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Crescem temores de colapso no mercado imobiliário na Europa

Além da pressão com alta dos juros, a falência do Silicon Valley Bank e o resgate emergencial do Credit Suisse geraram preocupações sobre uma possível corrida aos bancos que desencadearia a desaceleração do setor

Valor Investe

18/04/2023 08h30 | Atualizada em 19/04/2023 14h05


Investidores europeus começaram a se questionar se mercado imobiliário comercial poderia ser o próximo setor a implodir após a crise bancária de março, informa a emissora norte-americana CNBC.

Preocupações estão aumentando em torno da saúde de empresas diante de taxas de juros mais altas, que aumentaram o custo dos empréstimos e deprimiram as avaliações dessas companhias no mercado.

Nos últimos anos, o setor reinou como favorito em um cenário de bonds (títulos de dívida privada) de baixo rendimento na Europa. Mas a capitalização das empresas foi prejudicada pelo endurecimento da política monetária pelo Banco Central Europeu (BCE) para conter a inflação na zona do euro.

Os juros do mercado europeu saíram de zero a 3,5% ao ano entre junho passado e março deste ano.

Em março, a quebra do Silicon Valley Bank, nos Estados Unidos, e o posterior resgate de emergência do Credit Suisse geraram temores de um chamado loop doom (situação em que um evento negativo serve como gatilho a outros), em que uma possível corrida aos bancos poderia desen

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Investidores europeus começaram a se questionar se mercado imobiliário comercial poderia ser o próximo setor a implodir após a crise bancária de março, informa a emissora norte-americana CNBC.

Preocupações estão aumentando em torno da saúde de empresas diante de taxas de juros mais altas, que aumentaram o custo dos empréstimos e deprimiram as avaliações dessas companhias no mercado.

Nos últimos anos, o setor reinou como favorito em um cenário de bonds (títulos de dívida privada) de baixo rendimento na Europa. Mas a capitalização das empresas foi prejudicada pelo endurecimento da política monetária pelo Banco Central Europeu (BCE) para conter a inflação na zona do euro.

Os juros do mercado europeu saíram de zero a 3,5% ao ano entre junho passado e março deste ano.

Em março, a quebra do Silicon Valley Bank, nos Estados Unidos, e o posterior resgate de emergência do Credit Suisse geraram temores de um chamado loop doom (situação em que um evento negativo serve como gatilho a outros), em que uma possível corrida aos bancos poderia desencadear uma desaceleração no setor imobiliário.

No início deste mês, o BCE alertou para “sinais claros de vulnerabilidade” no setor imobiliário, citando “declínio da liquidez do mercado e correções de preços” como razões para a incerteza e pedindo novas restrições aos fundos imobiliários comerciais para reduzir os riscos de uma crise de iliquidez, reporta a CBNC.

Em fevereiro, fundos europeus investidos em imóveis registraram volume de saídas superiores o de aportes de 172 milhões de euros, segundo dados da Morningstar – um forte contraste com a entrada líquida de quase 300 milhões de euros no mês anterior.

Analistas do Citi agora projetam as ações de empresas do setor imobiliário na Europa caindo de 20% a 40% entre 2023 e 2024, à medida que o impacto das taxas de juros mais altas se desenrola.

No pior cenário, o setor imobiliário comercial de maior risco pode despencar 50% no próximo ano, avalia a equipe do banco.

“Algo que eu não ignoraria é uma crise no setor imobiliário, tanto para pessoas físicas quanto para imóveis comerciais, área em que vemos uma pressão crescente tanto nos Estados Unidos quanto na Europa”, disse Pierre Gramegna, diretor-gerente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (entidade que assegura a estabilidade da zona euro).

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