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Megaprojeto vai transformar a infraestrutura europeia

Ao custo de 8 bilhões de dólares, o túnel imerso Fehmarnbelt terá 17,7 km de comprimento e ligará a Alemanha e a Dinamarca

Forbes

01/02/2023 19h51 | Atualizada em 02/02/2023 08h19


Orçado em 8 bilhões de dólares, um projeto de construção com características únicas está em vias de transformar os deslocamentos terrestres entre a Europa Central e a Escandinávia.

Quando for concluído em 2029, o túnel Fehmarnbelt será não só o maior túnel rodoferroviário combinado do mundo como também a mais longa estrutura imersa jamais construída em qualquer parte do planeta.

Oficialmente conhecido como Fehmarnbelt Fixed Link, o túnel de 17,7 km de comprimento liga a Alemanha e a Dinamarca e está sendo construído no fundo do Mar Báltico a profundidades de até 39,6 m.

Trata-se de um componente-chave no desenvolvimento do corredor Scan-Med, uma colossal rede de transporte que se estende por mais de 4,8 mil km desde Malta, ao sul, até a Finlândia, no norte da Europa.

Ao longo do caminho, o projeto prevê túneis que atravessam as montanhas alpinas e cruzam os oceanos da região. Aproximando-se da Escandinávia, um trecho de água (conhecido como estreito de Fehmarn) exige um desvio de 482,8 km na rota norte-sul, tanto para o tráfeg

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Orçado em 8 bilhões de dólares, um projeto de construção com características únicas está em vias de transformar os deslocamentos terrestres entre a Europa Central e a Escandinávia.

Quando for concluído em 2029, o túnel Fehmarnbelt será não só o maior túnel rodoferroviário combinado do mundo como também a mais longa estrutura imersa jamais construída em qualquer parte do planeta.

Oficialmente conhecido como Fehmarnbelt Fixed Link, o túnel de 17,7 km de comprimento liga a Alemanha e a Dinamarca e está sendo construído no fundo do Mar Báltico a profundidades de até 39,6 m.

Trata-se de um componente-chave no desenvolvimento do corredor Scan-Med, uma colossal rede de transporte que se estende por mais de 4,8 mil km desde Malta, ao sul, até a Finlândia, no norte da Europa.

Ao longo do caminho, o projeto prevê túneis que atravessam as montanhas alpinas e cruzam os oceanos da região. Aproximando-se da Escandinávia, um trecho de água (conhecido como estreito de Fehmarn) exige um desvio de 482,8 km na rota norte-sul, tanto para o tráfego rodoviário quanto ferroviário.

A ligação ferroviária reduzirá o tempo de viagem de Hamburgo a Copenhague de cinco para menos de três horas, enquanto a ligação rodoviária substituirá um serviço de balsa atualmente sobrecarregado, reduzindo o tempo de viagem em cerca de uma hora.

No momento, o megaprojeto já está bem-encaminhado. De uma perspectiva de engenharia, trata-se de uma obra verdadeiramente fascinante.

O túnel será composto por 89 estruturas de concreto, cada uma delas com 217 m de comprimento (na imagem acima). Cada elemento, por sua vez, contém duas passagens tubulares para a rodovia, duas para a ferrovia e uma para acesso de serviço.

Quando concluído, cada elemento será encaixado em uma calha a 11,8 m de profundidade.

A abertura dessas valas deve produzir cerca de 19 milhões de metros cúbicos de solo, areia e rocha, que serão transformados em novos aterramentos e praias próximas aos canteiros de obras.

Os trabalhos preparatórios começaram em 2020, para permitir que os trabalhos de construção se iniciassem em 1º de janeiro de 2021. Em meados de 2022, os trabalhos de dragagem já estavam 50% concluídos.


Ilustração da entrada do túnel Fehmarnbelt pelo lado dinamarquês

Mas o fabuloso projeto também embute um aspecto polêmico. Como em todos os megaprojetos, o custo elevado levantou objeções, enquanto os ambientalistas estão preocupados com o impacto que o trabalho de dragagem terá sobre o ecossistema marinho local.

Bancado na maior parte pela Dinamarca, o investimento será reembolsado por pesadas taxas de pedágio após a abertura do túnel.

Com a construção em andamento, os ambientalistas tentam monitorar os impactos. Em entrevista ao canal britânico B1M, o ativista Hendrick Kerlen disse que “a ecologia da região de Fehmarn é muito diversificada, mas as perturbações provocadas pelas obras podem reduzir o crescimento de macrófitos e plânctons aquáticos, com impactos inevitáveis em toda a fauna e flora marinhas”.

Responsável pelo projeto de construção, a Femern alega que a sedimentação é um dos impactos ambientais mais monitorados no projeto. As equipes e estações de monitoramento coletam continuamente dados sobre a turbidez da água, que são publicados no site da empresa, assegura a Femern.

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