utilizados 246 estacas tipo raiz com diâmetro de 41cm e 12 m de profundidade.  A armação em aço CA-50, para a execução das estruturas em concreto armado, chega a aproximadamente 1.100 toneladas. O volume de forma empregado é de 32.078 m2.

Para alcançar as alturas de operação, a obra contou com equipamento de bombeamento de concreto com capacidade de lançamento de 120 m. Foi usado concreto de alto desempenho, com detalhamento e dimensionamento das atividades de cimbramento (escoramento), para evitar qualquer tipo de desvio na execução do concreto, e tecnologia de forma deslizante para execução do fuste (estrutura circular do corpo da torre).

2013 - Fonte Nova renascida

Novembro de 2007. Durante uma partida de futebol entre o Bahia e o Vila Nova, no estádio Octávio Mangabeira – ou Fonte Nova, como é popularmente conhecido pelos baianos – ocorreu uma tragédia: parte da arquibancada superior desabou, levando consigo 30 pessoas. Havia 60 mil pessoas no estádio, naquele momento. Das 30 pessoas que caíram, 11 despencaram de uma altura de 20 metros, para fora do estádio. Sete morreram e 13 sofreram ferimentos graves. A tragédia resultou na interdição do estádio, inaugurado em 1951, até a sua implosão, em 29 de agosto de 2010. Em seu lugar foi construída uma arena seguindo os conceitos modernos de equipamento multiuso, capaz de sediar grandes eventos esportivos, shows internacionais e outros eventos de grande porte. O principal desafio do projeto de reconstrução da Fonte Nova era capacitá-la para receber os Jogos da Copa do Brasil de 2014, em Salvador.

Fruto da Parceria Público-Privada (PPP) entre o governo da Bahia e a Fonte Nova Negócios e Participações (FNP), formada pelas construtoras OAS e Odebrecht, a Arena Fonte Nova foi inaugurada em 7 de abril de 2013. Com capacidade para 50 mil pessoas em assentos cobertos – número aumentado para 55 mil na Copa do Mundo –, a arena oferece 10 níveis e três anéis de arquibancadas. Conta com 70 camarotes, 2 mil vagas de estacionamento, sala de imprensa, 39 quiosques de alimentação, 10 elevadores, 94 sanitários, lojas, além de um centro cultural. Em dias de jogos ou eventos, a Arena Fonte Nova emprega até três mil profissionais, entre diretos e indiretos.

Desde o início das obras, em 2010, mais de 10 mil pessoas estiveram envolvidas com a edificação e instalação do novo equipamento. Um dos destaques da nova Fonte Nova é a cobertura, feita de um material chamado PTFE, um plástico de alta performance, reforçado com fibras de vidro, ancorada por cabos de aço tensionados. A cobertura abriga 100% dos assentos, alcançando 36 mil m² de área.

A construção da arena envolveu uma logística complexa, tendo em vista a sua localização, no centro urbano de Salvador. Entre os desafios de engenharia que tiveram de ser superados, havia o da topografia, bastante acidentada, associado a um terreno heterogêneo geotecnicamente, que tornou necessárias as mais diversas soluções em termos de fundação, com perfis (estacas) metálicos e de concreto, além de blocos e sapatas.

Conceitualmente a estrutura da Arena Fonte Nova é uma solução pré-moldada. Diversas peças foram moldadas in loco, como pilares, vigas, lajes, paredes de enrijecimento. Percentualmente, 75% do volume total da superestrutura foi construída com pré-moldados.

O contrato da PPP foi celebrado em 2010 e previa um valor total de R$ 591,7 milhões para a reconstrução do estádio. Mas, devido às exigências do Caderno de Encargos da Fifa, publicado quando a obra já se encontrava em curso, foi necessário adicionar R$ 97,7 milhões ao custo total do projeto.

2013 - Aeromóvel de Porto Alegre (RS)

Construído ao custo estimado de R$ 37 milhões, o Aeromóvel de Porto Alegre iniciou sua operação comercial em maio de 2014. Sonho antigo dos moradores da capital gaúcha, o projeto foi idealizado na década de 1980, ficou parado por mais de 30 anos e foi retomado em 2012 com investimentos do governo federal entrando na lista de obras de mobilidade para a Copa do Mundo.

O projeto usa tecnologia 100% nacional, desenvolvida pelo Grupo Coester, de São Leopoldo (RS). Ele utiliza veículos leves, não motorizados, com estruturas de sustentação esbeltas. Sua propulsão é pneumática – o ar é soprado por ventiladores industriais de alta eficiência energética, por meio de um duto localizado dentro da via elevada. As estruturas que estão abaixo dos trilhos são vazadas durante todo o trajeto, se tornando dutos para circulação de ar. O ar é injetado dentro dos dutos e direcionado por eles, simulando o efeito das velas nos barcos. O vento empurra uma aleta (semelhante a uma vela de barco) fixada por uma haste ao veículo, que se movimenta sobre rodas de aço em contato com os trilhos.

O trajeto de 944 metros, com duas estações de embarque, é percorrido em 90 segundos. A linha conta com dois veículos, um com capacidade para 150 pessoas e outro para 300. A escolha do carro que estará em funcionamento dependerá da demanda do período.

A estrutura da via elevada foi construída pela construtora Premold, as estações, pela Rumo Engenharia e os veículos, montados pela Ttrans.

As operações do Aeromóvel vão das 5h às 23h20, seguindo o mesmo horário do Trensurb, o sistema de trens metropolitanos de Porto Alegre, com intervalos de 10 minutos entre cada viagem nos dias úteis. Nos sábados, as viagens acontecem com intervalos de 10 e 15 minutos; já aos domingos e feriados, todas as viagens ocorrerão com intervalos de 15 minutos.

2013 - Modernização do Maracanã

Templo mundial do futebol, o sexagenário Maracanã passou, entre agosto de 2010 e abril de 2013, pela maior reforma da sua história, a um custo total de R$ 1,05 bilhão. Tudo para que chegasse à Copa do Mundo 2014 como um dos mais modernos do planeta. Para que isso fosse possível, montou-se uma megaoperação de desmontagem de parte do estádio, recuperação estrutural e instalação de nova cobertura. As obras de reestruturação, a cargo do consórcio composto pelas empresas Andrade Gutierrez e Odebrecht, envolveram desafios de recuperação da estrutura anterior, modernização e preservação da arquitetura original externa do estádio, que é tombada. Para a cobertura foi utilizada uma lona tensionada com 68 metros de balanço.

Um dos maiores desafios da obra foi a pressão do tempo. Havia um cronograma muito enxuto, que não admitia atrasos. Durante o pico das obras, em 2013, o número de trabalhadores chegou a 6.500. Ao final da reforma, o Maracanã ficou maior, aumentando de 189 mil m² para 240 mil m² sua área útil.

O maior desafio técnico foi conciliar a estrutura existente com todas as intervenções necessárias à modernização. Os 180 pilares da estrutura passaram por processo de revitalização, assim como as áreas que apresentavam corrosão. Para dar celeridade ao processo, uma central de concretagem e outra de modelagem foram montadas no interior do Maracanã. Um terreno ao lado do estádio foi comprado pelo governo do Rio de Janeiro para ser utilizado como bota-fora. Mas boa parte do material retirado das demolições foi utilizada na reconstrução.

A curvatura interna do estádio foi refeita – os dois anéis originais de arquibancada, superior e inferior, deram origem a um apenas, que agora chega a cerca de 14 metros do campo. Assim, os níveis do anel do estádio são separados apenas por uma linha de 110 camarotes, que foram trocados de lugar, saindo do alto do estádio para sua área intermediária. Eles ocupam dois pavimentos, um no lado oeste e outro, no leste, e são climatizados. Cada um tem, em média, 50 m2, 25 cadeiras em área descoberta exclusiva, além de banheiro e sala de estar exclusivos. Na montagem dos degraus foram instaladas 2.750 peças pré-fabricadas na nova arquibancada. Ao todo, são 78.838 assentos. Cinco tipos diferentes de assento, com nove tons de azul, amarelo e branco, contrastando com o verde do gramado, foram distribuídos entre arquibancada, cadeiras especiais, camarotes e tribuna de honra.

2013 - Usina Hidrelétrica de Jirau

Com obras ainda em andamento, no Rio Madeira, a 120 km de Porto Velho, em Rondônia, a Usina Hidrelétrica de Jirau começou a operar comercialmente no dia 6 de setembro de 2013, com o funcionamento da primeira unidade geradora. Hoje, a hidrelétrica tem 17 turbinas, com uma força geradora total de 1200 MW. São oito unidades geradoras na casa de força da margem direita, e nove à margem esquerda. Quando entrar em operação plena, Jirau será a quarta maior hidrelétrica do País em capacidade total de geração, ficando atrás da binacional Itaipu, que tem 14 mil MW de capacidade; Belo Monte, que ainda está em construção e terá capacidade instalada de 11.233 MW, e da usina de Tucuruí, no Pará, que possui capacidade de 8.535 MW.

A unidade foi  planejada para ter um reservatório de 258 km², com um total de 50 turbinas, cada uma com 75MW de potência, somando uma capacidade instalada de 3.750MW,1 (sendo 2.184 MW assegurados). Isso é o suficiente para abastecer mais de 10 milhões de residências.

A construção está a cargo do consórcio "ESBR - Energia Sustentável do Brasil", formado pelas empresas Suez Energy (60%), Eletrosul (20%) e Chesf (20%).2 A usina, juntamente com a de Santo Antônio, são consideradas fundamentais para o suprimento de energia elétrica no Brasil e estão entre as obras mais importantes do Governo Federal.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o maior financiador da obra, combinando financiamento direto com repasses através de outras instituições financeiras – Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal,Bradesco e Itaú Unibanco. O leilão de concessão para construção da usina foi realizado em 19 de maio de 2008. O preço inicial foi de 91 reais por megawatt hora (MWh), sendo que o grupo vencedor, o consórcio Energia Sustentável do Brasil, ofereceu o preço de 71,40 reais por MWh, um deságio de 21,5%. As previsões eram de que o deságio fosse de apenas 10%.3

2013 - Arena Corinthians

A Arena Corinthians foi construída pela Odebrecht Infraestrutura no bairro de Itaquera, zona leste da cidade de São Paulo. Com capacidade para 48 mil lugares (durante os jogos da Copa foram 68 mil, graças à colocação de mais 20 mil assentos removíveis), o estádio é , antes de tudo, a concretização de um sonho antigo do Corinthians. A Odebrecht e o clube iniciaram em 2004 os primeiros contatos para a construção, mas só em 2010, como parte das comemorações do centenário corintiano, foi firmado um primeiro acordo entre as duas partes. Orçado em R$ 820 milhões, o empreendimento foi iniciado em 30 de maio de 2011 e será entregue em dezembro de 2013. O projeto arquitetônico é de autoria do escritório Coutinho, Diegues, Cordeiro Arquitetos, do Rio de Janeiro. mais A obra já empregou, no pico dos trabalhos, em novembro de 2012, cerca de 2.350 trabalhadores.

Além dos 48 mil lugares permanentes, a arena conta com 89 camarotes; 59 lojas; 502 sanitários; um auditório; quatro restaurantes e bares; uma cozinha industrial; 15 elevadores; 10 escadas rolantes; um estacionamento coberto para 990 veículos e outro descoberto com 1.943 vagas.

Um dos detalhes do projeto é uma pele de vidro, ocupando as fachadas dos prédios leste e oeste, com mais de 200 metros de comprimento e 25 metros de altura. No lado leste ela é plana, assumindo a função de um grande telão de LED, de altíssima resolução, que transmite lances dos jogos e mensagens de patrocinadores. Já no lado oeste a pele de vidro é irregular, descrevendo um movimento orgânico, com ondulações, o que exigiu um trabalho complexo de montagem. Cada placa de vidro tem uma conformação deferenciada, e foi montada em um ponto específico do painel, num gigantsco quebra-cabeças.

2014 - Aeroporto de Natal

Foi inaugurado em 9 de junho de 2014 o Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Natal (RS). A tempo de receber grande número de visitantes que participaram dos jogos da Copa do Mundo de Futebol.

O terminal nasceu com capacidade para 6 milhões de passageiros/ano, mas sua principal vocação, no entanto, é tornar-se um importante hub de cargas e passageiros para a América Latina, com a potencial possibilidade de vir a ser o maior terminal aéreo de cargas do continente e o sétimo do mundo.

Entre as vantagens logísticas do aeroporto está a sua estratégica localização. A distância entre o Rio Grande do Norte e a Europa e a Ásia pode representar uma economia de até 30% de combustível, em relação ao aeroporto de Guarulhos (São Paulo).

Essa foi uma das primeiras experiências de concessão privada de aeroportos no Brasil. O aeroporto de Natal foi concedido ao Consórcio Inframérica, composto pelas empresas Infravix, controlada pelo Grupo Engevix, e Corporación América, holding de origem argentina diversificada em agroindústria, construção, energia e serviços na América Latina e Europa. A holding é um dos maiores operadores aeroportuários privados do mundo, tendo sob sua administração 53 aeroportos na Argentina, Brasil, Uruguai, Peru, Equador, Itália e Armênia.

O terminal tem instalações modernas e inteligentes, aliando conceitos de conforto, eficiência e praticidade. No piso do embarque, foram implantados 42 balcões de check-in e 6 totens de autoatendimento, compartilhados entre as companhias aéreas. Os sistemas estão distribuídos num terminal de pé direito alto, amplo, iluminado e muito confortável. O compartilhamento dos balcões permite, entre outras vantagens, a redistribuição de filas de passageiros.

Durante as obras, o consórcio construtor cravou, no sistema de fundação do aeroporto, 1.200 estacas com cerca de 18 m de profundidade e diâmetro médio de 60 cm. Para o revestimento do piso do aeroporto foram usados 25.000 m² de granito, o que equivale, em massa, a 1.400.000 kg de pedra natural.

Outros números expressivos são: mais de 37 mil m³ de concreto foram utilizados na expansão – o que daria para encher 15 piscinas olímpicas –; instalação de 2 mil km de cabos elétricos; e 3,7 milhões de quilos de aço para a armação do concreto empregado na construção.

2014 - Transposição do Rio São Francisco

Reconhecido como o maior projeto de infraestrutura hídrica da história do Brasil, a Transposição do São Francisco parece que finalmente ganha o mundo real. A primeira etapa do projeto entrou em operação assistida em setembro de 2014 e as obras, estimadas em R$ 8,2 bilhões, deverão ficar prontas até o segundo semestre de 2016, de acordo com o Ministério da Integração Nacional. O objetivo do empreendimento é irrigar a Região Nordeste e o semi-árido do Brasil, garantindo água para 12 milhões de pessoas em 390 municípios de Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

O projeto contempla 477 quilômetros de canais (mais do que a distância entre Rio de Janeiro e São Paulo), formando os eixos Norte, que vai de Cabrobó (PE) a Cajazeiras (PB), e Leste, com início em Floresta (PE) e término em Monteiro (PB) que conduzirão a água no semiárido nordestino.

Atualmente, as obras, que incluem a recuperação de 23 açudes, construção de 27 reservatórios, além de nove estações de bombeamento, 14 aquedutos e quatro túneis exclusivos para a passagem de água, empregam mais de 9.200 trabalhadores.

Rebatizado pelo governo federal de Integração do Rio São Francisco, o projeto que se fundamenta na integração das bacias dos rios temporários da região do semi-árido, será possível com a retirada contínua de 26,4 m³/s de água, o equivalente a apenas 1,42% da vazão garantida pela barragem de Sobradinho (1850 m³/s), sendo que 16,4 m³/s (0,88%) seguirão para o Eixo Norte e 10 m³/s (0,54%) para o Eixo Leste. Nos anos em que o reservatório de Sobradinho estiver com excesso de água, o volume captado poderá ser ampliado para até 127 m³/s, aumentando a oferta de água para múltiplos usos.

O Eixo Norte captará água em Cabrobó (PE) para levá-la ao sertão de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O Eixo Leste vai colher as águas em um ponto mais abaixo, em Petrolândia (PE), beneficiando o sertão e o agreste de Pernambuco e da Paraíba.

Segundo o governo, com o projeto, 1.100 km de rios que secam durante a seca no Nordeste vão se tornar perenes.

2014 - Porto de Açu

Projetado dentro do conceito de porto-indústria, o Porto de Açu, localizado no município de São João da Barra (RJ), teve suas obras iniciadas em outubro de 2007, e deu início à operação comercial em novembro de 2014. Com 17 km de píeres, que poderão receber até 47 embarcações, o porto possui área total de 90 km² e é formado pelo Terminal 1 (T1 - offshore) e pelo Terminal 2 (T2 - onshore).

Além da estrutura portuária, o empreendimento com custo estimado em US$ 1,6 bilhão, abrigará em sua retro área um complexo industrial onde serão instalados uma siderúrgica, duas cimenteiras, um pólo metal-mecânico, uma usina termoelétrica e pelo menos quatro usinas para pelotização de minério.

Além dessas, várias outras indústrias e empresas de serviços deverão se instalar na região, atraídas pelas facilidades logísticas proporcionadas pela integração do porto com as infraestruturas rodoviária e ferroviária existentes. Até o momento, já existem 66 memorandos de intenção assinados com empresas que querem construir plantas industriais ou movimentar cargas no Porto do Açu.

Em agosto do ano passado, a empresa recebeu a Licença Prévia para construção de um pátio logístico, com área superior a 600 hectares, que possibilitará o armazenamento e a movimentação de cargas, preferencialmente conteinerizadas. O pátio, cujas obras têm  conclusão prevista para o início de 2012, terá acesso ferroviário e será equipado com sistema de correias transportadoras, dutovia e modernos equipamentos para movimentação de contêineres.

Um terminal de granéis líquidos permitirá a movimentação de 4 milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito (GNL) ao ano. O porto terá condição, ainda, de atender as necessidades de logística e suprimento das atividades de exploração e produção de óleo e gás na Bacia de Campos.

O Porto de Açu será, ainda, parte integrante da cadeia logística do chamado Projeto Minas-Rio, concebida para viabilizar a exportação do minério de ferro produzido em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas (MG). O minério beneficiado será transportado por um mineroduto de 525 quilômetros, que passará em 32 municípios de Minas e Rio de Janeiro, chegando finalmente em outra unidade de beneficiamento a ser construída no terminal portuário em São João da Barra, para ser exportado.

Todos esses fatores, conjugados, prometem promover na região um desenvolvimento econômico jamais visto. A estimativa é que o Porto do Açu irá atrair investimentos da ordem de US$ 36 bilhões.

2015 - Ponte Anita Garibaldi

As obras de construção da Ponte Anita Garibaldi, em Laguna, Santa Catarina, entraram na reta final e estão em fase de acabamento, faltando a iluminação e alguns detalhes finais.  A inauguração da obra deverá ocorrer no final de maio deste ano. O empreendimento, que faz parte do projeto de duplicação da BR-101 Sul, em Santa Catarina, pertence ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que entregou as obras, a partir de processo de licitação, ao consórcio Ponte de Laguna (Camargo Corrêa-Aterpa/M.Martins-Construbase).

Esta será a terceira maior ponte do Brasil, ficando atrás apenas da Ponte Rio-Niterói (RJ), com 13,3 km de extensão, e da Ponte Sobre o Rio Negro (AM), com 3,9 km. Trata-se, também, da primeira ponte estaiada em curva do Brasil, suspensa apenas pelo plano central de estais. Para o Dnit, a Ponte Anita Garibaldi é a principal obra rodoviária em andamento no Brasil. O custo total do empreendimento está estimado em R$ 597 milhões, financiado com recursos federais.

O projeto prevê a construção de uma estrutura com 2.830 metros de extensão, fazendo a travessia do Canal de Laranjeiras, ligando os bairros de Cabeçuda, em Laguna, e Bananal, em Pescaria Brava. Serão duas pistas de rolamento, num total de quatro faixas de trânsito – sendo duas no sentido sul e duas no sentido norte – com 24,10 m de largura no trecho corrente e 26,30 m de largura no trecho estaiado. Cada faixa terá 3,60 metros, com mais uma faixa de acostamento com 3 metros e uma faixa central de segurança com 1,10 metro.

Para a construção, foram consumidos 97 mil m3 de concreto usinado, suficientes para encher 3.471 piscinas olímpicas, com capacidade para 25 mil litros cada. Também foram usadas 12.520 toneladas de aço construtivo para dar sustentação à obra.

O trecho estaiado corresponde a 400 metros de extensão e será sustentado por dois mastros com 61 metros de altura, cuja construção e concretagem já foram finalizadas. Ao todo, o trecho estaiado está com aproximadamente 86% de obras executadas.

Para as fundações, foram construídas gigantescas sapatas sobre 20 estacas de 45 metros de profundidade. São um total de 53 estacas pilares, construídas em concreto envolvido por forma de aço, sendo que a mais profunda terá 75,8 metros.

Cerca de 1.600 homens e mulheres trabalham diariamente em três turnos. Além desses empregados diretos das obras, outros 4.800 postos de empregos foram criados, incluindo os fornecedores, comércio local e outros.

 

 

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